Custe o Que Custar (conhecido como CQC) foi um programa semanal exibido pela Band de 2008 à 2015.
Produção[]
Baseado no programa argentino Caiga quein Caiga, criado em 1995 por Mario Pergolini e Diego Guebel, o CQC brasileiro estreou em 17 de março de 2008. Logo em seu primeiro ano foi um sucesso de público e crítica, sendo eleito um dos melhores programas do ano pela Folha de São Paulo.
Sua equipe era composta de três apresentadores fixos, e uma equipe de repórteres, nos quais faziam reportagens de temas que eram polêmicos á época, e também com um humor acido e as vezes até ofensivo à certos grupos. Ao longo de sua duração sofreu com vários processos judiciais, de participantes, políticos e personalidades que se sentiram ofendidas com suas abordagens, o que acabou afetando seu editorial.
O formato foi exportado pela produtora Cuatro Cabezas para vários países da América Latina, incluindo o Brasil. A atual Eyeworks abriu uma filial no país em fevereiro de 2008 para a produção do programa,
A primeira leva de apresentadores teve menos de um mês para ser escolhida e preparada. Os produtores acharam em humoristas de stand up o time inicial com Rafinha Bastos, Danilo Gentili, Marco Luque e Oscar Filho. Também sondaram o apresentador Marcelo Tas, conhecido com o Professor Tibúrcio do infantil Ra Tim Bum! nos anos 90.
Em sua estréia em março de 2008, ia ao ar às segundas na faixa das 22:15 da noite, e tinha a classificação indicativa para maiores de 12 anos. Também havia uma reprise aos sábados com os melhores momentos.
O programa ia ao ar por temporadas, sendo substituído por dois meses por outros programas, como o reality Mulheres Ricas, Verão Band e Séries.
Em 2015 foi anunciada uma pausa "sabática" em 2016, e um possível retorno pra 2017, porém nunca se concretizou.
Curiosidades[]
- O figurino era inspirado no filme "Cães de Aluguel" de Quentin Tarantino, embora muitos associassem à comédia "Homens de Preto" estrelada por Will Smith
- Eles vestiam terno e gravata pretos, e também óculos escuros, e eram representados por moscas até a quarta temporada, em 2011
- A abertura era feita pelos próprios integrantes, com efeitos gráficos e patrocinadores quando haviam, a trilha era um trecho da música "Electric Head, Pt.1" da banda White Zombie
- Haviam muitos efeitos gráficos nas reportagens, o que chegou a causar controvérsia com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que proibiu "trucagem, montagem e recursos que possam ridicularizar candidatos, partidos políticos ou coligações", a liminar foi derrubada em agosto do mesmo ano
- Os quadros eram definidos, e haviam muitas entrevistas com personalidades e políticos, talvez os mais bem sucedidos tenham sido o Top Five que mostrava os vídeos mais "bombados" da internet, o Proteste, que mostrava irregularidades e o Repórter Inexperiente, que lançou Danilo Gentili à fama
- Embora tenha sido comparado ao Pânico na TV, o CQC era muito bem avaliado pela crítica, ganhando inúmeros prêmios ao longo de sua existência, como APCA, Troféu Imprensa e o Prêmio Arte Qualidade Brasil
- Em 2010 passou a ser produzido em HDTV
Controvérsias[]
Apesar dos elogios à determinadas pautas, o programa causou polêmica com políticos e personalidades. O caso mais conhecido foi o que Rafinha Bastos fez um comentário de mal gosto e conotação sexual, sobre a cantora Wanessa Camargo, grávida na época, dizendo que "comeria ela e o bebê". A cantora entrou com um processo contra o Bastos, que foi suspenso de suas funções, e posteriormente pediu demissão, e teve sua carreira prejudicada pelo comentário de péssimo gosto.
Em 2011 outra polêmica assolou o programa, com o então deputado Jair Bolsonaro, que participou do quadro "O Povo Quer Saber", no qual respondeu algumas perguntas relacionadas à homossexualidade que causaram desconforto no público: suas respostas foram "boa educação e um pai presente", "não corre o risco" de se tornar homossexual, e que desfiles gays são "promoção de maus costumes". Questionado por Preta Gil, Bolsonaro disse que: "não discutiria promiscuidade" e que "não corre esse risco porque seus filhos foram muito bem educados", em relação à algum de seus filhos namorar uma garota negra. Após as declarações, o então deputado foi processado por Gil e entidades que o acusaram de quebra de decoro e racismo e homofobia.
Em 2009 e 2010, Danilo Gentili foi preso em Assis, SP, por causar confusão na prefeitura da cidade, durante o quadro Proteste Já.
O programa também foi proibido de entrar no Congresso Nacional, a alegação foi que os integrantes do programa não eram jornalistas. Eles também foram proibidos de entrar no Senado.
Em 23 de março de 2009, o apresentador Marcelo Tas, chamou a atriz de filmes eróticos Pâmela Butt de "prostituta", e após o episódio o programa passou a ser gravado. A atriz processou o programa que teve que pagar uma indenização de R$ 153 mil.
Em 2015 em uma entrevista feita por Rafael Cortez com as atrizes da série Orange is the new Black, o apresentador foi acusado de misoginia, pois fez perguntas muito íntimas e na tradução a palavra "misoginia" foi substituída por "meio estranha". A entrevista foi muito criticada tanto por fãs das atrizes, quanto pelo público em geral e até mesmo o ex apresentador Marcelo Tas se pronunciou dizendo que o público "passar a mão na cabeça dos humoristas".
Apresentadores[]
- Marcelo Tas (2008 - 2014)
- Marco Luque (2008 - 2015)
- Rafinha Bastos (2008 - 2011)
- Oscar Filho (2011 - 2015)
- Dani Calabresa (2014)
- Dan Stulbach (2015)
- Rafael Cortez (2015)
Apresentadores Especiais[]
Repórteres[]
- Danilo Gentili (2008 - 2011)
- Oscar Filho (2008 - 2014)
- Felipe Andreoli (2008 - 2014)
- Rafael Cortez (2008 - 2012)
- Warley Santana (2008)
- Monica Iozzi (2009 - 2013)
- Mauricio Meirelles (2011 - 2015)
- Ronald Rios (2012 - 2014)
- Guga Noblat (2013 - 2014)
- Naty Graciano (2014)
- Lucas Salles (2014 - 2015)
- Erick Krominski (2015)
- Juliano Dip (2015)
- Luccas Lucco (especial)
- Aline Riscado (especial)