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Bebê a Bordo foi a 40ª novela das 19h da Globo. Escrita por Carlos Lombardi, com colaboração de Luís Carlos Fusco e Maurício Arruda, direção de Roberto Talma, Del Rangel, Marcelo de Barreto e Paulo Trevisan e direção geral e de núcleo de Roberto Talma. Exibida entre 13 de junho de 1988 e 11 de fevereiro de 1989, em 209 capítulos, sucedendo Sassaricando e antecedendo Que Rei Sou Eu?.

Com Isabela Garcia, Tony Ramos, Dina Sfat, Maria Zilda Bethlem, Ary Fontoura, Armando Bógus, José de Abreu e Guilherme Fontes nos papéis principais.

Enredo[]

A grávida Ana Isabela Garcia sequer sabe quem é o pai da criança, uma vez que ela foi concebida durante uma festa em que a mãe trabalhava de garçonete. Quando houve um apagão na festa, todos os presentes deram início a uma orgia. Procurada pela polícia, a gestante entra em trabalho de parto durante a fuga, e acaba pegando carona, por acaso, no carro do marqueteiro político Tonico Ladeira (Tony Ramos). E é o carro que Ana dá a luz a Heleninha.

A partir daquele momento, Tonico tem uma ligação de afeto á bebê. E quando Ana desaparece, a mãe Laura (Dina Sfat) passa a lutar pela guarda da neta. Para não repetir o que fez no passado, quando abadonou Ana ainda bebê. Mas Ana, posteriormente, deixa a criança na porta da casa de Laura, sem saber que a bebê é a sua neta.

Enquanto isso, vários homens que participaram da festa, disputam a paternidade de Heleninha.

Elenco[]

Intérprete Personagem
Isabela Garcia Ana Bezerra / Sílvia Siqueira Ramos
Tony Ramos Antônio Ladeira (Tonico)
Dina Sfat Laura Petraglia / Bárbara
Maria Zilda Bethlem Ângela Maria Libertucci
Ary Fontoura Nero Petraglia
Armando Bógus Alcides Lima Coutinho Petraglia (Liminha)
José de Abreu Antônio Barbirotto (Tonhão)
Guilherme Fontes Reinaldo Luís Barbirotto (Rei)
Guilherme Leme Ricardo Antônio Barbirotto (Rico)
Sílvia Buarque Raio de Luar Coutinho Petraglia
Rodolfo Bottino Antônio Antonucci
Inês Galvão Sônia Barbosa Ladeira (Soninha)
Leo Jaime José Roberto (Zezinho)
Márcia Real Valquíria Rêgo Grande
Sebastião Vasconcelos Humberto Barbirotto (Tico)
Nicette Bruno Branca Ladeira
Françoise Forton Glória Ladeira Andrade
Patrícya Travassos Ester Ladeira Amado
Débora Duarte Joana Mendonça (dona Mendonça)
Carla Marins Maria Luísa Rêgo Grande (Sininho)
Paulo Figueiredo Eduardo Augusto Rêgo Grande (Dinho)
Sílvia Bandeira Lourdes Rêgo Grande (Dinha)
Paulo Guarnieri Nicolau Coutinho Petraglia (Nico)
Felipe Pinheiro Ladislau Coutinho Petraglia (Lalau)
Jorge Fernando José Antônio Libertucci (Zetó)
Tarcísio Filho Carlos Antônio Libertucci (Caco)
Deborah Evelyn Fânia Favale
Cláudia Magno Gilda
Ilva Niño Maria Bezerra (Mainha)
João Signorelli Celso Bezerra
Irving São Paulo Duílio (Bad Cat)
Anderson Müller Ítalo (Bad Boy)
Cristina Sano Grega
Fábio Pillar Gilberto Amado (Amado)
Chiquinho Brandão Joaquim Andrade (Joca)
Leina Krespi Vespúcia (Vespa)
Edson Silva Severo
Carla Tausz Elza
Beatriz Bertu Helena (Heleninha)
Adriana Tausz
João Rebello Antônio Barbosa Ladeira Junior (Juninho)
Catarina Dahl Flávia Ladeira Amado (Flavinha)
Bruno Andrade Luís Ladeira Andrade
Lílian Leal Luciana Ladeira Andrade

Participações especiais[]

Intérprete Personagem
Bel Kutner Laura (jovem)
Tereza Rachel Eva Mendonça
Vera Holtz Madalena
Ângela Figueiredo Tânia
Duda Mamberti Téo
Alfredo Murphy detetive
Christiana Guinle funcionária de orfanato
Maria Alice Vergueiro diretora de presídio
Bebel Gilberto Marisol
Paulette Osvaldão
Carlos Eduardo Dolabella Augusto
Marina Miranda candidata a babá
Dayse Tenório candidata a babá
Ivan Senna maître
Antônio Pedro Dr. Valcourt
Tonico Pereira Válter
Paulo César Grande homem que se interessa por Ângela
Lug de Paula cobrador de ônibus
Lenine porteiro
Pedro Cardoso Flávio
Rosita Thomaz Lopes Dona Maria Clara
Alexandre Zacchia delegado
Maria Helena Velasco delegada
Evandro Mesquita Raúl e Pancho
Joyce de Oliveira Sra. Perácia Prado Almeida
Emiliano Queiroz Brito
Isaac Bardavid Nascimento
Fábio Sabag pai de Dr. Valcourt
Lucy Mafra mulher que Seu Tico conhece num bar
Nica Bonfim esposa de Sandoval
Cláudia Mauro Dona Brígida
Marcos Wainberg Leonel
Carlos Takeshi Xangai
Luiz Magnelli Maître
Roberto Talma Taxista

Produção[]

Tendo como título provisório "A Filha da Mãe", que foi vetado pela Censura Federal e rejeitada por Boni, que sugeriu o título oficial, foi a segunda novela solo de Carlos Lombardi, e definiu o estilo característico de escrita do autor. Tramas com elementos de ação, ironia e humor nonsense. A missão da emissora era trazer o público jovem de volta ao horário das 19h, e a inspiração do novelista para a história "Arizona Nunca Mais". Inicialmente, estava prevista para suceder Brega & Chique no horário, mas teve a sinopse reprovada. Sendo reprovada posteriormente para suceder Sassaricando.

Além do veto ao título provisório, a Censura liberou a novela para ser exibida apenas após às 21h, sendo que já estava programada para a faixa das 19h. Roberto Talma precisou cortar cenas, mas não conseguiu a liberação. O diretor, dias antes da estreia, foi à Brasília para garantir a sua exibição.

As gravações do primeiro capítulo, na cena em que Ana (Isabela Garcia) dá a luz, foram gravadas na esquina da Avenida Brigadeiro Faria Lima com a Avenida Nove de Julho, e na Rua Augusta. Todas na Zona Oeste do Rio de Janeiro, que teve que ser parada para a realização das sequências. As cenas dos sonhos eróticos de Ângela (Maria Zilda Bethlem) foram dirigidas pelo diretor de clipes musicais Paulo Trevisan, para conferir uma estética de cinema. Cenas em estúdio foram gravadas na Cinédia.

O autor desenvolveu Tonico Ladeira especialmente para Tony Ramos. O personagem, inspirado no próprio novelista e no diretor Roberto Talma, foi criado para que o ator interpretou um tipo que nunca tinha interpretado na televisão até então. Tonico protagonizou um momento de metalinguagem ao simplesmente interromper uma cena dizendo que estava na hora dos comerciais. Na volta do intervalo do capítulo, o personagem anunciou a volta e continuou com a cena. Durante um período, Tony apareceu simultâneamente em duas produções da Globo. Na novela e na minissérie O Primo Basílio.

Foi a primeira novela de Carlos Lombardi a contar com o "falso gancho" (onde uma pessoa atira em alguém no fim de um capítulo e no seguinte o tiro não acerta a pessoa que era alvo), que se tornou comum em suas obras seguintes e era uma homenagem à Glória Perez, que criou o artifício. Na trama, Soninha (Inês Galvão) atira quatro vezes contra Tonico (Tony Ramos) ao final do capítulo 10 (exibido em 25 de junho de 1988). Mas nenhum dos tiros acerta ele.

Quatro crianças interpretaram Heleninha nas diferentes fases de crescimento da criança: Após o nascimento e enquanto a personagem era um bebê de colo, era vivida por Adriana Valbon e Roberto; quando a bebê já engatinhava, foi Caroline e Beatriz Bertu. Esta última interpretou a criança na última fase da trama.

Os lenços em que os irmãos Rei (Guilherme Fontes) e Rico (Guilherme Leme) amarraram na cabeça viraram moda na época. A ideia foi da figurinista Sônia Soares pelo fato de Rei ser entregador de pizza. O bordão dos irmãos "levar uns coelhos" que era basicamente uma gíria para sexo, também se popularizou.

A novela teve um desfecho incomum e criativo. Ana foge com Heleninha, que estava sob a guarda de Laura (Dina Sfat), junto a Rico e Rei. Mas o carro em que estavam caiu de uma ponte. Rico e Rei foram dados como mortos e Ana foi baleada e deixou Tonico. A história terminou com os irmãos no Paraguai, fugidos, cuidando de Heleninha.

Foi a última novela de Dina Sfat, que faleceu no ano seguinte á trama, e a primeira de sua filha, Bel Kutner. Na época de sua exibição, foi lançada um álbum de figurinhas da trama.

Reprises[]

Foi reprisada no Vale a Pena Ver de Novo, entre 9 de novembro de 1992 e 12 de março de 1993, em 90 capítulos, sucedendo Vale Tudo e antecedendo Sinhá Moça. Marcou 24,53 Pontos de média geral de audiência.

No Viva, foi reprisada em 131 capítulos na faixa das 15h30 entre 15 de janeiro a 15 de junho de 2018, sucedendo a minissérie Grande Sertão: Veredas, que por sua vez sucedeu Tieta, e antecedendo Vale Tudo. Foi a única vez que o Viva reprisou uma novela editada, pois sempre as exibe na íntegra. Os cortes começaram a partir do capítulo 91, exibido em 30 de abril de 2018. O fato causou polêmica entre o público do canal e a imprensa, que alegou que a reprise foi rejeitada pelo público mais conservador, ocasionando na queda de audiência.

Mesmo editada, a novela foi disponibilizada na íntegra pelo serviço Globosat Play (dentro do Viva Play). O Viva alegou que os cortes foram feitos para acelerar a estreia de Vale Tudo, que seria reprisada novamente em comemoração aos 30 anos de sua exibição. Curiosamente, a sucessora original seria Baila Comigo, que foi remanejada para a faixa das 14h30, sucedendo Sinhá Moça. Apesar das declarações, esta foi a última vez que uma novela de Carlos Lombardi foi reprisada pelo canal pago até então.

Em 8 de novembro de 2021, foi disponibilizada na íntegra pelo Globoplay.

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