A Gata Comeu foi a 30º novela das 18h da Globo. Escrita por Ivani Ribeiro, remake de A Barba Azul de 1974. Com direção de José Carlos Pieri e Herval Rossan, direção geral de Herval Rossano e supervisão de Daniel Filho. Exibida entre 15 de abril e 19 de outubro de 1985, em 160 capítulos, sucedendo Livre para Voar e antecedendo De Quina pra Lua.
Com Christiane Torloni, Nuno Leal Maia, Mauro Mendonça, Anilza Leoni, Bia Seidl, Deborah Evelyn, e Fátima Freire nos papéis principais.
Enredo[]
A geniosa Jô Penteado (Christiane Torloni) é a filha do meio do rico empresário Horácio Penteado (Mauro Mendonça). Noiva pela oitava vez, ela é apelidada de "Lucrécia Bórgia" por sempre desmanchar o noivado. Jô tem problemas de relacionamentos com a madrasta Estér (Anilza Leoni) e a interesseira irmã mais velha Gláucia (Bia Seidl).
Em determinado momento, Jô convida uns amigos para um passeio no barco de sei pai. Mas tem que dividi-lo com desconhecidos pois Horácio emprestou sua embarcação para o honesto professor de escola infantil Fábio, que vem junto com sua noiva Paula (Fátima Freire) e seus alunos. Mas, durante a viagem, o barco tem uma pane e todos vão parar em uma ilha deserta, onde ficam por dois meses e todos são dados como mortos. Lá, Jô e Fábio brigam feito gato e rato e tempo todo devido ao temperamento de ambos.
Quando todos são resgatados, Jô se descobre loucamente apaixonada por Fábio. Sendo capaz das maiores maluquices para conquistá-lo, mesmo que ele a deteste. Enfrentando o ciúmes de Paula, Jô até sequestra Fábio na tentativa de ficar com ele. No meio dessa relação inusitada, surge um amor mútuo entre eles. Mas que enfrenta a inveja de Gláucia, que faz de tudo para separá-los.
Elenco[]
Intérprete | Personagem |
---|---|
Christiane Torloni | Joana Penteado (Jô) |
Nuno Leal Maia | Fábio Coutinho |
Bia Seidl | Gláucia Brandão |
Mauro Mendonça | Horácio Penteado |
Anilza Leoni | Ester Brandão Penteado |
Laerte Morrone | Vitório Braga / Vitório Galhardi |
Fátima Freire | Paula Queiroz |
Roberto Pirillo | Antônio Duarte (Tony) |
Cláudio Corrêa e Castro | Gustavo Penaforte (Gugu) |
Marilu Bueno | Tereza Penaforte (Tetê) |
Luís Carlos Arutim | Oscar da Silva |
Dirce Migliaccio | Conceição da Silva |
Mayara Magri | Beatriz Penaforte (Babi) |
Élcio Romar | José Mário Braga (Zé Mário / Braguinha) |
Deborah Evelyn | Lenita Brandão |
José Mayer | Edson da Silva |
Nina de Pádua | Ivete da Silva |
Eduardo Tornaghi | Rafael Benavente |
Diana Morel | Ofélia Queiroz |
Rogério Fróes | Martim Queiroz |
Aracy Cardoso | Zazá |
Norma Geraldy | dona Biloca |
Jayme Periard | Tito Rosental |
Sônia Regina | Alice |
Kléber Macedo | Televina |
Germano Filho | Vicente |
Monah Delacy | Graziela Rosental |
Juan Daniel | Padre Aurélio |
Marina Miranda | Nair |
Mário Polimeno | Giovanni |
Oberdan Júnior | Alexandre Queiroz (Xande) |
Danton Mello | Carlos Eduardo Coutinho (Cuca) |
Juliana Martins | Suely Queiroz |
Kátia Moura | Adriana Coutinho |
Rafael Alvarez | Cecílio Muniz (Cecéu) |
Juliana Lucas Martin | Vera Muniz (Verinha) |
Sílvio Perroni | Renato de Oliveira (Nanato) |
Participações especiais[]
Intérprete | Personagem |
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Alberto Pérez | Antigo diretor do colégio |
Alfredo Murphy | Benjamin |
Ana Luíza Folly | Cecília |
Arlete Salles | Ela mesma |
Carlos Duval | Fiscal dos garis |
Carlos Freitas | ? |
Cássio Scapin | Enfermeiro do hospital |
Cláudia Wagner | Irene |
Cosme dos Santos | Toco |
Danton Jardim | Marcelo |
David Pinheiro | Zé Bento |
Doc Comparato | Ele mesmo |
Eduardo Martini | Diretor de peça |
Eliane Narduchi | Iara |
Ênio Santos | Delegado |
Eva Todor | Ela mesma |
Fernando Bastos | Ele mesmo |
Gonzaga Blota | Ele mesmo |
Grande Otelo | Ele mesmo |
Herval Rossano | Ele mesmo |
Joana Rocha | Empregada de Ofélia |
João Signorelli | Varetão |
Joel Grijó | Contínuo |
Jomba | Policial |
Jorge Luiz da Silva | Porteiro |
José Carlos Sanches | Recepcionista do hotel |
Júnior Prata | Mauro |
Leonardo José | Policial |
Lúcia Alves | Ela mesma, |
Miguel Rosenberg | Professor Monteiro |
Milton Moraes | Ele mesmo |
Neide Aparecida | Enfermeira |
Neuza Amaral | Ela mesma |
Neuza Borges | Empregada |
Paulo Celestino | Ator |
Paulo Figueiredo | Ele mesmo |
Pedro Rocha | Pedro |
Regina Restelli | Kátia, amiga de Zé Mário |
Reinaldo Gonzaga | Dr. Antônio |
Rogério Cardoso | Brandão |
Rômulo Arantes | Lupércio |
Ronnie Von | Giordano Valentin |
Produção[]
Tendo o polêmico "Pancada de Amor Não Dói" como título provisório, foi uma adaptação de A Barba Azul, novela de Ivani Ribeiro de 1974, exibida pela Tupi. Onde Eva Wilma interpretou Jô Penteado. O título oficial do remake surgiu durante uma piada nas gravações, quando o termo era escrito na claquete, pois a trama ainda não tinha nome definido. Além dos versos da música "Comeu" de Caetano Velloso, que foi regravada pela banda Magazine para a abertura.
O bairro da Urca no Rio de Janeiro, serviu de cenário para a história. A praia, prédios, casas e outros serviram como fachadas para os lugares onde os personagens ficavam. A região ficou conhecida nos anos posteriores por fãs da novela.
A personagem Televina (Kléber Macedo), noveleira assumida, usar camisetas com logos de novelas e programas da Globo estampados. Era um contraponto bem humorado com seu patrão, Rafael (Eduardo Tornaghi), que era avesso ao gênero novela. Outras referências foram feitas quando Gugu (Cláudio Corrêa e Castro) comentou com Neuza Amaral (interpretando ela mesma) sobre o trabalho dela em Cabocla (1979), e citando o marido da personagem dela. Fazendo a esposa de Gugu, Tetê (Marilu Bueno), dizer que ele era igual ao seu marido. Cláudio Corrêa e Castro era o par de Neuza Amaral em Cabocla. Tetê, ao dar a luz a gêmeos, nomeou seus filhos de Rodrigo e Débora. Este eram os nomes do casal protagonista de Final Feliz, outra novela de Ivani Ribeiro (1983).
A novela fez sucesso com o público infantil na época. Atraída pelo núcleo infantil da história, um grupo de crianças liderados por Xande (Oberdan Júnior) que estudavam na classe de Fábio (Nuno Leal Maia) e criaram um clubinho chamado de "Curumins". Os penteados de Jô (Christiane Torloni) e Babi (Mayara Magri) fizeram sucesso entre as mulheres na época.
Entretanto, o romance entre Jô e Fábio virou tema de discussão nos anos seguintes. Principalmente a cada reprise da novela. Isso porque Fábio esbofeteava Jô ao revidar algum tapa dela, dizendo "Bateu, Levou". Um ato normalizado nos anos 1980 mas que tornou-se errado e com o passar dos anos e abominado na atualidade (um homem bater em uma mulher). Os tapas de Fábio em Jô, e consequentemente Jô continuar por ela, poderia abrir um precedente de que a trama romantizaria o machismo e a violência contra a mulher.
Reprises[]
A primeira reprise no Vale a Pena Ver de Novo foi ao ar entre 27 de fevereiro e 28 de julho de 1989, em 110 capítulos. Sucedendo Gabriela e antecedendo Brega & Chique. Marcou 32,68 Pontos de média geral de audiência. A segunda foi ao ar entre 23 de julho e 7 de dezembro de 2001, em 100 capítulos. Escalada para suceder a tentativa fracassada de reprisar episódios do Você Decide e antecedendo História de Amor, foi a primeira novela a ter sido reapresentada duas vezes na faixa. Marcou 15,87 Pontos de média geral.
No quadro "Novelão" do Vídeo Show, foi exibida em um compacto de cinco capítulos em duas ocasiões> entre 11 de junho e 15 de junho de 2012, e entre 19 de janeiro e 23 de janeiro de 2015.
No Viva, foi reprisada na faixa das 15h30 na íntegra entre 24 de outubro de 2016 e 27 de abril de 2017, sucedendo Mulheres de Areia e antecedendo Tieta. Por ocasião da reprise, um grupo de fãs da novela organizou um encontro em 8 de abril de 2017 no bairro da Urca. Chamado de "Grupo de Curumins" contou com a presença de atores do elenco.
Em 7 de junho de 2021, foi disponibilizada na íntegra pelo Globoplay.