Fábrica do Som (ou A Fábrica do Som) foi um programa musical de sábado da Cultura, exibido entre 1983 e 1984. Apresentado por Tadeu Jungle.
Histórico e Produção[]
No ar entre 11 de março de 1983 e 27 de junho de 1984, o programa era produzido pela Cultura em parceria com o SESC de São Paulo. Gravado no SESC Pompeia, na zona oeste de São Paulo, era exibido entre o fim de tarde e início de noite nos sábados.
Apresentado pelo produtor Tadeu Jungle, a atração levava pra a televisão diversos artistas musicais brasileiros, de diversos gêneros. Dos mais consagrados aos mais desconhecidos e alternativos.
O progrma foi um dos símbolos do momento de efervescência cultural pelo qual passava o país no início dos anos 80. Mesmo tendo pouco mais de um ano no ar, foi responsável por lançar na televisão várias bandas e artistas, especialmente do rock nacional, que até então eram desconhecidos do grande público. Tais como Ira!, Titãs e Ultraje a Rigor. Também dava espaço para performances de poetas como Paulo Leminski e Wally Salomão, e do grupo teatral Adrúbal Trouxe o Trombone.
Cerca de duas mil pessoas assistiam ao programa toda semana ao vivo, direto do SESC Pompeia, que chegava até a receber público de outros estados, que vinham à São Paulo só para acompanhar a atração pessoalmente. De formato simples, em várias oportunidades, o público pôde subir no palco e cantar junto com os artistas.
A audiência alcançava entre 4 e 11 pontos. Em 1983, ganhou o Troféu APCA como "Melhor Musical".
Saiu do ar após 69 edições e apresentações de mais de 200 artistas. Segundo o apresentador,a retirada foi motivada por questões políticas internas da Cultura. Mesmo assim, o formato inspirou outros programas que surgiram posteriormente, como o Programa Livre. O SESC Pompeia, graças a divulgação na TV, tornou-se um importante centro cultural na cidade.