Eu Prometo foi a 27ª novela das 22h da Globo. Escrita por Janete Clair, com coautoria e colaboração de Gloria Perez, com Dennis Carvalho e Luís Antônio Piá, e supervisão de Paulo Ubiratan. Exibida entre 19 de setembro de 1983 e 17 de fevereiro de 1984.
Com Francisco Cuoco, Renée de Vielmond, Dina Sfat, Kadu Moliterno, Júlia Lemmertz, Fernanda Torres, Malu Mader, Fúlvio Stefanini, Ney Latorraca e Walmor Chagas nos papéis principais.
Enredo[]
O deputado moralista Lucas Cantomaia (Francisco Cuoco), filho de um coronel, deseja se eleger senador. Sua popularidade se deve a organização que preside, destinada a integrar ex-presidiários para a vida em sociedade. Durante sua vida, abdicou de muitos desejos para se dedicar à vida política. Mantendo um casamento de fachada com Darlene (Dina Sfat), com quem tem três filhos e mantém sua imagem moral.
Lucas tem como inimigo político Horácio Ranger (Walmor Chagas), que descobriu que o deputado esconde ter dois irmãos. Um falecido e o outro com passagens pela política.
Em sua trajetória rumo ao Senado, Lucas se envolve com a fotógrafa Keli Romani (Renée de Vielmond), fazendo-o ver a vida com outras perspectivas. Mas para viver seu amor com Keli, ele terá que acabar com seu casamento e abdicar se sua carreira política.
Elenco[]
Interprete | Personagem |
---|---|
Francisco Cuoco | Lucas Cantomaia |
Renée de Vielmond | Kelly Romani (Celina Romani) |
Dina Sfat | Darlene Neiva Ribeiro Cantomaia |
Walmor Chagas | Horácio Ragner |
Marcos Paulo | Justo Dinard |
Ney Latorraca | Albano Morais |
Fúlvio Stefanini | João Carlos de Sá (Joca) |
Joana Fomm | Heloísa Pompílio (Helô) |
Kadu Moliterno | Conrado |
Júlia Lemmertz | Adriana Ribeiro Cantomaia |
Fernanda Torres | Dayse Ribeiro Cantomaia |
Malu Mader | Dóris Ribeiro Cantomaia |
Rogério Fróes | Antenor Serra Jardim |
Rosamaria Murtinho | Tarsila Serra Jardim |
Ricardo Petraglia | Juvenal Romani |
Lúcia Alves | Cássia Romani |
Ewerton de Castro | Roque Romani |
Heloísa Helena | Dona Bernarda Cantomaia |
Cacilda Lanuza | Dona Amélia Romani |
Leonor Lambertini | Raimunda Ragner (Dona Mundinha) |
Nina de Pádua | Estela Bueno |
Maria Padilha | Reny Romani |
Fernando Eiras | Mário José (Masé) |
Ênio Santos | Dr. Ribeiro |
Luiz Carlos Niño | Garnizé |
Ernesto Piccolo | Antenor Serra Jardim Filho (Serrinha) |
Ana Helena Berenger | Lilian Serra Jardim |
Regina Vianna | Joana Vidal |
Malu Rocha | Sônia |
Inês Galvão | Teresa (Tetê) |
Cláudia Jimenez | Lurdes Sandoval (Lurdeca) |
Betina Vianny | Zélia |
Suzana Faini | Iracema |
André Di Mauro | Beto |
Antônio Pedro | Jeremias |
Anselmo Vasconcelos | Jair |
Participações especiais[]
Interprete | Personagem |
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Carlos Vereza | Jairo Cantomaia |
Cláudio Corrêa e Castro | Vidal Marques |
Rodolfo Mayer | juiz |
Carlos Eduardo Dolabella | advogado criminalista |
Francisco Milani | promotor público |
Milton Gonçalves | diretor da unidade da OBS |
Isaac Bardavid | Pedro |
Produção[]
Única novela de Janete Clair no horário, foi uma tentativa da Globo de retomar a faixa de novelas das dez, suspensa após o fim de Sinal de Alerta (1979). Janete, a príncipio, gostaria de escrever sua última novela às 20h, horário que a consagrou, sucedendo Louco Amor. Porém a emissora queria preservar a autora, que já estava com a saúde debilitada. Para isso, escalou Glória Perez, que havia trabalhado em outras produções, em seu primeiro trabalho com roteiros. A novela não era exibida aos sábados e os capítulos tinham trinta minutos de duração.
A novelista desenvolveu a personagem Darlene especialmente para Dina Sfat, mas a atriz recusou de início. Com a insistência de Janete Clair, Dina voltou arras e ficou com o papel. O nome de Eva Wilma chegou a ser cogitada para substituí-la.
Foram gravadas cenas no Instituto Penal Vieira Ferreira, em Niterói. Durante as gravações, Joana Fomm ganhou a simpatia dos presidiários e foi convidada para ser madrinha do lugar. A revista Veja criticou a abordagem política feita pela novela. Considerando "rasa" e "estereotipada".
Morte de Janete Clair[]
Debilitada após anos enfrentando um câncer no intestino, Janete Clair não conseguiu sobreviver até o fim da novela. Mas desenvolveu os capítulos até seus últimos dias de vida. Escreveu até o capítulo 60.
Quando esteve internada, Janete dizia os capítulos enquanto Gloria Perez anotava. Quando sentiu que estava em seus últimos dias, disse para Gloria como gostaria que fosse o final da novela.
Janete Clair faleceu em 16 de novembro de 1983, aos 58 anos de idade. Devido a comoção popular pela sua morte, a cobertura de seu velório foi patrocinada por uma marca de esmaltes.
Gloria Perez passou a escrever a novela sozinha, com a supervisão de Dias Gomes, marido de Janete. No final do último capítulo, em homenagem, uma imagem da novelista foi mostrada na tela enquanto fotos do elenco e direção eram mostrados ao som da
música "Eternamente" de Gal Costa. Ao final, o texto escrito por Janete originalmente mostrada em Sétimo Sentido (1982): “Eu gostaria que o ser humano acreditasse que existe uma força capaz de mudar sua vida. É bom confiar em si mesmo e esperar um novo amanhecer.”