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A Muralha foi uma telenovela brasileira baseada no romance homônimo de Dinah Silveira de Queiróz, escrita por Ivani Ribeiro e dirigida por Sérgio Britto e Gonzaga Blota, exbida pela Rede Excelsior de 9 de julho de 1968 a 21 de março de 1969 as 19:30 com 216 capítulos.

Trama[]

Cristina (Arlete Montenegro) veio de Lisboa para São Paulo, a fim de se casar com Tiago (Edgard Franco), seu primo. Sem conhecê-lo, vai para a Fazenda Lagoa Serena, onde reside a família de seu futuro marido. Ao descer do navio, Tiago não está à sua espera e isso a deixa bastante desapontada. Apenas Aimbé (Stênio Garcia), um fiel escravo, está à sua espera para a viagem de três dias e três noites até chegar à fazenda. Mãe Cândida (Fernanda Montenegro) aguarda a chegada da prometida de seu filho. Quando Cristina chega à estância, tem outro desapontamento, porque Tiago lá não se encontra. Está no sertão, em companhia do pai, Dom Braz Olinto (Mauro Mendonça).

Tiago havia partido juntamente com seu irmão mais velho e de toda a caravana de que dispunha a bandeira na ocasião. Enquanto isso, na Fazenda Lagoa Serena, Cristina fica conhecendo a família de seu futuro marido: suas primas Rosália (Maria Isabel de Lizandra), de 17 anos, e Basília (Nathalia Timberg), solteirona rígida e valente, Margarida (Nicette Bruno), esposa de Leonel (Gianfrancesco Guarnieri), nora de Cândida. Logo depois. Tiago regressa da bandeira e Cristina fica outra vez desapontada. Ele não era aquele jovem belo e elegante da fotografia. Tiago está multo cansado e olha para Cristina com certa aspereza e hostilidade...

Isabel (Rosamaria Murtinho), sobrinha de Dom Braz Olinto, é uma moça selvagem, que pouco entra na casa da Lagoa Serena. Fica a maior parte do tempo lá fora, cuidando dos animais. É a companheira do tio em suas bandeiras e expedições. O velho a estima bastante. Margarida torna-se muito amiga de Cristina e faz transparecer para a prima de que Isabel está grávida. Margarida é estéril e gostaria de dar um filho para o seu bem-amado Leonel.

Já Rosália, alegre e irresponsável, mostra-se um pouco hostil a Cristina, só pelo fato de sua prima não lhe ter trazido nenhum presente de Portugal. A única coisa que Cristina havia trazido de Lisboa foi uma pequena arca que continha lembranças para a família. O escravo, porém, a deixara cair num local pouco acessível da mata e ninguém pôde recuperá-la. Depois, Rosália, fica mais amiga de Cristina, porque esta lhe compra bonito vestido para usar no dia de seu casamento. Nesse dia, Rosália conhece um homem fascinante, e logo dele se enamora. Seu nome é Bento Coutinho (Paulo Goulart). A família se opõe e ela acaba fugindo com Bento, deixando a Lagoa Serena entristecida.

Rosália torna-se esposa de Bento Coutinho. Quem sofre com isso é sua irmã Basília, inconsolável com a ausência da menina na fazenda. Basília havia reprovado a fuga e o casamento da irmã. Nessa altura, Isabel tem um filho e toda a família passa a interrogá-la, para descobrir quem é o pai. Isabel diz que é o índio Apingorá (Rivaldo Perez), criado pelos fazendeiros. Leonel, marido de Margarida, lava a honra da família com sangue, e acaba matando o índio. Margarida, então, começa a ficar desconfiada e suas suspeitas crescem dia a dia.

Sim, o filho de Isabel é filho de seu marido! Essa idéia não lhe sai da cabeça. É Margarida, que sofre muito com a desconfiança, e acaba morrendo de desencanto e tristeza. Os índios, então, resolvem vingar a morte de Apingorá e atacam a casa da Lagoa Serena, aproveitando-se da ausência dos homens, que estão no sertão em mais uma bandeira. Basília é ferida no rosto por uma flecha e mãe Cândida cuida de seu ferimento. Cristina sofre a ausência de Tiago, seu marido, que desde o casamento é indiferente para com ela. Não suportando a situação, resolve voltar para Lisboa.

Rosália passa a sofrer as consequências de seu ato impensado. Descobre que seu esposo, Bento Coutinho, passa para o lado dos Emboabas. voltando-se contra os paulistas. Rosália, assim, está casada com um inimigo. Bento reúne seus homens e cerca os paulistas. É o famoso combate histórico do Capão da Traição. Encurralados e desprotegidos, os homens chefiados por Dom Braz Olinto correm perigo de vida. Ao descobrir que a bandeira está sob o comando de seu sogro, Bento resolve poupar todos os homens. No entanto, um mensageiro lhe traz a terrível noticia de que sua esposa Rosália, desesperada com a traição do marido, abandona a casa.

Transtornado com o fato, Bento Coutinho resolve acabar com a raça dos paulistas. Dá inicio ao combate, desenrolando-se aí as lutas do Capão da Traição. Ninguém se salva, nem mesmo Dom Braz Olinto, o pai de Tiago. Este, ferido, rola uma vala e escapa com vida, sendo recolhido por pessoas amigas. Na Lagoa Serena, Cristina prepara-se para partir, quando surge o corpo do marido, carregado. Mesmo muito ferido, Tiago é expulso por sua mãe, a velha Cândida, paulista de grande fibra. Ela supõe que seu filho se havia portado como um covarde na luta do Capão da Traição. Cristina acompanha o marido e, juntos, vão para a antiga casa de Margarida. Cristina cuida de Tiago e descobre que entre ambos existe verdadeiro sentimento. Sim, eles se amam. Partiriam, então, de Lagoa Serena para viver felizes? Não, Tiago não pode partir. O lugar dele é ali mesmo. Precisa continuar a obra do pai, levando a mesma vida agreste e valente.

A meiga Rosália consola-se ao lado de Basília, que agora manda na casa, já que a mãe Cândida morrera. Cristina recorda-se de Margarida, que tanto sofrera, pensando que o filho de Isabel pertencia a Leonel, que desaparecera de Lagoa Serena logo após a morte da esposa. Mas... o filho de Isabel pertence á Tiago. Entretanto, tamanho é o amor de Cristina por Tiago, que até isso ela perdoa. Quer o marido ao seu lado para sempre. E assim será. Abraça o marido, pelo menos terá a sua eterna companhia. Esquece as guerras do marido. Esquece até que seu filho vai nascer na solidão. Com homens assim valentes, com mulheres obstinadas e fortes, ela sabe que um dia tudo isso se transformará numa grande cidade. Na grande São Paulo de Piratininga...

Elenco[]

  • Arlete Montenegro - Cristina de Godói
  • Edgard Franco - Tiago Olinto
  • Cleyde Blota - Joana Antônia
  • Paulo Celestino - Mestre Davidão
  • Fernanda Montenegro - Mãe Cândida Olinto
  • Mauro Mendonça - Dom Braz Olinto
  • Nicette Bruno - Margarida Pedroso Olinto
  • Gianfrancesco Guarnieri - Leonel Olinto
  • Nathália Timberg - Basília Olinto
  • Stênio Garcia - Aimbê
  • Maria Isabel de Lizandra - Rosália Olinto
  • Paulo Goulart - Bento Coutinho
  • Rosamaria Murtinho - Isabel Olinto
  • Rivaldo Perez - Apingorá
  • Maria Aparecida Alves - Freira
  • Alex André - Padre Fabiano
  • Cleyde Yáconis - Dona Bandeira
  • Cláudio Corrêa e Castro - Dom Manuel Nunes Viana
  • Jacyra Sampaio - Genoveva
  • Carlos Zara - soldado
  • Ana Maria Newmann - Cati (amiga da Isabel)
  • Edson França - Borba Gato
  • Antônio Ghigonetto - Dom Júlio
  • Sílvio de Abreu - Abreu
  • Serafim Gonzalez - Dom Guilherme Saltão
  • Silvana Lopes - amante de Bento Coutinho
  • Aldo de Maio - Padre Manoel
  • Antônio Carlos Pires - Antônio Carlos
  • Gilberto Sálvio
  • Osmar Prado - bandeirante
  • Gonzaga Blota
  • Edmundo Lopes - Dom Carlos Pedroso (pai da Margarida e sogro de Leonel)
  • Osmano Cardoso

Produção[]

Bento Coutinho, Manuel Nunes Viana e Borba Gato foram personagens históricos reais.

Dois casais da vida real trabalharam juntos mas não fizeram par romântico: Nicette Bruno (Margarida) e Paulo Goulart (Bento Coutinho) e Rosamaria Murtinho (Isabel) e Mauro Mendonça (Dom Braz). Foi a estréia de Sílvio de Abreu e Cláudio Corrêa e Castro.

Teve duas versões anteriores na TV Tupi em 1958 e na TV Cultura em 1961 e posteriormente uma minissérie na Rede Globo em 2000. Edgard Franco (Tiago), participou da versão de 1961 interpretando o índio Aimbé.

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