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O Fantástico (conhecido também como o Show da Vida) é revista eletrônica mais tradicional da televisão brasileira, e um dos programas de maior longevidade da história. O dominical estreou na Globo em 5 de Agosto de 1973 e atualmente é apresentado por Poliana Abritta e Maria Júlia Coutinho.

O Programa[]

Considerado "O Show da Vida", é uma revista eletrônica que aborda o que aconteceu durante a semana no Brasil e no mundo. Misturando jornalismo, esporte, prestação de serviços, humor, dramaturgia, documentários, música, reportagens investigativas e ciência. Além de ser um espaço para testar novos formatos na televisão. Com mais de duas horas de duração, vai ao ar todo domingo após o Domingão com Huck. Com reprise pela Globo News horas depois.

História[]

No início dos anos 70, a emissora começava a idealizar um programa que mesclasse todos os seguimentos: jornalismo, esportes, entretenimento e dramaturgia. Participavam das reuniões de criação:  Borjalo (então diretor da Central Globo de Produção); Armando Nogueira e Alice-Maria (responsáveis pela direção da Central Globo de Jornalismo); Daniel Filho (diretor e produtor geral de dramaturgia), Paulo Gil Soares (diretor da Divisão de Reportagens Especiais); José Itamar de Freitas, Luiz Lobo e Luís Edgar de Andrade (jornalistas), Manoel Carlos, Augusto César Vannucci, João Lorêdo, Nilton Travesso, Maurício Sherman (diretores); Walter George Durst; Guto Graça Mello (então diretor musical), Luís Carlos Miéle e Ronaldo Boscôli (produtores musicais).

Para o nome da nova atração, Ronaldo Boscôli sugeriu "Fantástico", enquanto Boni queria "O Show da Vida". Depois de uma discussão, decidiu-se que os dois nomes seriam usados. O Fantástico, o Show da Vida foi ao ar pela primeira vez no dia 5 de agosto de 1973, em substituição ao programa Só o Amor Constrói, com apresentação de Sérgio Chapelin e direção de João Loredo.

A equipe era formada por André Motta Lima, Carlos Mendes, Marisa Raja Gabaglia, Ronaldo Bôscoli, Lafaiete Galvão, Chico Anysio, Arnaud Rodrigues e Haroldo Barbosa. Também com os chefes de jornalismo Alice-Maria, José Itamar de Freitas, Jotair Assad, Paulo Gil Soares e Luiz Lobo. Os diretores da linha de shows e dramaturgia, Miéle, Maurício Sherman e Walter Avancini. Contava com a coordenação de Wilma Fraga, Ronaldo Curi, Ivan Rocha e Ito Medeiros; a coordenação geral de Jerson Alvim e a supervisão geral de Augusto César Vannucci.

A primeira edição exibiu uma matéria onde em que Tostão, jogador da seleção brasileira de futebol tricampeã em 1970, recebeu o laudo médico que o impediria de continuar jogando. Carmem Miranda e Marilyn Monroe foram homenageadas por apresentações musicais de Marília Pera e Sandra Bréa respectivamente. Também mostrou uma entrevista com o cirurgião plástico Ivo Pitanguy, um número de circo do programa americano Disney on Parade, uma entrevista com Sérgio Mendes, uma matéria sobre criogenia e um monólogo de Chico Anysio. Além do noticiário da semana. A edição foi encerrada com um texto especial, escrito por José Itamar de Freitas e lido por Cid Moreira.

Nos primeiros anos, o Fantástico fazia parte da linha de shows da emissora. Não havia apresentador fixo, as matérias e as atrações eram costuradas por locuções em off. Fernando Vanucci e Celso Freitas foram alguns dos apresentadores. Mesmo sendo um programa de entretenimento, inovou na maneira de fazer jornalismo. As notícias recebiam tratamento sofisticado, com riqueza nas imagens e texto com forte apelo emocional. Saúde e inovações científicas eram os principais assuntos dos primeiros anos. A equipe de jornalismo era formada por quarenta profissionais.

Desde a estreia, reservava um espaço para números musicais. Um dos primeiros foi com a banda "Secos e Molhados". Nilton Travesso era o diretor da área de shows na época. Em 1974, a atração passou a ser transmitida em cores. O núcleo de teleteatro do programa era dirigido por Walter Avancini, e os primeiros quadros contavam com a participação de Marília Pera.

Foi na década de 70 que surgiram os dois quadros esportivos mais marcantes do programa. A "Zebrinha" era um boneco animado criado por Borjalo e dublado por Maralisi, que mexia a boca e anunciava os resultados da Loteria Esportiva. Os "Gols do Fantástico", apresentava no encerramento do programa os gols marcados nos jogos do fim de semana. Era apresentado por Léo Batista, e durante um tempo por Fernando Vanucci.

Também foi o primeiro programa da televisão brasileira a mostrar imagens frontais de um parto. Mas não conseguiu escapar da censura prévia durante a ditadura militar. Números musicais, circenses e de nado sincronizado eram usados para preencher o espaço de matérias vetadas. Por isso, a atração decidiu priorizar as reportagens internacionais, que não tinham problemas com a censura.

Na década de 80, o programa passou a dar mais foco às variedades e à música. Tornou-se uma vitrine com a exibição de clipes nacionais e internacionais. Cantores famosos e bandas desconhecidas divulgavam seus trabalhos. Muitos atores também realizaram performances cantando músicas de novelas e séries. O jornalismo também foi fortalecido. Em setembro de 1988, marcando os 15 anos no ar, passou a ser apresentado ao vivo por Sérgio Chapelin, Valéria Monteiro e William Bonner. O destaque da década é o quadro "A Garota do Fantástico". Um concurso de beleza em que os telespectadores elegiam a mais bonita. Várias atrizes foram reveladas nesse quadro, entre elas, Cláudia Lyra, Paula Burlamaqui, Luciana Vendramini e Adriana Garambone.

A partir de 1991, o então diretor Carlos Amorim adotou uma linha editorial mais voltada para as denúncias e investigações com foco nos problemas urbanos. Nesse ano, o programa passou a ser apresentado por Celso Freitas, Dóris Giesse e Carolina Ferraz. Em 1993, a apresentação ficou com Fátima Bernardes, Celso Freitas e Sandra Annenberg. O diretor Luiz Nascimento trouxe mais humor e criatividade ao programa. Com matérias mais leves e a ajuda da interatividade. Em 1996, Pedro Bial e Helena Ranaldi passaram a apresentar o programa. No ano seguinte, Helena foi substituída por Cláudia Cruz, que foi substituída por Fátima Bernardes, e depois por Carla Vilhena. Em 1998, o posto ficou com Glória Maria. Cid Moreira passou a fazer a locução em off de reportagens especiais, tornando-se a marca registrada do programa.

Em maio de 96, estreou dentro do programa a série A Vida Como Ela É..., dirigida por Daniel Filho e Denise Saraceni. Baseada na obra de Nelson Rodrigues, teve roteiro assinado por Euclydes Marinho.No dia 25 de outubro de 1998, estreou o "Repórter por 1 Dia" onde, uma vez por mês, uma personalidade é responsável por fazer a reportagem de algum tema variado. O misterioso mágico norte-americano Mister M (Val Valentino) estreou na atração em 1999. Apresentando-se com uma máscara e revelava os segredos por trás dos mais sofisticados truques de ilusionismo. Cartas e emails de mágicos brasileiros foram enviados à Globo ameaçando processo por conta da revelação desses truques. Mesmo com isso, o quadro se tornou um grande sucesso.

A partir dos anos 2000, o programa passou a dar espaço para os reality-shows. Dentre eles, os quadros “O Conciliador”, “Menina Fantástica” e “Liga das Mulheres”. Em abril de 2004, ganhou uma apresentadora virtual. A Eva Byte era uma mulher feita em animação 3D criada pelo Departamento de Arte da Emissora e dublada por Helen Britto. Seu nome foi escolhido por votação do público.

Outros quadros que estrearam nessa década, destacam-se o "Retrato Falado" com Denise Fraga, "Papo Irado" com Heloísa Perissé, "Minha Periferia" com Regina Casé, "Me Leva, Brasil" com Maurício Kubrusly, "A Fantástica volta ao Mundo" com Zeca Camargo, "Menina Fantástica" com Fernanda Lima, "O Super Sincero" com Luiz Fernando Guimarães, "Sexo Oposto" com Fernanda Torres e Evandro Mesquita, "Emprego de A a Z" com Max Gehringer, "Cilada" com Bruno Mazzeo, e o "Detetive Virtual".

A partir de maio de 2007, o bloco de esportes passou a ser apresentado por Tadeu Schmidt. Imprimindo mais humor, o segmento ganhou o quadro "Bola Cheia e Bola Murcha". Neste, é avaliado lances de futebol amador enviados por telespectadores e classificados como bons ou ruins. No mesmo ano, estreou o Profissão Repórter. Quadro apresentado por Caco Barcelos, revelava os bastidores da produção de uma reportagem de televisão acompanhando a rotina de jovens jornalistas. Fez tanto sucesso que, no ano seguinte, tornou-se um programa solo na programação da Globo. Foi o último ano em que Pedro Bial e Glória Maria apresentaram juntos o programa. Bial deixou a atração para focar apenas no Big Brother Brasil, e Glória decidiu deixar a televisão por um tempo. Em 6 de Janeiro de 2008, Patrícia Poeta estreou como apresentadora, e logo depois, Zeca Camargo também foi efetivado como titular.

Patrícia Poeta deixou a bancada em dezembro de 2011 para assumir a bancada do Jornal Nacional, ao lado de William Bonner. Renata Ceribelli assumiu o posto até Outubro de 2013, quando foi substituída por Renata Vasconcellos. No mesmo período, Zeca Camargo saiu do programa para apresentar o Vídeo Show e foi substituído por Tadeu Schmidt. Em novembro de 2014, foi a vez de Renata Vasconcellos ser efetivada como âncora do JN, e Poliana Abritta a substituiu no Fantástico. Em 2019, estreou o quadro "Isso a Globo Não Mostra" em que fazia piadas com a programação da Globo através de cenas de arquivo e montagens. Em outubro de 2021, Tadeu Schmidt, é substituído por Maria Júlia Coutinho, após ser remanejado para apresentar o Big Brother Brasil.

A edição de 5 de fevereiro de 2023 foi inteiramente feita em homenagem a Glória Maria, falecida no dia 2 do mesmo mês. Onde o programa ganhou o nome especial de "Fantástica" em tributo a jornalista. Entre 6 de agosto e 3 de novembro de 2023, em comemoração aos 50 anos do jornalístico, foi ao ar uma série especial relembrando a trajetória do programa com depoimento de profissionais que fizeram parte de sua história e imagens de arquivo. No primeiro episódio, foi exibida uma simulação da edição de estreia, de 1973, feita por inteligência artificial. O último episódio se encerrou com Anitta cantando o tema de abertura do programa. Esta série também contou com um especial do quadro "Repórter por um Dia" com Paulo Vieira, e um episódio inédito do "Retrato Falado" com Denise Fraga.

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