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Corpo Dourado foi a 56ª novela das 19h da Globo. Escrita por Antônio Calmon, com colaboração de Ângela Carneiro, Eliane Garcia, Flávia Lins e Silva, Lílian Garcia e Alberto Goldin. Direção de Edson Spinello, Fábio Junqueira, Flávio Galvão e João Camargo, e direção geral de Flávio Colatrello Jr. e Marcos Schechtman. Exibida entre 12 de janeiro e 21 de agosto de 1998, em 191 capítulos, sucedendo Zazá e antecedendo Meu Bem Querer.

Com Cristiana Oliveira, Humberto Martins, Marcos Winter, Fábio Júnior, Maria Luísa Mendonça, Felipe Camargo, Gerson Brenner, Danielle Winits e Giovanna Antonelli nos papéis principais.

Enredo[]

Selena (Cristiana Oliveira) é uma fazendeira batalhadora e rude que não se importa em fazer os trabalhos pesados do campo. Seu desejo é conseguir de sua mãe o segredo da identidade de seu pai. Também deseja ter o amor de Chico (Humberto Martins), delegado de Marimbá, cidade fictícia do litoral, que é casado com a dissimulada Amanda.

Inicialmente, ela mantém uma relação de desprezo com Arturzinho (Marcos Winter), empresário do ramo dos calçados e ex-noivo de Amanda (Maria Luísa Mendonça), que o abandonou no altar para ficar com Chico. Amanda descobre que Selena é sua meia-irmã e se nega a aceitar o fato. Arturzinho ainda tem que lidar com o misterioso assassinato de seu pai, que lhe deixou uma fita pedindo para que ele se case com Selena para salvar a situação financeira da família.

Em determinado momento, Arturzinho e Selena se aproximam, deixando Chico enciumado pois descobriu que se apaixonou pela moça.

Elenco[]

Intérprete Personagem
Cristiana Oliveira Selena Ferreira Mendonça
Humberto Martins Francisco de Oliveira Brandão (Chico)
Marcos Winter Artur Moreira de Barros (Arturzinho)
Maria Luísa Mendonça Amanda Mendonça
Fábio Júnior Billy Cruz
Gerson Brenner Jorge Camargo (Jorginho)
Danielle Winits Alice Alvarez (Alicinha)
Lucinha Lins Hilda Mendonça
Rosamaria Murtinho Isabel Moreira de Barros
Ana Rosa Camila Ferreira
Sebastião Vasconcelos Sérvulo de Oliveira Brandão
Flávio Galvão Dr. Orlando Faria
Giovanna Antonelli Judite Moreira de Barros (Judy)
Felipe Camargo Tadeu dos Santos
Bianca Byington Diana Cruz
Marcelo Faria Gustavo Moreira de Barros (Guto)
Fernanda Rodrigues Lígia Mendonça
José de Abreu Renato Barbosa Camargo
Mara Carvalho Laís Moreira de Barros
Hugo Carvana Jacinto Azevedo
Antônio Petrin Ezequiel dos Santos
Zezé Motta Liana Ribeiro
Lui Mendes Fernando Ribeiro (Nando)
Isabel Fillardis Noêmia Ribeiro
Maria Gladys Mazinha
Felipe Folgosi Lucas Faria
Mônica Carvalho Clara Faria
Java Mayan José Carlos Cruz (Zeca)
Thaís Fersoza Rita de Cássia Cruz (Ritinha)
Daniel Ávila Krishna Filho Barros Camargo (Kris)
André Ricardo Carlos Eduardo Barros Camargo (Duca)
Lafayette Galvão Coronel Epaminondas Camargo
Vitor Hugo Joca
Ludmila Dayer Bibi
Gláucio Gomes Cabeção
Roberta Foster
Pedro Guaraná Severino
Beto Nasci Maciel
Thaís Caldas Lana Magalhães
Joyce Caldas Ana Magalhães
Vitor Novello Paulinho

Participações especiais[]

Intérprete Personagem
Carlos Vereza Coronel Tinoco Mendonça / Silveira
Lima Duarte José Paulo Moreira de Barros (Zé Paulo)
Adriana Garambone Soninha
Anselmo Vasconcelos Naldo
Andréa Leal Letícia
Caco Ciocler Padre Estevão
Cláudia Lira Débora
Amandha Lee Ellen
Jacqueline Sperandio Frida
Marcos Oliveira Milton
Paulo Reis Aderbal
Roberto Frota Romão
Zilka Salaberry Irmã Celeste
Vivianne Novaes Dora
Johnny Rudge Júlio
Daniele Monte Arlete
Paco Vieira Lipe
Sandro Rocha policial
Luiza Curvo Clara (criança)
Chitãozinho e Xororó eles mesmos
Deborah Blando ela mesma
Netinho ele mesmo

Produção[]

Concebida às pressas, à pedido da Globo, por Antônio Calmon, o autor se inspirou no filme "Ninotchka" para desenvolvê-la. A sinopse original apresentava uma filha de um guerrilheiro exilada em Cuba, que descobre ter um pai brasileiro milionário. A emissora pediu para que o autor fizesse uma versão da história, sem as referências cubanas. O nome da protagonista Selena (Cristiana Oliveira) foi uma homenagem à cantora hispânica Selena Quintanilla, falecida em 1995. Já a personagem Camila (Ana Rosa) foi inspirada na personagem Chulapa da série A Família Buscapé.

Inicialmente, Zé Paulo estava reservado para Paulo Autran, Ezequiel para Gracindo Júnior e Hilda para Nívea Maria. Flávio Colatrello Jr. foi o diretor geral inicialmente, mas após o falecimento do diretor de núcleo Paulo Ubiratan, ele foi tirado da produção e substituído na função por Marcos Schechtman. A saída de Colatrello nunca foi justificada oficialmente, embora a imprensa especulasse um comportamento inadequado da parte dele, atrasos e falta de cuidado com a estética da trama.

Outras mudanças: inicialmente, a cidade fictícia da história se chamaria Aimorés e passou a se chamar Marimbá; e Judy (Giovanna Antonelli) descobriria que era filha biológica de uma mulher negra.

A novela enfrentou atrasos nas gravações de seus primeiros capítulos, fazendo com que a antecessora Zazá fosse esticada. Foi a primeira produção tendo Marluce Dias da Silva no cargo de diretora geral da Globo. Ela participou do processo de produção e de lançamento, assim como fez em Anjo Mau e Por Amor. Para promover a estreia, a Globo distribuiu 150 outdoors pela Grande São Paulo e aviões com faixas em cidades litorâneas de São Paulo e Rio de Janeiro.

Outra iniciativa foi o concurso "Garota e Garota Corpo Dourado", um quadro do Domingão do Faustão para revelar novos atores. Os jovens vencedores do concurso foram Daniele Morete e Paco Vieiro, que foram integrados ao elenco. Daniela passou a interpretar Arlete e Paco a interpretar Lipe. A princípio, eles viveriam um casal de veranistas.

Antônio Calmon teve o auxilio psicanalista Alberto Goldin para traçar o perfil dos personagens e torná-los mais autênticos. A morte de Zé Paulo (Lima Duarte) teve semelhanças com o real assassinato de PC Farias, tesoureiro da campanha de Fernando Collor de Melo à Presidência da República, encontrado morto em circunstâncias misteriosas em 1996.

Foram realizadas gravações em Búzios, no Rio de Janeiro. Lugar que inspirou a construção da cidade cenográfica da trama no Projac, representando o vilarejo de Marimbá. Ocupava uma área de 12 mil m² e contava com uma concha acústica, onde artistas da música se apresentaram em participações especiais. Também no Projac, foi construída uma aldeia de pescadores da fictícia Praia dos Amores e o sítio de Selena.

Rosamaria Murtinho reclamou publicamente dos rumos que sua personagem tomou na trama após a morte de Zé Paulo, marido Isabel. Na novela, Isabel passou a ter visões do marido falecido, e após as queixas da atriz, a personagem deixou de passar por assombrações. Já Isabel Fillardis foi escalada para a produção sem ser avisada, sendo pega de surpresa ao ver seu nome nos créditos da novela. A atriz foi integrada à trama assim que sua escalação foi acertada. Flávio Galvão, além de interpretar Orlando, também integrava a equipe de direção.

Felipe Camargo seria Billy, mas o papel ficou com Fábio Júnior e Felipe foi remanejado para o papel de Tadeu. Com a mudança, o autor inseriu algumas características que inicialmente eram de Billy, para Tadeu. Fernanda Rodrigues emendou Zazá com a novela. Em uma terça-feira, ela gravou a última cena de sua personagem na novela de Lauro César Muniz em uma terça-feira. Na quarta, já estava gravando, de visual novo, as cenas de sua personagem na novela de Antônio Calmon em Búzios. O elenco também contou com as atrizes gêmeas Joyce e Thaís Caldas, que viviam respectivamente Ana e Lana. A produção optou por gêmeas reais para evitar o uso de efeitos de edição.

Assim como em novelas anteriores de sua autoria, Calmon aproveitou o núcleo dos personagens adolescentes e pré-adolescentes para abordar questões típicas desta fase da vida. A abertura foi gravada em película e custou US$ 100 mil, tendo sido utilizado dois caminhões de areia de praia e vegetação natural. Apareceram nela as modelos Isabelle Colmenero (que teve seu rosto mostrado) e Karla Frazão (que teve seu corpo mostrado).

Por conta da baixa audiência inicial, alterações foram feitas no enredo. As cenas de topless de Alicinha (Danielle Winits), onde os seios dela eram cobertos por uma tarja pretas (inspirada em um ato semelhante que acontecia na série Armação Ilimitada, que Calmon foi um dos autores) foram mudadas para que a atriz aparecesse apenas de costas. O sotaque de Marcos Winter foi corrigido e José de Abreu deixou de aparecer surfando, devido as dificuldades do ator com o esporte.

Em 17 de agosto de 1998, Gerson Brenner, interprete de Jorginho, foi vítima de um assalto durante uma viagem de São Paulo ao Rio de Janeiro e foi baleado na cabeça pelos assaltantes. O crime aconteceu quatro dias antes do último capítulo da novela ir ao ar, e ele já havia gravado sua última cena. Gerson ficou meses em coma e teve sequelas permanentes que lhe impediram de falar e se locomover. Encerrando sua carreira artística.

Por causa da tragédia com o ator, a cena final do último capítulo foi modificada: de uma confraternização com todo o elenco na praça da fictícia Marimbá, para uma cena apenas com Selena e Chico (Humberto Martins).

Reprises[]

Foi reprisada Vale a Pena Ver de Novo entre 12 de janeiro e 4 de junho de 2004, em 105 capítulos, sucedendo Anjo Mau e antecedendo Terra Nostra. Marcou 21,16 Pontos de média geral de audiência.

No Viva, foi reprisada na íntegra na faixa das 13h entre 12 de junho de 2023 e 19 de janeiro de 2024, sucedendo Coração de Estudante e antecedendo Andando nas Nuvens. Em 11 de março, foi disponibilizada na íntegra pelo Globoplay.

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