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Escalada foi a 15º novela das 20h da Globo. Escrita por Lauro César Muniz, com direção de Régis Cardoso. Exibida entre 6 de janeiro e 23 de agosto de 1975, sucedendo Fogo Sobre Pedra e antecedendo a reprise de Selva de Pedra, que por sua vez sucedeu Pecado Capital.

Com Tarcísio Meira, Renée de Vielmond, Susana Vieira, Cecil Thiré, Milton Moraes, Mário Cardoso e Sérgio Britto nos papéis principais.

Enredo[]

A trajetória do caixeiro-viajante Antônio Dias (Tarcísio Meira) é contada em três fases da história do Brasil. Em 1940, jovem, chega à Rio Pardo, no interior de São Paulo, disposto a crescer na vida. Com um bom jeito para os negócios, torna-se inimigo do poderoso cafeicultor Armando Magalhães (Milton Moraes). Antônio acaba se apaixonando pela irmã de Armando, Marina (Renée de Vielmond), mas esta cede a imposição do irmão e se casa com o fazendeiro Paschoal Barreto (Cecil Thiré), e vai morar com ele nos Estados Unidos. Desiludido, Antônio se casa com a fazendeira Cândida (Susana Vieira), e na fazenda dela, investe na plantação de algodão durante a crise do café. Mas vai a falência com isso e se vê obrigado a vender as terras para Armando.

Então, ele parte para São Paulo e torna-se um pequeno empresário no Rio de Janeiro. Em 1956, embora tivesse uma vida confortável, Antônio se tornou amargurado e nunca esqueceu Marina. Seu casamento com Cândida está em crise e ambos pensam em separação. Ele se torna sócio do industrial italiano Valério Fachini (Sérgio Britto) em um projeto de participação na construção de Brasília. Partindo para a futura nova capital do Brasil, tornando-se representante da empresa de Valério no fornecimento de materiais para as obras.

Antônio se torna rico após a conclusão de Brasília e se separa de Cândida. Reencontra Marina, que também se separou e voltou ao Brasil, e os dois ficam juntos. Nos anos 1960, aos 70 anos de idade, o homem vive uma vida confortável com sua esposa, em uma fazenda perto de Rio Pardo. Mas para se sentir realizado totalmente, está disposto a se vingar de Armando. O que não é difícil, pois Armando está falido. Com isso, Antônio compra as terras de Armando, em retaliação ao que aconteceu no passado.

Elenco[]

Intérprete Personagem
Tarcísio Meira Antônio Dias
Renée de Vielmond Marina
Susana Vieira Cândida
Milton Moraes Armando Alcântara Magalhães
Ney Latorraca Felipe
Cecil Thiré Paschoal Barreto
Nathália Timberg Fernanda Soares
Otávio Augusto Horácio Bastos
Ênio Santos Artur Freitas Ribeiro
Lutero Luiz Professor Tadeu Oliveira / Miguel Pereira
Oswaldo Louzada Gabino Alcântara Magalhães
Gilda Sarmento Leonor
Francisco Nagem Felicio
Myriam Pérsia Celina
Roberto Pirillo Sérgio
Nelson Dantas Zé Sereno
André Valli Zoreia
Antônio Victor Padre Leopoldo
Tessy Callado Marieta
Jorge Coutinho Delegado Bastião
Suzy Arruda Querubina
Zeny Pereira Braulina
Carlos Duval Gomes
Sérgio de Oliveira Dom Gaspar Vieira Sobral
Paulo Ramos Dr. Mário
Rosamaria Murtinho Arlete
Débora Duarte Inês
Rubens de Falco Comendador
Mário Lago Belmiro Silva
Rogério Fróes Dr. Estêvão
Elza Gomes Dona Eulália
Zanoni Ferrite Valdir Costa
Sérgio Britto Valério Facchini
Sandra Bréa Roberta
Leonardo Villar Alberto Silveira
Francisco Moreno Chico Dias
Maria Helena Dias Odete
Rosita Thomaz Lopes Noêmia
Vera Gimenez Carla
Maria Zilda Ester
Maria Teresa Barroso Dona Rosa
Alfredo Murphy Candango
Júlio César Ricardo (criança)
Cristina Bittencourt Vivian (criança)
Mário Cardoso Ricardo
Kátia D'Angelo Vivian
Tony Ferreira Bruno Carlucci
Reny de Oliveira Paula
Heloísa Helena Celeste
Henriqueta Brieba Vó Dita
Patricia Bueno Clementina
Themistocles Halfeld Adhemar de Barros

Produção[]

Última novela das oito da Globo em preto e branco, marcou a estreia de Lauro César Muniz na faixa horária após o êxito de Carinhoso e do episódio "O Crime do Zé Bigorna" do Caso Especial. Em 1975, ano de seu décimo aniversário, a emissora pretendia reformular suas novelas e desejava tramas mais realistas para o horário das 20h. A história romântica dos personagens principais tem inspirações no livro "O Morro dos Ventos Uivantes" de Emily Brontë.

Para escrever a novela Lauro César Muniz deixou a escrita de Corrida do Ouro, com quem fazia dupla com Gilberto Braga. A trama atravessou três períodos históricos do Brasil: 1940, entre 1956 e 1957, e entre 1963 e 1965. Todas elas passando pela trajetória do protagonista Antônio (Tarcísio Meira). Cada fase contava com produções diferentes, com cenários erguidos e figurinos para cada momento. Também em cada fase, parte do elenco se alternava, saindo alguns e entrando outros. Os que permaneciam em todas, como o trio protagonista (Tarcísio Meira, Renée de Vielmond e Susana Vieira) passavam por um processo de envelhecimento.

O último capítulo contou com uma espécie de "epílogo", com Antônio, já idoso, no tempo presente da novela, 1975. Para envelhecer os personagens, foi contratado o maquiador russo Victor Merinow e o escultor Flori Gama, que fez a máscara mortuária de Getúlio Vargas, para fazer fôrmas em gêsso.

Foram gravadas cenas em Cruzeiro, São Paulo, e no bairro de Sepetiba, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Para criar um cenário de uma plantação de algodão, o produtor Mariano Gatti colou centenas de pedaços de algodão em arbustos de espécies diferentes.

A fase da trama que se passava em Brasília nos anos 1960 sofreu intervenções da Censura Federal. Foi proibido qualquer tipo de citação nominalà Juscelino Kubitschek (presidente do Brasil na época). A solução encontrada por Lauro César Muniz para mencioná-lo foi fazer Armando (Milton Moraes) assobiar a canção "Peixe Vivo", símbolo do ex-presidente. Kubitschek se sensibilizou com o que estava acontecendo e convidou o autor para assistir a um capítulo da novela em seu apartamento. A Censura também tentou vetar uma cena em que era lida o testamento de Getúlio Vargas, mas como a cena era importante para a história, foi ao ar mesmo com a proibição.

A novela levantou a discussão sobre o público sobre a questão do divórcio, através da crise no relacionamento entre Antônio e Cândida (Susana Vieira). As leis do Brasil na época em que a novela era exibida não permitia o divórcio, mas o desquite, que era uma separação mas sem direito a um novo casamento. A Lei do Divórcio foi implementada em 1977.

Foi a primeira novela cuja trilha sonora nacional não foi obrigatoriamente formada apenas por músicas compostas especialmente para a trama. Foram escolhidas canções que remetiam as fases da história.

Em 22 de fevereiro de 1980, foi reapresentada em um compacto de 90 minutos no Festival 15 Anos. As informações sobre a apresentação divergem entre fontes diferentes. Algumas fontes informam que contou com a apresentação de Ney Latorraca, em outras, de Cecil Thiré.

Livros[]

A primeira adaptação em livro foi lançada em em 1985 pela Rio Gráfica Editora, através da coleção "As Grandes Telenovelas" distribuídas como brinde nas embalagens de sabão-em-pó Omo. A segunda, foi lançada em 1987 pela Editora Globo na coleção "Campeões de Audiência: Telenovelas".

Cidadão Brasileiro[]

Lauro César Muniz se inspirou no formato da novela, passagens históricas e parte das tramas para escrever a novela Cidadão Brasileiro na Record. Que foi exibida entre 13 de março e 20 de novembro de 2006, com direção de Flávio Colatrello Jr., João Camargo e Henrique Martins. Contou também com elementos de O Casarão, outra novela de Muniz. Foi protagonizada por Gabriel Braga Nunes que viveu Antônio Maciel, o equivalente a Antônio Dias. Categoria;1975