A Padroeira foi a 59ª novela das 18h da Globo. Escrita por Walcyr Carrasco livremente Insipidara no romance "As Minas de Prata" de José de Alencar. Com colaboração de Duca Rachid e Mário Teixeira, direção de Walter Avancini, Mário Márcio Bandarra, Ivan Zettel, Vicente Barcellos, Luiz Henrique Rios, Leandro Neri e Roberto Talma, e direção geral e núcleo de Roberto Talma e Walter Avancini. Exibida entre 18 de junho de 2001 e 21 de fevereiro de 2002, em 215 capítulos, sucedendo Estrela-Guia e antecedendo Coração de Estudante.
Com Deborah Secco, Luigi Baricelli, Maurício Mattar, Patrícia França, Mariana Ximenes, Rodrigo Faro, Murilo Rosa, Elizabeth Savalla, Laura Cardoso e Susana Vieira nos papéis principais.
Enredo[]
Em 1717, ao chegar ao Brasil a filha de um conde, Cecília de Sá (Deborah Secco), é salva de um sequestro por Valentim (Luigi Baricelli). Iniciando assim um romance que fica comprometido por Cecília ter sido prometida por seu pai à ao poderoso fidalgo Dom Fernão de Avelar (Maurício Mattar).
Valentim é mal-visto pelos poderosos da vila onde vive pois seu pai foi preso e morto como um traidor, por ter se recusado a entregar o mapa de umas minas de ouro à Coroa. Mesmo assim, o rapaz não mede esforços para fazer justiça ao pai e provar sua inocência. E Fernão faz de tudo para que Cecília, que se recusa a casar com ele, seja sua.
Enquanto isso, em Guaratinguetá, pescadores lutam pelo reconhecimento ao culto de Nossa Senhora Aparecida, após a imagem da santa ter sido encontrada no Rio Paraíba do Sul e realizar milagres.
Elenco[]
Intérprete | Personagem |
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Deborah Secco | Cecília de Sá |
Luigi Baricelli | Valentim Coimbra |
Maurício Mattar | Dom Fernão de Avelar |
Patrícia França | Blanca de Sevilla |
Mariana Ximenes | Izabel de Avelar |
Rodrigo Faro | Faustino Pereira |
Murilo Rosa | Diogo Soares Cabral |
Elizabeth Savalla | Imaculada de Avelar |
Lu Grimaldi | Joaquina Soares Cabral |
Paulo Goulart | Dom Lourenço de Sá |
Bianca Byington | Gertudes de Sá |
Luís Melo | Santiago / Padre Molina |
Susana Vieira | Dorotéia Lopes (Dodô) |
Otávio Augusto | Manuel Cintra (Sr. Poeta) |
Laura Cardoso | Silvana Alves da Rocha Martins Correia |
Karina Barum | Tiburcina |
Daniel de Oliveira | Padre Gregório |
Felipe Camargo | Frei Tomé |
Taumaturgo Ferreira | Juiz Honorato Vilela |
Fábio Villa Verde | Braz de Sá |
Andréa Avancini | Delfina |
Isabel Fillardis | Clarice dos Anjos |
Cláudio Gabriel | João Alves da Rocha Martins Correia |
Cecil Thiré | Capitão Antunes |
Roberto Bomtempo | Jairo Aguilar |
Gustavo Haddad | Luís Antunes |
Lidi Lisboa | Brásia |
Jandir Ferrari | Capitão do Mato |
Cecília Dassi | Zoé Vilela |
Renata Nascimento | Marcelina de Sá |
Samuel Melo | Cosme |
Luiz Antônio do Nascimento | Damião |
Iléa Ferraz | Pureza |
Mariah da Penha | Eusébia |
Dani Ornellas | Benta |
Fernando Almeida | Gil |
Cida Moreno | Maria do Rosário |
Participações especiais[]
Intérprete | Personagem |
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Giulia Gam | Antonieta de Miranda |
Stênio Garcia | Dom Antônio Soares Cabral |
Yoná Magalhães | Úrsula Paz |
Carlos Gregório | Domingos Martins Correia |
Jackson Antunes | Atanásio Pedroso |
Maria Ribeiro | Rosa Maria Vilaça |
António Marques | Conde de Assumar |
Roney Villela | João Fogaça |
Denise Milfont | Mariquinhas Fogaça |
Raquel Nunes | Celeste Fogaça |
Rafael Rodrigo | Miguel Fogaça |
Alexandre Drummond | Tiago Fogaça |
Ida Gomes | Zuleica |
Cláudio Corrêa e Castro | Dom Agostinho de Miranda |
Tássia Camargo | Generosa |
Chica Xavier | Feiticeira da floresta |
Stepan Nercessian | João da Cruz |
Natália Lage | Ana |
Othon Bastos | Padre José |
Norton Nascimento | Zacarias |
Isaac Bardavid | Filipe Pedroso |
Luciano Vianna | Tabaco |
Leandro Hassum | Vendedor / Farsante |
Pablo Sobral | Cirilo |
Flávio Ozório | Jacinto |
Emanuelle Soncini | Tonha |
Renata Peret | Bartira |
Produção[]
Após estrear na Globo com a bem-sucedida O Cravo e a Rosa, Walcyr Carrasco retornou ao horário apenas quatro meses depois com sua primeira novela solo na emissora. A trama foi baseada no romance "As Minas de Prata" de José de Alencar, mesclando elementos da novela homônima da Excelsior escrita por Ivani Ribeiro em 1967, e juntando com a real história do descobrimento da imagem de Nossa Senhora Aparecida. Também contou com referências à "Romeu e Julieta" de William Shakespeare e "A Dama de Monsoreau" de Alexandre Dumas.
Foi reconstituída a cidade paulista de Guaratinguetá em cidade cenográfica e um rio fictício de trinta metros de extensão. Um ateliê formado por dez costureiras criou os figurinos inspirados na moda do Século XVIII. O diretor geral e de núcleo Walter Avancini teve que deixar a novela por problemas de saúde e foi substituído na função por Roberto Talma. Avancini faleceu em 26 de setembro de 2001, no dia da exibição do capítulo 87, onde foi exibido um slide em sua homenagem.
Roberto Talma sugeriu à Walcyr Carrasco modificações na trama para reverter a baixa audiência inicial. O que resultou na saída de diversos personagens, desagradando alguns atores que afirmaram terem tomado conhecimento da dispensa pela mídia. Outros atores forem integrados ao elenco no decorrer da história, como Susana Vieira, Rodrigo Faro, Daniel de Oliveira e Giulia Gam. A vilã Imaculada (Elizabeth Savalla) se tornou mais cômica e Luigi Baricelli teve seu visual modificado.
Um dos motivos para a fraca recepção foi a abordagem religiosa da história que dividiu opiniões. Enquanto grupos católicos acusavam a emissora de explorar a religião comercialmente, parte do público não-católico acusou a rede de fazer "pregação católica". A iniciativa de Walcyr Carrasco em abordar o culto à Nossa Senhora Aparecida foi inspirada em uma vivência do próprio autor relacionada à santa. Anos mais tarde, Walcyr escreveu uma peça teatral musical sobre Nossa Senhora.
A música de abertura foi modificada três vezes. No primeiro mês foi tocado o instrumental "Santuário do Coração", que depois foi substituído por "Shosholoza '99" por duas semanas. Por fim, "A Padroeira", cantada por Joana, foi oficializada como trilha e ficou até o fim da exibição da novela. A trama precisou ser esticada por quatro meses após o cancelamento da novela de Maria Adelaide Amaral e para dar tempo à Coração de Estudante, desenvolvida às pressas por Emanuel Jacobina, pudesse ser produzida.
Reprise[]
Foi exibida na integra na TV Aparecida entre 17 de abril e 22 de dezembro de 2017, nas faixas das 19h e 22h30, antecedendo O Direito de Nascer. Primeira novela da Globo a ser exibida em uma emissora não-pública fora do Grupo Globo, foi cedida pelo canal que a exibiu em comemoração ao terceiro centenário de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, uma vez que a família Marinho é devota da santa. A TV Aparecida não pagou à Globo para a exibir a novela, mas precisou pagar os direitos de imagem dos autores e das músicas.