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Coração Alado foi a 25ª novela das 20h da Globo. Escrita por Janete Clair, com direção de Roberto Talma e Paulo Ubiratan, e direção geral de Paulo Ubiratan. Exibida entre 11 de agosto de 1980 e 14 de março de 1981, em 185 capítulos, sucedendo Água Viva e antecedendo Baila Comigo.

Com Tarcísio Meira, Débora Duarte, Carlos Vereza, Vera Fischer, Aracy Balabanian, Walmor Chagas, Jardel Filho e Ney Latorraca nos papéis principais.

Enredo[]

Juca Pitanga (Tarcísio Meira) é um escultor pernambucano que enviava suas a Leandro (Ney Latorraca), para serem vendidas no Rio de Janeiro. Ao tomar conhecimento de que elas estavam sendo vendidas pelo dobro do preso pelo atravessador, Juca decidiu se mudar com a família para o Rio. Eles vão morar em uma pensão onde o escultor conhece Vivian (Vera Fischer), por quem se apaixona. Ela é sobrinha do malandro Von Strauss (Jardel Filho), um falso barão que tenta entrar na elite carioca e se aproveita de Maria Faz Favor (Aracy Balabanian), que é apaixonada por ele.

Ao trabalhar em uma empresa de cerâmicas, Juca conhece Catucha (Débora Duarte). Ela, a princípio, implica com ele. Mas depois se apaixona e passa a promover suas artes. Com o sucesso, Juca se afasta de Vivian e fica com Catucha. Mas Catucha acaba sendo estuprada por Leandro, seu tio, e engravida. O feto nasce morto. Vivian também fica grávida, mas não tem coragem de criar o filho e o entrega para a adição. A criança vai parar nas mãos de Catucha e Juca, que o adotam.

Paralelamente, Juca passa dois anos em busca de Gabriel (Carlos Vereza), seu irmão desaparecido, que fugiu durante a ditadura militar.

Elenco[]

Intérprete Personagem
Tarcísio Meira Juca Pitanga
Vera Fischer Vívian Ribas
Débora Duarte Camila Karany (Catucha)
Walmor Chagas Alberto Karany
Jardel Filho Tássio Von Strauss
Aracy Balabanian Maria Faz Favor
Ney Latorraca Leandro Serrano
Joana Fomm Melissa Ribas Serrano
Carlos Vereza Gabriel Pitanga
Nívea Maria Roberta Karany
Carlos Augusto Strazzer Piero Camerino
Myrian Rios Alexandra Karany
Tetê Medina Crystal Camerino
Armando Bógus Jorge Gamela
Simone Carvalho Aldeneide Pitanga
Paulo Figueiredo Anselmo Pitanga
Jonas Mello Rômulo Pitanga
Eva Todor Hortência Alencar
Mário Cardoso Alberto Karany Jr.
Lisa Vieira Ieda Caldas
Otávio Augusto Fábio Caldas
Marcelo Picchi Cláudio
Sônia Clara Luciana Ravel
Roberto Faissal Cacau Durães
Leonardo Villar Marcelo França
Maria Zilda Glória França (Glorinha)
Yara Salles Dalva Pitanga
Yolanda Cardoso Nina
Lajar Muzuris Joel
Maria Helena Velasco Elza Pitanga
Diogo Vilela Gerson Alencar
Cissa Guimarães Carla
Jacyra Silva Léa
Monique Lafond Danúbia
Tony Ferreira Jaime Caldas
Tarcísio Filho Carlinhos
Oberdan Júnior Milton
Izabella Bicalho Márcia

Participações especiais[]

Intérprete Personagem
Bárbara Fazio Silvana Karany
Milton Moraes Ângelo Salvatti
André Valli Delegado Alexandre
Germano Filho Padre Washington
Chica Xavier Carmem
Fernando José Ronaldo Torres
Carlos Wilson Abelardo
Heloísa Helena Luzia
Clementino Kelé José
Cidinha Milan Tereza
Chris Couto Cíntia
Adelaide Conceição mulher de José
Dirceu Rabello porteiro de motel
Eliana Araújo cozinheira da pensão
Geuffer Junior desenhista da fábrica
Jessé Dantas frequentador da pensão
Joana Rocha trocadora de ônibus
Manoel Elizário secretário de Rômulo
Moacyr Prina copeiro dos Karany
Otávio Carnaval freqüentador da pensão
Quintino Tibúrcio freqüentador da pensão
Raimundo Emerson massagista da academia
Rejane Marques Juíza Bartira Siqueira
Sérgio Dias massagista da academia
Sumara Louise enfermeira de França

Produção[]

Apesar do título sugerir uma novela romântica (teve "Vernissage" e "O Grande Salto" como provisórios), a obra contava com tramas demasiadamente tristes e pesadas, além de abordar temas polêmicos para a época. O que afastou o público. Para tentar reconquistá-los, após 50 capítulos, foi ao ar um compacto na noite de domingo após o Fantástico.

Com cenas gravadas em São Paulo e Nova York, o primeiro capítulo mostrou uma encenação de "Paixão de Cristo em Nova Jerusalém", em Pernambuco, que mobilizou 40 atores e 1200 figurantes em uma montagem feita especialmente para a novela. Inicialmente, Maria Cláudia estava cotada para os papéis de Catucha e Melissa, mas foi remanejada para Plumas e Paetês. O mesmo aconteceu com Eva Wilma, que viveria Silvana, mas declinou por compromissos com o teatro e foi para a trama das 19h. Maitê Proença viveria Alexandra, mas foi afastada após sofrer um acidente e foi remanejada para As Três Marias.

Chamou a atenção de telespectadores, a quantidade de elementos que foram reaproveitados de Selva de Pedra (1972). Dentre tramas, abordagens e perfis de personagens. As artes de Juca (Débora Duarte), eram feitas na vida real pelo artista plástico Holoassy Lins.

A novela ficou marcada por chocar o público, ao abordar temas referentes a liberdade e aos direitos da mulher, ousando com cenas polêmicas, que receberam inúmeras críticas de telespectadores e da imprensa. Como a cena em que Leandro (Ney Latorraca) estupra Catucha (Débora Duarte).

Porém, o que causou maior escândalo, foi uma cena de masturbação com Catucha, que pratica o ato pensando em Juca, que foi preso injustamente, acusado de matar Silvana Karany (Bárbara Fazio). A cena mostrava apenas o rosto de Débora Duarte, com semblante de excitação e soltando um gemido. Ela estava em uma cadeira fazendo movimentos com os pés. Segundo o site Memória Globo, na cena havia vazado o áudio Roberto Talma orientando Débora a simular uma masturbação.

A sequência sofreu severas críticass, principalmente do público mais conservador e religioso. Ela foi ao ar no capítulo 171, 24 de fevereiro de 1981. Devido a polêmica, tanto o capítulo inteiro quanto os roteiros desapareceram. Fazendo com que, durante muitos anos, essa sequência se tornasse uma espécie de "mito".

No último capítulo, Alberto Karany (Walmor Chagas), o verdadeiro assassino de sua esposa, Silvana, foi absolvido em tribual devido a "legítima defesa da honra". Janete Clair se inspirou no real caso da atriz Ângela Diniz, que foi assassinada por seu namorado Doca Street, e este foi solto pelo crime. A autora queria fazer uma crítica ao caso e de como as leis não protegiam as mulheres.

Também chamou a atenção Albertinho (Mário Cardoso), que aparecia em cena tomando injeções de insulina diariamente por ser diabético. O que gerou protestos de pais com filhos diabéticos, através de cartas, dizendo que a novela não deveria discutir doenças, apenas entreter. Com isso, o personagem parou de tomar as injeções. Mas a Associação de Diabetes Juvenil protestou argumentando que seria a oportunidade de informar ao público sobre a doença. E com isso, Albertinho voltou a tomar insulina em cena.

Em agosto de 2021, durante o programa É de Casa, que repercutia o falecimento de Tarcísio Meira, Tati Machado informou que as fitas da novela não foram preservadas devido a prática comum da época de reutilizá-las e a falta de espaço. Em 22 de janeiro de 2024, o Globoplay disponibilizou os seis únicos capítulos preservados no acervo da Globo, através do "Projeto Fragmentos". São estes: 1, 2, 92, 93, 184 e 185.

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