TVPedia Brasil

Caso queira contribuir, leia antes as regras do portal. São terminantemente proibidos: a cópia literal do conteúdo e da formatação da Wikipedia ou qualquer outro site, inserir conteúdo falso, fictício, ofensivo, que fujam do tema do portal e artigos vazios. A administração poderá agir contra qualquer contribuição que viole as regras.

LEIA MAIS

TVPedia Brasil
TVPedia Brasil

Kananga do Japão foi uma novela da Manchete. Escrita por Wilson Aguiar Filho, com colaboração de Leila Míccolis, Colmar Diniz, Gil Haguenauer, Guto Graça Mello, Rodrigo Cid e Sérgio Perricone. Direção de Wilson Solon e Carlos Magalhães e direção geral de Tizuka Yamasaki, direção de núcleo de Jayme Monjardim. Exibida entre 19 de julho de 1989 e 25 de março de 1990, em 208 capítulos, sucedendo Olho por Olho e antecedendo Pantanal.

Com Christiane Torloni, Raul Gazolla, Tônia Carrero, Giuseppe Oristanio, Elaine Cristina, Carlos Alberto, Júlia Lemmertz e Rosamaria Murtinho nos papéis principais.

Enredo[]

Em 1930, a família de Dora (Christiane Torloni), vai a falência após a Quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque, mudando-se de uma fazenda de café para uma pensão no Rio de Janeiro. Ela passa a trabalhar na famosa casa noturna Grêmio Recreativo Familiar Kananga do Japão, onde se apaixona pelo cafetão Alex (Raul Gazolla), que até a pede em casamento. Mas, para salvar sua família, Dora decide se casar com o milionário (Giuseppe Oristanio).

Inconformado, Alex se casa com Lizete (Elaine Cristina), rival de Dora nas danças da casa noturna. Porém, ambos vivem casamentos infelizes. A família de Danilo, principalmente a madrasta Letícia (Tônia Carrero), passa a infernizar Dora por esta ser de família pobre. Letícia se apaixona por Alex, e este aproveita para dar um golpe nela.

O que quase ninguém sabe é que Chico (Carlos Alberto), pai de Danilo, também é o pai de Alex.

Elenco[]

Intérprete Personagem
Christiane Torloni Dora Tavares
Raul Gazolla Alex Ferreira
Elaine Cristina Lizete L'amour
Giuseppe Oristanio Danilo Lima Viana
Tônia Carrero Letícia Lima Viana
Carlos Alberto Francisco Lima Viana (Chico)
Júlia Lemmertz Sílvia Lima Viana
Ana Beatriz Nogueira Alzira Tavares
Via Negromonte Madalena Tavares
Nelson Xavier Caveirinha
Cláudio Marzo Noronha
Carlos Eduardo Dolabella Orestes Guimarães
Lúcia Alves Daisy Guimarães
Chico Díaz Olegário
Yara Lins Zulmira Tavares
Rubens Corrêa Epílogo Tavares
Rosamaria Murtinho Joséphine Tavares
Tarcísio Filho Júlio Tavares
Ernesto Piccolo Vado Tavares
Paulo Castelli Henrique Tavares
Cristiana Oliveira Hannah Franco
Sérgio Viotti Saul Franco
Riva Nimitz Eva Franco
Zezé Motta Lulu Kelly
Haroldo Costa Dr. Juca Ferreira
Buza Ferraz Dudu
Ewerton de Castro Saraiva
Tamara Taxman Zazá
Ruy Rezende Jorge
Antônio Pitanga Delegado Bira
Vicente Barcellos Youschua Franco
Maurício do Valle Torquato
Paulo Barbosa Sinhô
Solange Couto Ritinha
Elisa Lucinda Sueli
Karen Accioly Clotilde
Maria Alves Isaura
Sandro Solviat Ataliba
Maria Sílvia Brígida
Adriana Figueiredo Amália

Participações especiais[]

Intérprete Personagem
Paulo Gorgulho Capitão Juarez Távora
Daniella Perez Eduarda
Bete Coelho Lígia Prestes
Sérgio Britto Teodoro
Marcos Wainberg Berger Ewest
Betty Erthal Elisa
Betina Vianny Olga Benário
Cassiano Ricardo Luiz Carlos Prestes
Roberto Bomtempo Bodoque
Carlinhos de Jesus Duque
Jonas Mello Cesário Campos Alvarenga
Ivan Setta Graciliano Ramos
Breno Bonin Plínio Salgado
Fernando Eiras Mário Reis
Gerson Brener Dr. Guilherme
Ricardo Blat Enéas Machado
Edwin Luisi Dr. Renato Braga
Zeni Pereira Maria Santa
Abrahão Farc Natan Xavier
Ticiane Pinheiro Talita
Marcos Oliveira Aparício Torelli
Luiz Salém Dr. Campos La Paz
Marília Barbosa Araci Cortes
Henriette Morineau Odília
Nildo Parente Delegado Frota Aguiar
Antônio Pompêo Pai Alabá
Silveirinha Valdemar Nóia Luquequi
Clemente Viscaíno Beijo Vargas
Haroldo de Oliveira Ernesto
Pratinha César Ladeira
Jorge Lafond Madame Satã
Sebastião Lemos Ary Barroso
Paulo Reis Capitão Eduardo Gomes
Caíque Ferreira Francisco Alves

Produção[]

A ideia principal partiu do próprio fundador da Manchete, Adolpho Bloch, que gostaria de uma novela que tivesse como pano de fundo o Grêmio Recreativo Familiar Kananga do Japão, famosa casa de dança da década de 1930, que ficava na Praça Onze, no Rio de Janeiro. E para aliviar os prejuízos obtidos pela novela antecessora Olho por Olho. A emissora encomendou o projeto para Wilson Aguiar Filho, que desenvolveu a sinopse e a história. Contando com o auxílio de uma equipe que realizou pesquisas em materiais históricos presentes no Museu da Imagem e do Som, Arquivo Nacional e Biblioteca Nacional. Foram investidos 20 milhões de dólares na produção.

Originalmente prevista para estrear em 16 de junho de 1989, sofreu adiamentos ao não conseguir fechar o elenco. Para o papel de Dora, foram convidadas Maitê Proença, Bruna Lombardi, Vera Fischer, Cláudia Raia e Glória Pires, sem sucesso. Christiana Oliveira, até então desconhecida do público, quase ficou com o papel quando foi acertada a escalação de Cristane Torloni. Para o papel de Alex, foram feitos convites e testes com Mário Gomes, José de Abreu e Nuno Leal Maia. Mas o personagem ficou com o então estreante Raul Gazolla. Norma Bengell, Luma de Oliveira e Beatriz Segall foram outras atrizes cotadas para outras personagens.

Atores originalmente escalados foram substituídos devido a desavenças com a diretora Tizuka Yamasaki. Vera Gimenez foi substituída por Tamara Taxman, Georgia Gomide por Yara Lins, Bia Seidl por Cristiana Oliveira e Rodrigo Santiago por Rui Rezende. Vera Gimenez cogitou processar a diretora. Tizuka também teve problemas com Christiane Torloni, mas tudo foi acertado no final.

As gravações começaram em 15 de março de 1989. A cidade cenográfica em Grumari, no Rio de Janeiro, tinha quase 6.000m² e contava com oito casas de verdades junta à fachadas feitas pela equipe de cenografia de Rodrigo Cid. Reconstituindo a Praça Onze e custando cerca de 7 milhões de dólares. A caracterização ficou por conta do maquiador e esteticista Guilherme Pereira e o figurinista Colmar Diniz. Poucos dias antes da estreia, a Manchete conseguiu uma parceria com a Fundação do Cinema Brasileiro, que cedeu cenas de filmes lançados nos anos 1930 para serem exibidos na novela. Parte do elenco passou por um laboratório onde teve que aprender vários rítmos de dança.

A novela misturou contextos históricos dos anos 1930 com momentos fictícios. Figuras reais notáveis da época apareceram como personagens em participações e acontecimentos foram relatados. O texto usou da liberdade poética para incluir políticos famosos como frequentadores da casa noturna. Na história, homens negros também frequentavam o lugar, junto a homens brancos, o que não era comum naquela época.

A sequência emque Dora (Christiane Torloni) assassina o jornalista Noronha (Cláudio Marzo), que a acusava de infidelidade conjugal, foi inspirada na real história do desenhista Roberto Rodrigues, irmão de Nelson Rodrigues. Ele foi morto a tiros pela jornalista Sílvia Thibau após publicar uma caricatura insinuado que ela tinha um amante.

Daniella Perez, filha de Glória Perez fez uma participação como uma parceira de dança de Alex (Raul Gazolla). Foi a partir do trabalho na novela que os dois se conheceram e depois tiveram um relacionamento amoroso na vida real.

O fim de cada capítulo contava com três minutos de imagens documentais da épooca. O primeiro sábado de exibição foi dedicado a um compacto dos primeiros capítulos. Foi o último trabalho do autor Wilson Aguiar Filho, que morreu de broncopneumonia em 23 de agosto de 1991.

Reprises[]

A primeira reprise foi ao ar entre 21 de maio de 1990 e 18 de janeiro de 1991, de segunda a sábado, em 209 episódios. Estreando dois meses após o término original. Marcou 2,09 Pontos de média geral de audiência. A terceira foi ao ar entre 18 de março e 10 de outubro de 1997, em 149 capítulos. Marcou 1,18 Ponto de média geral.