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A Próxima Vítima foi a 50ª novela das 20h da Globo. Escrita por Silvio de Abreu, com colaboração de Alcides Nogueira e Maria Adelaide Amaral. Direção de Jorge Fernando, Rogério Gomes, Marcelo Travesso e Alexandre Boury, e direção geral e núcleo de Jorge Fernando. Exibida entre 13 de março e 3 de novembro de 1995, em 203 capítulos, sucedendo Pátria Minha e antecedendo Explode Coração.

Com Tony Ramos, Susana Vieira, José Wilker, Aracy Balabanian, Cláudia Ohana, Natália do Vale, Paulo Betti, Vivianne Pasmanter, Cecil Thiré e Tereza Rachel nos papéis principais.

Enredo[]

Francesca Ferreto (Tereza Rachel) é uma mulher rica, bem mais velha que seu marido Marcelo (José Wilker), um homem mau-caráter que só está casado com ela por interesse. Ele mantém um tórrido romance com Isabela Ferreto (Cláudia Ohana), inescrupulosa sobrinha de Francesca, e é amante da longa data da batalhadora Ana (Susana Vieira), dona de uma cantina italiana, com quem teve três filhos.

Os negócios da família Ferreto são controlados por Filomena (Aracy Balabanian). Ela domina e manipula todos a sua volta, principalmente o marido Eliseo (Gianfrancesco Guarnieri). Com o passar do tempo, Francesca fica inconformada ao descobrir o caso de vinte anos de Marcelo e Ana.

Enquanto isso, no desenrolar da trama, ocorre uma série de assassinatos. Aparentemente sem motivo e conexão entre si, cuja "marca" do assassino é a presença de um carro Opala preto. Com isso, a jovem estudante de direito Irene (Vivianne Pasmanter) fica instigada e inicia uma minuciosa investigação para descobrir quem é o assassino e quem serão as próximas vítimas. Ela descobre uma lista com códigos, baseadas o horóscopo chinês, com a data de nascimento de todas as sete vítimas, que recebem essa lista de cada crime. Sendo a única ligação aparente entre as vítimas.

Elenco[]

Intérprete Personagem
Tony Ramos José Carlos Mestieri (Juca)
Susana Vieira Ana Carvalho
José Wilker Marcelo Rossi
Aracy Balabanian Filomena Ferreto Giardini (Filó)
Cláudia Ohana Isabela Ferreto Vasconcellos
Natália do Vale Helena Braga Ribeiro
Tereza Rachel Francesca Ferreto Rossi
Yoná Magalhães Carmela Ferreto Vasconcellos (Cacá)
Rosamaria Murtinho Romana Ferreto
Gianfrancesco Guarnieri Eliseo Giardini
Lima Duarte José Mestieri (Zé Bolacha)
Paulo Betti Detetive Olavo Rodrigues de Melo
Vivianne Pasmanter Irene Braga Ribeiro
Marcos Frota Diego Bueno
Cecil Thiré Adalberto Vasconcellos
Vera Holtz Quitéria Bezerra (Quitéria Quarta-Feira)
Alexandre Borges Bruno Biondi
Otávio Augusto Ulisses Carvalho
Flávio Migliaccio Vitório Giovanni (Vitinho)
Nicette Bruno Nina Giovanni
Antônio Pitanga Kléber Noronha
Zezé Motta Maria de Fátima Noronha (Fátima)
Selton Mello Antônio Mestieri (Tonico)
Deborah Secco Carina Carvalho Rossi
André Gonçalves Sandro Carvalho Rossi (Sandrinho)
Lui Mendes Jefferson Noronha
Norton Nascimento Sidney Noronha
Camila Pitanga Patrícia Noronha
Roberto Bataglin Cláudio Ramos
Pedro Vasconcelos Lucas Braga Ribeiro
Georgiana Góes Iara Mestieri
Eduardo Felipe Giulio Carvalho Rossi
Lugui Palhares Adriano do Amaral
Isabel Fillardis Rosângela Moraes
Mila Moreira Carla
Patrícya Travassos Solange Lopes
Vítor Branco Alfredo Duarte
Lídia Mattos Diva da Silva
Liana Duval Ivete Bezerra
Edgard Amorim Miroldo (Miro)
Andréa Avancini Teca
Nizo Neto Marco
Marcelo Barros Cuca
Washington Gonzales Eduardo da Silva (Duda Maluco)
Catarina Abdalla Marizete
Lucy Mafra Alcina
Hilda Rebello Zulmira
Patrick de Oliveira Arizinho

Participações especiais[]

Intérprete Personagem
Carlos Eduardo Dolabella Giggio de Angelis
Francisco Cuoco Hélio Ribeiro
Maria Helena Dias Leontina Giovanni Mestieri
Reginaldo Faria Paulo Soares / Arnaldo Roncalho
Vera Gimenez Andréa Barcellos
José Augusto Branco Josias da Silva
Renata Schumann Sabrina Rodrigues de Melo
Emiliano Queiroz Antônio Quintela
Castro Gonzaga Pedro Roncalho
Dalmo Cordeiro Gilberto (Giba)
Dandara Guerra Isabela (criança)
Danielle Winits Ana (jovem)
Élcio Romar Detetive Eurípedes Lopes
Gilberto Sálvio pai de Ana e Ulisses
Glória Menezes Júlia Braga
Jaime Leibovitch Terapeuta de Helena
Jonas Bloch Delegado Régis
Jorge Lucas um dos policiais que prendem Tonico
Mauro Mendonça Otávio Bueno
Tânia Scher Márcia Bueno
Marco Miranda Dr. Edson
Marcus Alvisi Dr. Milton
Ricardo Warnick Pedro Paulo
Denise Del Cueto dona Clarisse
Samir Murat Roberval Correa
Lafayette Galvão Dr. Osnir
José Steinberg Sérgio
Norma Geraldy Úrsula Ferreto
Vanda Lacerda Anunciata Ferreto
Lícia Magna Magda Ferreto
Susana Werner Liane
Renata Vasconcellos Modelo
Antônio Fagundes Dr. Astrogildo
Cláudia Raia Mulher misteriosa assasinada no último capítulo
Cláudio Macdowell José Celso

Produção[]

Após anos escrevendo novelas com tramas mais cômicas, Silvio de Abreu resolveu apostar no oposto e desenvolveu um drama policial com suspense. Idealizada como uma obra "neo-realista", com as cenas apresentadas de uma maneira natural, sem uso de efeitos especiais.

As primeiras cenas foram gravadas em dezembro de 1994, na Itália. Nas regiões de Nápoles, Sorrento, Costa Amalfitana. Em São Paulo, serviram de locação os bairros da Mooca e do Bixiga, devido à grande concentração de descendentes de italianos. Para a composição de seu personagem Olavo, Paulo Betti se inspirou no detetive Peter Falk, do filme "Asas do desejo". Renata Vasconcellos, que era modelo na época, fez uma pequena participação na trama.

Um dos destaques na novela foi mostrar uma família pessoas negras de classe média alta. Silvio de Abreu pretendia retratar os personagens como pessoas com boas condições de vida e vivendo situações reais. Em contrapartida às novelas do passado onde personagens negros eram quase sempre apresentados como pessoas pobres. A trama tentou apresentar um casal gay, com Sandrinho (André Gonçalves) e Jeferson (Lui Mendes). A abordagem gerou grande rejeição inicial do público, na época, e André Gonçalves chegou a ser agredido nas ruas, sofrendo ameaças e xingamentos. O casal chegou a ser desfeito no desenrolar da trama, mas no final, eles ficaram juntos.

Duas cenas marcantes da novela geraram polêmica pelo teor violento. A primeira, no capítulo 50, exibido em 9 de maio de 1995, Isabela (Cláudia Ohana) foi empurrada da escada da mansão por Diego (Marcos Frota) no dia do seu casamento, logo depois de descobrir que ela o traía com Marcelo (José Wilker). A segunda, no capítulo 171, exibido em 27 de setembro de 1995, Marcelo desfere de Isabela com uma faca, após descobrir que ela o traía, deixando a ensanguentada. Grupos feministas se manifestaram contra a trama pelo excesso de agressões contra Isabela, argumentando que banalizava a violência contra a mulher. Em resposta, Silvio de Abreu se justificou dizendo que Isabela era agredida por ser a vilã da história e não por ser mulher.

Mistério do Assassino[]

O fio condutor da história inovou com o fato de que o assassino misterioso poderia ser qualquer personagem da novela. Assim como nenhum personagem estava poupado de ser assassinado pelo criminoso. Fazendo jus ao título da novela. Para manter o suspense ao público, a emissora decidiu não enviar resumos dos capítulos às revistas e jornais. O mistério gerou alta repercussão entre o público, gerando especulações sobre a identidade do assassino até entre nomes políticos e sindicais.

O ponto de partida para os assassinatos foi a morte de Giggio de Angelis (Carlos Eduardo Dolabella), marido de Francesca Ferreto (Tereza Rachel), assassinado a tiros em 1968, em um navio. Um homem, a bordo do navio, foi identificado como o assassino e condenado pelo crime. As vítimas do assassino misterioso estavam a bordo deste navio e foram testemunhas do crime.

Foram gravados dois finais para essa revelação, com dois assassinos diferentes. Foi noticiado, também, que mais três finais alternativos seriam gravados para o mercado internacional, o que não aconteceu. Um final foi ao ar no último capítulo da exibição original. O outro, ficou guardado e foi ao ar no último capítulo da reprise do Vale a Pena Ver de Novo, em 2000. Para manter o suspense do desfecho e evitar que a imprensa descobrisse antes da hora, cogitou-se transmitir a cena da revelação ao vivo na televisão. Mas as sequências foram gravadas na tarde do último capítulo, às 13h.

No final original, Adalberto (Cecil Thiré) era o assassino misterioso. Ele foi o verdadeiro homem que Giggio de Angelis, e assassinou as testemunhas do crime. No final alternativo, o assassino era Ulisses (Otávio Augusto), que se revelou filho do homem incriminado pelo assassinato de Giggio e forjou sua morte. Ele matou as testemunhas que deixaram seu pai ser preso por um crime que não cometeu.

Reprises[]

Foi reprisada no Vale a Pena Ver de Novo entre 10 de julho e 8 de dezembro de 2000, em 110 capítulos, sucedendo Tropicaliente e antecedendo Roque Santeiro. Onde foi exibido o final alternativo (e até então inédito), onde Ulisses (Otávio Augusto) era o assassino. Marcou 16,0 Pontos de média geral de audiência.

No Viva, foi reprisada na íntegra entre 9 de setembro de 2013 a 18 de junho de 2014, sucedendo Renascer e antecedendo A Viagem. Inicialmente às 16h15, a faixa foi remanejada para às 14h30 a partir de 17 de fevereiro de 2014, após mudanças na programação da Globo, para evitar que uma novela do canal pago fosse ao ar simultaneamente com uma do Vale a Pena Ver de Novo. Nesta reprise, foi ao ar o final original.

Em 26 de setembro de 2022, foi disponibilizada na íntegra pelo Globoplay, que além do capítulo final original, também disponibilizou o alternativo.

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