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Éramos Seis foi uma novela de época do SBT. Baseada no romance homônimo de Maria José Dupré e remake da novela de 1977 da Tupi, escrita por Silvio de Abreu e Rubens Ewald Filho, com direção de Henrique Martins e Del Rangel e direção geral de Nilton Travesso. Exibida entre 9 de maio e 5 de dezembro de 1994, em 180 capítulos, antecedendo As Pupilas do Senhor Reitor.

Com Irene Ravache, Othon Bastos, Jandir Ferrari, Tarcísio Filho, Luciana Braga, Leonardo Brício, Jussara Freire e Paulo Figueiredo nos papéis principais.

Enredo[]

A história conta a trajetória da família Lemos, que vive em São Paulo, composta por Dona Lola (Irene Ravache), seu marido Júlio (Othon Bastos) e seus quatro filhos. Mostrando a saga familiar vividas por eles desde quando os herdeiros eram crianças, até estes chegarem à vida adulta. Tudo começa em 1921, com a dura luta de Lola para cuidar dos filhos e a a luta financeira de Júlio para pagar as prestações de sua casa que comprou na Avenida Angélica.

Os anos se passam e seguem a trajetória de Lola, seus problemas e momentos de sofrimento. Tais como a morte de Júlio, que obriga os filhos a abandonarem os estudos e trabalharem; a morte do primogênito Carlos (Jandir Ferrari) durante a Revolução de 1932; o envolvimento de Alfredo (Tarcísio Filho) com movimentos políticos; a relação de Isabel (Luciana Braga) com um homem muito mais velho; e o casamento de Julinho (Leonardo Bricio), que busca ascensão social, com uma moça da sociedade.

O desfecho da saga acontece com Lola, sozinha, terminando seus dias em um asilo.

Elenco[]

Intérprete Personagem
Irene Ravache Eleonora Abílio de Lemos (Lola)
Othon Bastos Júlio Abílio de Lemos
Tarcísio Filho Alfredo Abílio de Lemos
Luciana Braga Isabel Abílio de Lemos
Jandir Ferrari Carlos Abílio de Lemos
Leonardo Bricio Júlio Abílio de Lemos Filho (Julinho)
Jussara Freire Clotilde Abílio
Paulo Figueiredo Argemiro Almeida (Almeida)
Denise Fraga Olga Abílio
Osmar Prado José Carlos (Zeca)
Jandira Martini Genu
Marcos Caruso Virgulino
Eliete Cigarini Carmencita
João Vitti Lúcio
Flávia Monteiro Lili
Nathalia Timberg Emília
Bete Coelho Adelaide
Mayara Magri Justina
Yara Lins Maria
Wilma de Aguiar Candoca
Marco Ricca Felício
Umberto Magnani Alonso
Luciene Adami Maria Laura
Antônio Petrin Dr. Jorge Assad (Assad)
Angelina Muniz Karime
Chica Lopes Durvalina
Maria Estela Layla
Nelson Baskerville Marcos
Elizângela Marion
Rodrigo López Alaor
Rosaly Papadopol Marta
Eduardo Silva Raio Negro
Felipe Levy Gusmões
Paulo Hesse Higino
Clarisse Abujamra Dora Bulcão
Caio Blat Carlos (jovem)
Wagner Santisteban Alfredo (jovem)
Carolina Vasconcellos Isabel (jovem)
Rafael Pardo Julinho (jovem)
Júlia Ianina Carmencita (jovem)
Roberto Lima Lúcio (jovem)
Paula Ciudad Lili (jovem)
Carolina Gregório Maria Laura (jovem)
Welligton Rodrigues Raio Negro (jovem)
Otaviano Costa Tavinho
Tuca Graça Tavinho (jovem)
Anna Paula Fecker Maria Emília
Giovanna Stefanelli Emiliana

Participações especiais[]

Intérprete Personagem
Nina de Pádua Pepa
Ana Paula Arósio Amanda
Ney Latorraca Palhaço Sorriso
Rosi Campos Paulette
Roberto Arduim José Aranha (Aranha)
Cláudio Chakmati Farmacêutico
Ariel Moshe Sr. Flores
Marilena Ansaldi Madame Bulhões
Maria Aparecida Báxter Madre Superiora
Homero Kossac Mr. Hilton
Cláudio Curi Dr. Claudio
Muíbo Cury Calux
Tadeu di Pietro Militar
João Bourbonnais Conde noivo de Adelaide
Chris Couto Zulmira
Letícia Scarpa Antonieta
Lui Strassburger Neves
Petê Marchetti Leontina Neves
Alexandre Frederico Drausio
Milton Levy Médico de Itapetininga
Osmar di Pieri Simão
Lia de Aguiar Marlene
Cláudia Mello Profª. Benedita
Régis Monteiro Dr. Azevedo
Douglas Aguillar Roberto Amaral Bueno
Saulo Demetrius Eduardo Amaral Bueno
Carla Diaz Eliana Almeida
Francis Helena Silvinha Almeida
Osmar Amorim Vítor
Luiz Carlos Bahia Vendedor da loteria
Germano Melo Palhaço

Produção[]

Em 1994, o SBT contratou o diretor Nilton Travesso para reativar o seu núcleo de teledramaturgia e retomar a produção de novelas, que estava paralisada desde o fracasso de Brasileiras e Brasileiros (1990). A emissora pretendia lançar uma grande produção, com elenco conhecido do público.

Foi a quarta adaptação televisiva do livro de Maria José Dupré. A primeira foi em 1958 na Record e as duas seguintes foram ao ar em 1977 e 1977 na Tupi. A versão de 1977, que foi escrita por Silvio de Abreu e Rubens Ewald Filho, serviu de base para a versão de 1994. Por Silvio de Abreu estar contratado pela Globo na época, ele apenas vendeu o texto ao SBT, e as atualizações no roteiro foram feitas por Rubens Ewald Filho.

Foram investidos mais de US$2 Milhões na cenografia. A cidade cenográfica foi erguida no lugar onde, um ano seguinte, seria inaugurado o CDT da Anhanguera, em Osasco. Onde contava com um bonde elétrico, desenvolvido no Rio de Janeiro, que não fazia barulho. Algumas cenas em estúdios foram gravadas em um imóvel da emissora no Sumaré, em São Paulo, onde funcionou a TV Tupi.

A escolha do horário de exibição gerou um pequeno impasse entre Nilton Travesso e Silvio Santos. O diretor desejava que a produção fosse ao ar na faixa das 21h, após o término da novela das 20h da Globo. Mas Silvio apostou no sucesso da trama na faixa das 19h45, após a exibição da novela das 19h da Globo, concorrendo diretamente com o Jornal Nacional. Ficou decidido, então, que os capítulos inéditos teriam exibição às 19h45, e às 21h, uma reapresentação do capítulo do dia. Anunciada para estrear em 2 de maio de 1994, o lançamento foi adiado para a semana seguinte, em decorrência da morte do piloto Ayrton Senna, que gerou grande repercussão na mídia.

Jussara Freire, Paulo Figueiredo e Lia de Aguiar, que integraram o elenco da versão de 1977, estiveram na versão de 1994, com papéis diferentes. Já Chica Lopes interpretou Durvalina, o mesmo papel nas duas versões. Rubens Ewald Filho também criou uma personagem nova, não presente na adaptação anterior: Amanda, vivida por Ana Paula Arósio, que se tornou o interesse amoroso de Julinho (Jandir Ferrari). Um recurso diferente usado na novela, é que o encerramento de cada capítulo contava com um depoimento de algum personagem. Estes, surgiam olhando para a câmera, como se estivessem conversando com o público, e compartilhavam seus respectivos problemas.

Além da alta audiência, para os padrões da emissora, a novela conquistou a crítica especializada. Ganhou prêmios importantes como o Troféu APCA e o Troféu Imprensa (onde foi eleita por unanimidade).

O último capítulo foi encerrado com a exibição de um texto na tela, escrito por Paulo Bonfim: “Esta é uma novela que não terminou! Riso e pranto prosseguem, criando em nós o velho hábito de sonhar. A Avenida Angélica de ontem, transforma-se num rio que leva para o mar da noite a graça de um tempo que pede para ser eterno. Outras Lolas e outros Júlios virão, oferecendo à paisagem angustiada a rosa de seu amor. Entre personagens povoados de poesia, o personagem maior é São Paulo, o glório São Paulo de 32, no sentir de Guimarães Rosa. Éramos seis e hoje somos tantos a pedir que aconteça em nossas vidas o suave milagre dos dias de outrora!”

Noite dos Artistas[]

Em 5 de dezembro de 1994, após a exibição do último capítulo, para comemorar o sucesso da novela, o SBT transmitiu ao vivo o especial Noite dos Artistas. Exibido ao vivo, diretamente do Palácio das Convenções do Anhembi Parque, em São Paulo, foi uma festa de despedida da produção e também serviu para promover o lançamento da sucessora As Pupilas do Senhor Reitor.

Apresentado por Hebe Camargo, contou com a presença do elenco das duas novelas, atrações musicais de Chitãozinho & Xororó e Dulce Pontes, e a participação de artistas do SBT como Gugu Liberato e Elke Maravilha. Atores da adaptação de Silvio de Abreu e Rubens Ewald Filho receberam troféus simbólicos com o logo do SBT, em forma de agradecimento pelo sucesso da trama.

Reprise[]

Foi reprisada na faixa das 18h entre 22 de janeiro e 23 de maio de 2001, em 96 capítulos, sucedendo o programa Disney Club e antecedendo O Direito de Nascer. Marcou 7,35 pontos. Em 2010, o SBT chegou a cogitar uma reprise às 22h, sucedendo A História de Ana Raio e Zé Trovão.

Desde 2017, a Globo detém os direitos do livro para adaptação. O que impede o SBT de reprisar a produção de 1994, ou de qualquer emissora no Brasil reprisar versões anteriores.

Remake[]

O texto de Silvio de Abreu e Rubens Ewald Filho serviu de base para uma quinta adaptação televisiva do livro de Maria José Dupré. Desta vez, na Globo, adaptada por Ângela Chaves. Éramos Seis foi ao ar na faixa das 16h entre 30 de setembro 2019 e 27 de março 2020. Esta versão contou com uma adaptação mais livre do romance em relação às anteriores. Principalmente na trajetória da personagem Lola (nesta versão, vivida por Glória Pires).

Durante uma cena de um dos últimos capítulos, como uma homenagem, Glória Pires contracenou com Irene Ravache (a Lola da versão do SBT) e Nicette Bruno (a Lola da versão da Tupi de 1977). A novela de 1994 foi reverenciada com participações especiais de atores desta versão, na de 2019: Othon Bastos (que apareceu em cena com Irene Ravache, em referência ao casal que interpretaram em 1994), Luciana Braga, Wagner Santisteban e Marcos Caruso.

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