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O Salvador da Pátria foi a 40ª novela das 20h da Globo. Escrita por Lauro César Muniz, com colaboração de Alcides Nogueira e Ana Maria Moretzsohn, produção executiva de Maria Alice Miranda, sob supervisão de Daniel Filho, direção de Gonzaga Blota, José Carlos Pieri, Denise Saraceni e Paulo Ubiratan, direção geral de Paulo Ubiratan. Exibida entre 9 de janeiro e 12 de agosto de 1989, em 186 capítulos, sucedendo Vale Tudo e antecedendo Tieta.

Com Lima Duarte, Maitê Proença, José Wilker, Betty Faria, Francisco Cuoco, Lúcia Veríssimo e Susana Vieira nos papéis principais.

Enredo[]

O humilde e analfabeto boia-fria Salvador da Silva, conhecido como o Sassá Mutema (Lima Duarte), é escolhido pelo deputado federal conservador Severo Toledo Blanco (Francisco Cuoco), o homem mais poderoso da fictícia região de Ouro Verde, para se casar com a amante dele. Com a intenção de desviar as atenções do adultério do político. O caso é explorado por um radialista inescrupuloso em seu programa de rádio.

Até que o radialista e a amante de Severo assassinados e Sassá Mutema é preso como o principal suspeito. Com a crença de que ele os matou por ter sido o "marido traído". Mas sua inocência é comprovada com a ajuda da professora Matilde (Maitê Proença). Sassá ganha apoio popular, fazendo com que políticos o usem para que ele se torne prefeito da cidade de Tangará.

Sassá chega ao poder e se rebela, conquistando uma posição política própria e sonhando chegar a Brasília. Ele ainda conta com a amizade de Clotilde, por quem se apaixona e eles passam a viver um romance. Paralelamente, um mistério político e policial envolve o deputado Severo Blanco, e uma organização criminosa, ligada ao narcotráfico, comandada por Bárbara Souza Telles (Lúcia Veríssimo), neta do maior banqueiro da região e que mantém um caso secreto com o político.

Elenco[]

Intérprete Personagem
Lima Duarte Salvador da Silva (Sassá Mutema)
Maitê Proença Clotilde Ribeiro
José Wilker João Matos / Miro Ferraz (falso)
Betty Faria Marina Campos Sintra
Francisco Cuoco Severo Toledo Blanco
Susana Vieira Gilda Pompeu de Toledo Blanco
Lúcia Veríssimo Bárbara Souza Telles
Lucinha Lins Ângela Mendes Matos
Cecil Thiré Lauro Brancatto
Marcos Paulo Paulo Silveira Júnior
Mayara Magri Camila Campos Sintra
Suzy Rêgo Alice Campos Sintra
Thales Pan Chacon Cássio Marins
Mário Lago Joaquim Xavier (Quinzote)
Maurício Mattar Sérgio Pompeu Toledo Blanco
Alexandra Marzo Silvia Toledo Blanco
Narjara Turetta Rafaela Pompeu Toledo Blanco
Eduardo Galvão Régis de Abreu
Antônio Grassi Plínio Kohl
Aldine Müller Dinah Amaral / Aída
Flávio Migliaccio Nilo Assunção
João Carlos Barroso Fidélis
Antonio Calloni Tomaz Siqueira
Cláudio Curi Sidney Álvares
Valter Santos Jaime Neves
Gracindo Júnior Ricardo Ribeiro
Tony Vermont Miguel
Luiz Armando Queiroz Francisco
Lutero Luiz José da Silva (Bodão)
Ivan Cândido Zenóbio Reis (Zen)
Benjamin Cattan Hermínio Souza Telles
Tácito Rocha Gil Eanes
Marco Miranda Ciro
José Augusto Branco Padre Alberto Jardim
Nelson Dantas Décio de Abreu
Norma Geraldy Noêmia
Waldyr Sant'anna Manuel da Cunha (Neco Carranca)
Solange Theodoro Daniela
Chico Expedito Waldemar
Marcela Muniz Maria José (Zezé)
Hugo Gross Braz Vasconcelos (Brazito)
George Otto Roberto Amaral / Miro Ferraz
Luiz Maçãs Marco Antônio
Andréa Richa Cristina (Cris)
Alexandre Akerman Dirceu Barreto
Ana Maria Nascimento e Silva Maria Aparecida de Souza
(Valéria / Verônica / Loira Misteriosa)
Cláudio Cavalcanti Eduardo Corrêa
Natália Lage Regina Matos

Participações especiais[]

Intérprete Personagem
Luis Gustavo José Matos Filho (Juca Pirama)
Tássia Camargo Marlene Machado da Silva
Paulo César Pereio Sebastião Machado (Tião)
Tarcísio Filho Otávio
André Ceccato funcionário de Severo
Fábio Mássimo médico
Nancy Galvão Vânia
Christiana Guinle Leda
Brandão Filho Padre Elísio
Kauê Kajally Nivaldo
Freddy Monteiro operador de áudio da Rádio Clube
Jimy Raw funcionário da Rádio Clube
Lila Hamdan secretária da Rádio Clube
Lia Farrel vizinha de João e Ângela
Aguinaldo Rocha escrivão da delegacia
Walmor Chagas Bispo Dom Arlindo Soares de Moura
Reynaldo Gonzaga Bento Crispim
Germano Filho Pastor Mendes
Gonzaga Blota médico da colônia penal agrícola
Flávio São Thiago Bené
Hemílcio Fróes Jorge
Myrian Pérsia Graça
Mira Palheta testemunha da morte de Juca Pirama e Marlene
Leonardo Franco repórter no debate
Paulo Figueiredo presidente da Câmara de Tangará
Ibanez Filho Manoel Gitano
Bia Junqueira repórter da TV Ouro Verde
Orion Ximenes líder dos capangas de Sassá
Breno Bonin Dr. Miranda
Thelma Reston Aparecida (Cida Capivara)
Kiki Lavigne Marlene
Yan Zeller cliente no bar de Cida Capivara
Alciro Cunha policial
Tereza Briggs Tereza
Francisco Dantas pai de Maria Aparecida
Silvio Pozatto repórter da revista Fala Brasil
Francisco Milani apresentador do Mundial Repórter
Guto Sinval diretor da TV Mundial
Dominguinhos ele mesmo
Glorinha Beuttenmüller ela mesma
Chitãozinho ele mesmo
Xororó ele mesmo
Hortência Marcari ela mesma
José Victor Oliva ele mesmo
Pelé ele mesmo

Produção[]

A novela teve como inspiração o episódio "O Crime de Zé Bigorna" do Caso Especial de 1974, que foi escrita por Lauro César Muniz e teve Lima Duarte interpretando o personagem-título. A história virou um filme em 1977. A ideia de adaptá-la em uma novela foi uma sugestão de Daniel Filho.

A ideia imicial da trama era que Sassá Mutema (Lima Duarte) fosse um vice-presidente da república que assumiu a presidência após a morte do presidente, que por sua vez era ligado ao narcotráfico. Assim, Sassá assumiria um governo com ligações criminosas, desmantelaria o cartel e se tornaria um bom governante. Lauro César Muniz pretendia refletir sobre a liderança, uma vez que 1989 era o ano da primeira eleição presidencial direta pós-redemocratização. Porém, justamente por ser um ano de eleição, grupos políticos pressionaram a Globo a mudar o enredo. E assim, em vez de um vice-presidente, Sassá se tornou um prefeito.

O apelido Mutema do protagonista foi uma ideia de Lima Duarte, que teve um amigo na adolescência chamado Zé Mutema. A palavra seria uma junção de "muita teima". O nome de Juca Pirama (Luis Gustavo) foi inspirado no poema “I-Juca-Pirama” de Gonçalves Dias, assim como o bordão “Meninos, eu vi!”, usado pelo radialista. Já a fictícia Tangará teve seu nome usado para ambientar O Casarão (1976), do mesmo autor.

Entretanto, a trama lidou com a pressão de grupos ideológicos políticos. Os apoiadores do candidato Fernando Collor, acusaram a novela de favorecer o oponente na disputa eleitoral, Luiz Inácio Lula da Silva, através do personagem principal. Enquanto os apoiadores de Lula acusaram a novela de fazer uma caricatura do candidato, através de Sassa Mutema. Por conta dessa questão, a trama política foi diminuída na história para dar lugar à trama policial. Na mesma época, Que Rei Sou Eu? foi acusada de fazer propaganda a Collor.

Juca Pirama, que havia sido assassinado no começo da trama, foi "ressuscitado" na história. Mas apenas em voz, através de uma rádio clandestina. O motivo foi a recusa de Luis Gustavo de voltar a gravar. O radialista Afanásio Jazadji processou a Globo por acreditar que o personagem foi inspirado nele. A justiça deu ganho de causa à emissora.

Em determinado momento, Cláudio Cavalcanti pediu para deixar a novela. Descontente com os rumos de seu personagem, que perdeu importância na história. Em outro momento, Lauro César Muniz se afastou da escrita da novela ao ser internado devido a pedras na vesícula. Nesse período, o colaborador Alcides Nogueira assumiu a novela sozinho, pedindo ajuda a Carlos Lombardi. Depois, passou a contar com o auxílio de Ana Maria Moretzsohn. Alcides escreveu os últimos capítulos, deixando o desfecho para Lauro definir.

A abertura foi estrelada pelo ator Breno Moroni, que apareceu caracterizado de Sassá Mutema andando de costas. A equipe de Hans Donner desenvolveu cenários giratórios onde paineis com pinturas realistas foram projetadas em slides sobre os objetos de cena. O cenário se movimentava enquanto a câmera ficava parada. Moroni andou em uma esteira em um fundo de chroma-key. Em cena, também aparecia um trator da Massey Ferguson, em uma ação publicitária.

A novela foi a primeira a ter sua trilha sonora lançada em CD, cujo álbum continua a trilha internacional. E durante sete anos, foi a trilha de novela mais vendida da história. Vendendo 1.463.543 de cópias, superando a então recordista trilha internacional de Vale Tudo (1988) e sendo superada pelo primeiro volume da trilha de O Rei do Gado (1996).

Reprises[]

Foi reprisada pelo Vale a Pena Ver de Novo entre 27 de abril e 28 de agosto de 1998, em 87 capítulos, sucedendo Felicidade e antecedendo Quatro por Quatro. Marcou 18.87 Pontos de média geral de audiência. No Viva, foi reprisada na íntegra na faixa das 14h15 entre 12 de abril a 12 de novembro de 2021, sucedendo Sassaricando e antecedendo Amor com Amor Se Paga. Em 6 de dezembro de 2021, foi disponibilizada na íntegra pelo Globoplay.

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