TVPedia Brasil

Caso queira contribuir, leia antes as regras do portal. São terminantemente proibidos: a cópia literal do conteúdo e da formatação da Wikipedia ou qualquer outro site, inserir conteúdo falso, fictício, ofensivo, que fujam do tema do portal e artigos vazios. A administração poderá agir contra qualquer contribuição que viole as regras.

LEIA MAIS

TVPedia Brasil

Estúpido Cupido foi a 18º novela das 18h. Escrita por Mário Prata, com direção de Régis Cardoso. Exibida entre 25 de agosto de 1976 e 28 de fevereiro de 1977, em 161 capítulos. Sucedendo Anjo Mau e antecedendo Locomotivas.

Com Françoise Forton, Ricardo Blat, Ney Latorraca, Elizabeth Savalla, Luiz Armando Queiroz, João Carlos Barroso, Leonardo Villar e Maria Della Costa nos papéis principais.

Enredo[]

No início da década de 1960, na fictícia cidade de Albuquerque, no interior de São Paulo, vive a jovem Tetê (Françoise Forton). Uma estudante normalista que sonha em se mudar para capital e ser eleita a Miss Brasil. Isso vai contra os planos de seu namorado ciumento, João (Ricardo Blat), um aspirante a jornalista que pretende se casar com ela.

Tetê é filha de Olga (Maria Della Costa), uma mulher desquitada que vive de maneira discreta. Ela é cortejada por Guima (Leonardo Villar), um viúvo dono de festas para a alta sociedade, que é pai de João. Ele entra em constante conflito com o filho por desejar para ele uma carreira mais vantajosa.

Paralelamente, chega a cidade o típico playboy da época Mederix (Ney Latorraca), que está há anos na escola para não perder a mesada do pai.

Elenco[]

Intérprete Personagem
Françoise Forton Maria Tereza Oliveira (Tetê)
Ricardo Blat João Guimarães
Leonardo Villar Alcides Guimarães Filho (Guima)
Maria Della Costa Olga Oliveira
Ney Latorraca Antônio Ney Medeiros (Mederix)
Luiz Armando Queiroz Belchior
Elizabeth Savalla Irmã Angélica
Nuno Leal Maia Ricardo Acioly (Acioly)
Djenane Machado Glória Siqueira (Glorinha)
João Carlos Barroso Joel Otávio Oliveira (Tavico / Caniço)
Heloísa Millet Betina Oliveira
Mauro Mendonça Dr. Armando Siqueira (Tom Mix)
Marilu Bueno Maria Antonieta Siqueira (Mariinha)
Oswaldo Louzada Alcides Guimarães (Guimão)
Célia Biar Adelaide (Danadinha)
Kléber Macedo Eulália (Papudinha)
Antônio Patiño Padre Batista (Batistão)
Ida Gomes Madre Encarnación
Vic Militello Joana D'Arc da Silva (Daquinha)
Tony Ferreira Cabo Fidélis
Sônia de Paula Cecília Oliveira (Ciça)
Carlos Kroeber Frei Damasceno (Damassa)
Emiliano Queiroz Padre Almerindo
Suely Franco Irmã Consuelo
Ênio Santos Aquino
Tião D'Ávila Carneirinho
Heloísa Raso Ana Maria (Aninha)
Luiz Orioni Miguel
Arthur Costa Filho Padre Guido
Henriqueta Brieba Creuza Oliveira (Vovó Zinha)
Sandro Polloni Comendador Giovani Fanfani
Cláudio Fontes Arthur Godinho (Godinho)
Ricardo Garcia José Maria Guimarães (Zé Maria)

Participações[]

Intérprete Personagem
Aldo Bueno Policial
Celly Campello Ela mesma
Cláudio Ayres da Motta Mr. Gordon / Duarte
Dirceu Rabelo Zé Maria (adulto)
Hilton Gomes Ele mesmo
José Augusto Branco Policial
Maria Glória Soares Laura
Mário Prata Mário Alberto
Marly Bueno Apresentadora do Miss Brasil
Murilo Néri Apresentador do Miss Brasil
Neuza Amaral Madre Superiora
Patrícia Bueno Sueli
Patrícia Mendes Leila
Paulo Pinho Paulo
Paulo Resende Policial
Renato Bastos Orlando
Silas Gregório Eládio
Zanoni Ferrite Pedro (Pepê)

Produção[]

Primeira novela de Mário Prata, que começou na televisão sem sequer saber como funcionava o veículo. Segundo o próprio, ele não tinha TV em casa. Boni o aconselhou a conversar com Janete Clair e Dias Gomes e observar o trabalho de Janete no escritório dela. Com o título provisório de "Parece Que Foi Ontem", inspirado na música de Caetano Velloso, a novela teve como uma das inspirações o filme American Graffiti.

O enredo é praticamente autobiográfico. Mário Prata se inspirou na sua juventude na cidade de Lins e os personagens são inspirados em pessoas que conheceu na época. O personagem João (Ricardo Blat) serviu como um alter-ego e protagonizou momentos de metalinguagem. Ele e suas aspirações eram inspirados no próprio autor. Nos últimos capítulos, João estava lançando sua primeira novela que tinha o mesmo nome da novela da vida real. Na última cena, ele faz um comentário da câmera e então aparece os bastidores da gravação. O nome da cidade de Albuquerque é uma referência à cidade de criação de Prata que antigamente se chamava Lins de Albuquerque. O nome do casal principal, João e Maria Tereza (Françoise Forton) foram inspirados no ex-presidente João Goulart e na ex-primeira dama Maria Thereza Goulart.

Ney Latorraca deu contribuições ao seu personagem Mederix. O nome do ator é Antônio Ney, e do personagem também. Quando viu as primeiras chamadas no ar, pensou em sair da novela. Mas foi convencido a permanecer com o papel, mudando o visual dele de outra maneira. Joel Barcelos iria interpretar Belchior, mas teve desentendimentos com a produção e pediu demissão.

Foi a última novela das 19h em preto-e-branco. Porém, os dois últimos capítulos foram exibidos à cores. O motivo é que no final da novela, ocorreu uma passagem de tempo para o momento presente, 1977. A cidade cenográfica de Albuquerque ficava em Itaboraí, Rio de Janeiro.

Para os concursos de Misses com Tetê, Régis Cardoso inventou uma técnica para imprimir reações genuínas durante o anúncio da vencedora. As gravações eram feitas sem pausa, e o diretor mentia para a atriz dizendo que sua personagem ficaria em segundo lugar. Assim, quando Tetê fosse anunciada a vencedora, a reação de surpresa era da própria Françoise. As gravações do "Miss Brasil 1961" foram feitas no Estádio do Maracanãzinho, com um público real de dez mil pessoas. O concurso fictício contava com a presença de Hilton Gomes e Marly Bueno. Mário Prata fez uma participação interpretando um colunista social que era jurado do concurso.

Algumas cenas envolvendo a freira Angélica (Elizabeth Savalla) foram vetadas pela Censura Federa. Uma delas, seu projeto de montar a peça "O Auto da Compadecida", pelo fato da obra ter um homem negro como Jesus Cristo.

A novela fez um grande sucesso ao abordar os anos 1960. Uma época recente para os anos 1970, mas com comportamentos e culturas completamente diferentes. A trama re-popularizou hábitos da época, como roupas, acessórios, penteados, músicas e danças. O tema de abertura fez com que a cantora Celly Campello, então sumida da mídia, voltasse a fazer sucesso. Ela fez uma participação na novela, mas precisou emagrecer para ficar com a forma física que tinha nos anos 1960. O retornou ao estrelato motivou Celly a lançar novas músicas e relançar outras já gravadas.

O álbum nacional foi a primeira trilha de novela a superar a marca de 750 mil cópias vendidas. A novela estreou em uma quarta feira, pois a Globo esticou os capítulos finais de Anjo Mau por conta da transmissão dos Jogos Olímpicos de Montreal.

Reprise[]

Foi exibida na faixa das 14h entre 21 de maio de 1979 a 01 de janeiro de 1980, em 162 capítulos, sucedendo Carinhoso e antecedendo À Sombra dos Laranjais. Marcou 15,98 Pontos de média geral de audiência. Apesar de ter sido reprisada e ter feito sucesso, poucos capítulos foram preservados no acervo da Globo devido ao costume comum da época de reaproveitar fitas por serem caras demais.

Em 22 de janeiro de 2024, o Globoplay disponibilizou os 6 capítulos restantes através do Projeto Fragmentos. São estes: 1, 2, 80, 81, 159 e 160. Com o primeiro capítulo sendo disponibilizado sem os oito minutos iniciais.