Barriga de Aluguel foi a 40ª novela das 18h da Globo. Escrita por Gloria Perez, com direção de Wolf Maya, Ignácio Coqueiro e Sílvio de Francisco, e direção geral e núcleo de Wolf Maya. Exibida entre 20 de agosto de 1990 e 1º de junho de 1991, em 243 capítulos, sucedendo Gente Fina e antecedendo Salomé.
Com Cláudia Abreu, Cássia Kis, Victor Fasano, Humberto Martins, Denise Fraga, Leonardo Villar, Mário Lago e Beatriz Segall nos papéis principais.
Enredo[]
Ana (Cássia Kis) e Zeca (Victor Fasano) são um casal que deseja muito ter filho, mas ela não pode engravidar. Então, eles recebem a sugestão de contratar uma "barriga de aluguel". A contratava foi jovem Clara (Cláudia Abreu), uma humilde moradora de uma favela de Inhaúma, no subúrbio do Rio de Janeiro, que trabalha de dia como balconista de uma padaria e de noite como uma dançarina em um bar. Clara recebe vinte mil dólares para ter seu útero inseminado artificialmente e a moça vê nisso, uma grande oportunidade de melhorar de vida.
A inseminação dá certo, e Clara assina um contrato que garante entregar a criança à Ana e Zeca ainda na maternidade. Mas durante a gravidez, a moça é tomada por um grande sentimento de maternidade e passa a amar o bebê que está em seu ventre. Relutando em se apegar a um filho que não é seu. Durante o parto, Clara tem complicações que a deixa estéril. E depois do nascimento, ela foge com a criança, recusando-se a entregar aos pais. Como a moça assinou um contrato, ela se torna foragida da justiça.
Depois que Clara é presa, e solta, tem início uma longa guerra judicial entre ela e Ana pela guarda da criança. A favor de Ana, o fato dos genes do bebê serem seus e de seu marido. E a favor de Clara, o fato do bebê ter sido gerado em sua barriga. A situação se complica quando Zeca passa a se apaixonar por Clara. Fazendo Ana lutar para ter seu esposo e seu filho de volta.
Elenco[]
Intérprete | Personagem |
---|---|
Cláudia Abreu | Clara Ribeiro |
Cássia Kis | Ana Lúcia Paranhos de Alencar |
Victor Fasano | José Carlos de Alencar (Zeca) |
Humberto Martins | João dos Santos |
Jairo Mattos | Tadeu Junqueira Lima |
Mário Lago | Dr. Molina |
Beatriz Segall | Miss Penélope Brown |
Adriano Reys | Dr. Álvaro Baronni |
Renée de Vielmond | Aída Baronni |
Nicole Puzzi | Luísa Coller |
Lady Francisco | Yara |
Denise Fraga | Rita Garcez (Ritinha) |
Leonardo Villar | Ezequiel Ribeiro |
Eri Johnson | Lulu |
Lúcia Alves | Moema Paranhos |
Wolf Maya | Paulo César |
Tereza Seiblitz | Laura Maria Baronni |
Sura Berditchevsky | Raquel Ribeiro |
Sônia Guedes | Ambrosina dos Santos |
Vera Holtz | Dos Anjos |
Tácito Rocha | Seu Garcez |
Francisco Milani | Salgado (Chiquinho/Ramon/Dartagnan) |
Vítor Branco | Jonas |
Anilza Leoni | Edith |
Regina Restelli | Rosa Aimeé |
Paulo César Grande | Eduardo (Dudu) |
Carla Daniel | Cissa |
Marcelo Saback | Duarte |
Daniella Perez | Clotilde (Clô) |
Mariane Ebert | Drica |
Ricardo Câmara | Sérgio (Serginho) |
Chico Tenreiro | Antônio |
Jonas Mello | Delegado José de Oliveira |
Rosimar de Mello | Teresinha |
Vânia de Brito | Dina |
Mary Daniel | Vovó Lola Paranhos |
Emiliano Queiroz | Dr. Barroso |
Carlos Kroeber | Ramiro de Alencar |
Ilka Soares | Milena de Alencar (Mimi) |
Pedro Bellini | Jeremias |
Darcy de Souza | Leonora |
Duda Ribeiro | Ricky |
Vanessa Barum | Josilena (Leninha) |
Paula Burlamaqui | Paula (Paulinha) |
Tetê Vasconcellos | Cacá |
Renato Rabello | Pitty Paranhos |
Cynthia Maranhão | Mariana Paranhos |
Caio Junqueira | Tatau Paranhos |
Alessandra Aguiar | Tita |
Participações Especiais[]
Intérprete | Personagem |
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Antônio Viana | Bené |
Bruno Gagliasso | Filho de Dr. Barroso |
Cacá Silva | Tomás |
Dayse Tenório | Regina |
Ivan Mesquita | Oficial de justiça |
Ivon Cury | Promotor |
Júlia Miranda | Audenora |
Kristhel Byanco | Daisy |
Leonardo Serrano | Marcelinho |
Moacyr Deriquém | Juiz |
Nelson Dantas | Psicanalista |
Neuza Amaral | Juíza |
Newton Martins | Delegado |
Paulo Leite | Fernando |
Paulo Villaça | Desembargador |
Vera Paxie | Maria Alice |
Patricia Mattos | Jussara |
Produção[]
Primeira novela solo de Gloria Perez na Globo, ela apresentou a história em 1985 para o horário das 20h. Seu desejo era que a obra sucedesse Roque Santeiro e tivesse Lucélia Santos como protagonista. Porém, a emissora não aprovou o projeto por achar a abordagem de fertilização artificial ser considerada "surreal" demais para época e pouco explorada pela mídia. Decepcionada, Gloria foi para a Manchete em 1987, onde escreveu a novela Carmem.
Em 1989, já de volta à Globo, a sinopse de Gloria Perez, cujo título provisório era "Novos Tempos", foi aprovada. Inicialmente para o horário das 20h, como a autora queria, para suceder O Salvador da Pátria. Mas Boni a remanejou para as 18h alegando que a história não era apropriada para o horário nobre. Com esta mudança, Reynaldo Boury, que seria o diretor original, foi substituído por Wolf Maya.
Em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, foi erguida uma cidade cenográfica recriou um bairro do subúrbio carioca. Foram desenvolvidos 82 ambientes. Prevista para ter 184 capítulos, ganhou mais 54 devido a atrasos na produção da sucessora Salomé, terminando com 243. Tornando-se a novela das 18h mais longa da história e a quarta mais longa da Globo no geral.
A abertura produzida pela equipe de Hans Donner foi estrelada por uma gestante de verdade, a modelo Patrícia Phebo. Seu rosto não foi mostrado, apenas sua barriga e suas pernas. Em determinado momento da gravação, o bebê se mexeu dentro do ventre, alterando o formato da barriga. Mas a mãe conseguiu ajeitar para que a barriga voltasse ao contorno certo para a gravação.
A novela alcançou repercussão com o público discutindo a questão da maternidade: "Mãe é quem gera, ou quem cria?", esse era o tema que dividiu opiniões do público. Uma personagem repórter foi criada para ir às ruas e entrevistar pessoas reais, perguntando a elas com quem a guarda da criança deveria ficar. Se com Ana (Cássia Kis) ou Clara (Cláudia Abreu). As respostas colhidas foram exibidas na trama, que também mostrou a opinião de especialistas, médicos, psicólogos, personalidades populares e religiosas.
No último capítulo, após vários julgamentos nos tribunais, Ana e Clara decidiram que iriam resolver juntas o futuro da criança. Independente da decisão definitiva da Justiça.
Foi a última novela de Ivon Cury, conhecido por estrelar ao lado de Hebe Camargo, o primeiro número musical da televisão brasileira, em 1950. E também foi a última novela do ator Paulo Villaça.
Reprises[]
Foi reprisada no Vale a Pena Ver de Novo entre 5 de julho e 5 de novembro de 1993, em 90 capítulos, sucedendo Sinhá Moça e Direito de Amar. Marcou 21,90 Pontos de média geral de audiência.
No Viva, foi reprisada na íntegra entre 1 de dezembro de 2011 e 6 de novembro de 2012 na faixa das 16h30. Suedendo O Rei do Gado e antecedendo Renascer. Também foi reapresentada em formato compacto de dez capítulos no quadro "Novelão" do Vídeo Show entre 22 de agosto e 2 de setembro de 2016, sucedendo Escrito nas Estrelas e antecedendo Alma Gêmea.
Em 8 de maio de 2023, foi disponibilizada na íntegra pelo Globoplay.