Paraíso foi a 25ª novela das 18h da Globo. Escrita por Benedito Ruy Barbosa, direção de Gonzaga Blota e Ary Coslov, e direção geral de Gonzaga Blota. Exibida entre 23 de agosto de 1982 e 26 de março de 1983, em 184 capítulos. Sucedendo O Homem Proibido e antecedendo Pão-Pão, Beijo-Beijo.
Com Cristina Mullins, Kadu Moliterno, Roberto Bomfim, Zaira Zambelli, Neuza Amaral, Mário Cardoso e Eloísa Mafalda nos papéis principais.
Enredo[]
Na fictícia cidade de Paraíso, o peão José Eleutério, o Zeca (Kadu Moliterno), tem a fama de ser o "filho do diabo". Tudo começou quando seu pai comprou uma garrafa com um bonequinho de diabo dentro dela. E quando o filho nasceu, atribuiu ao diabinho a paternidade. Essa crença é alimentada pelo povo da cidade por Zeca desafiar a morte montando touros bravos. Ele passou oito anos estudando no Rio de Janeiro, e ao voltar à sua terra natal, conheceu Maria Rita (Cristina Mullins).
Maria Rita também estava voltada para a cidade após ser levada para um convento para virar freira, mas que não chegou a fazer os votos pois a Madre Superiora percebeu que ela não tinha vocação para isso. Desde o nascimento, sua mãe beata Mariana (Eloísa Mafalda), disseminou para cidade uma suposta santidade à filha, fazendo o povo a chamar de "Santinha".
Nasce então, um romance entre a "Santinha" e o "Filho do Diabo". Revoltando Mariana por achar Zeca um homem endemoniado. Maria Rita se esforça para acabar com esse mito. Mas quando ela passa a orar para que Zeca se salve de um acidente, e este se cura, mais um milagre é atribuído à "santa". Como cumprimento da promessa, Maria volta ao convento, atendendo o desejo da mãe. Porém, Zeca, apaixonado, rapta-a do lugar.
Elenco[]
| Intérprete | Personagem |
|---|---|
| Kadu Moliterno | José Eleutério (Filho do Diabo) |
| Cristina Mullins | Maria Rita (Santinha) |
| Eloísa Mafalda | Mariana |
| Mário Cardoso | Otávio |
| Roberto Bonfim | Terêncio |
| Zaira Zambelli | Rosinha |
| Elizângela | Maria Rosa |
| Roberto Pirillo | Geraldo |
| Ary Fontoura | Padre Bento |
| Neuza Amaral | Zefa |
| Jofre Soares | Antero |
| Simone Carvalho | Aninha (Ana Célia) |
| Caíque Ferreira | Ricardo |
| Castro Gonzaga | Pedro |
| Arthur Costa Filho | Alfredo |
| Fernando José | Zé do Correio |
| Lima Duarte | João das Mortes |
| Cosme dos Santos | Tobi |
| Íris Nascimento | Das Dores |
| Henriqueta Brieba | Dona Ida |
| Bia Seidl | Edite |
| Cláudio Corazza | Marcos |
| Jorge Cherques | Bertoni |
| Ernesto Bambini | Isidoro |
| Macedo Neto | Chico Motorista |
| Getúlio Paulo de Mello | Tonho |
| Márcia Tourinho | Cleusinha |
| Margareth Boury | Jacira |
| Angela Tornatori | Tonha |
| Roberto Montini | Dudu |
Participações especiais[]
| Intérprete | Personagem |
|---|---|
| Cláudio Correia e Castro | Coronel Eleutério |
| Sérgio Britto | Prefeito Norberto |
| Tereza Rachel | Aurora |
| Rômulo Arantes | João Gilberto |
| Thelma Reston | Zuleica |
| Manfredo Colassanti | Nono |
| Ruy Rezende | Vadinho |
| Sérgio Reis | Diogo |
| Bárbara Bruno | Irmã Matilde |
Produção[]
Tendo como título provisório "Na Morada do Sol", a inspiração de Benedito Ruy Barbosa foram os programas popularescos exibidos na época. Como O Povo na TV do SBT, que exibia religiosos operando e oferecedo "milagres", e era um concorrente direto da faixa das 18h da Globo. Mesclando experiência do passado, o autor se inspirou em uma garota que conheceu no passado para criar Maria Rita (Cristina Mullins).
Já o "diabo na garrafa" foi inspirado em uma história que Benedito conheceu durante uma viagem a uma fazenda de cacau em Ilhéus, na Bahia. Sobre um fazendeiro que tinha a proteção do diabo e o guardava dentro de uma garrava. Essa trama foi utilizada na década seguinte em outra novela sua, Renascer em 1993.
Cenas em fazendas foram gravadas em Vassouras, no Rio de Janeiro. Já as ceas de peões conduzido boiadas foram gravadas na Fazenda Indiana, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Foi o primeiro trabalho de Sérgio Reis em uma novela de Benedito Ruy Barbosa.
A Censura Federal chegou a vetar uma cena em que personagens criticavam uma real campanha do Governo Federal que incentivava a agricultura. Depois, a cena foi liberada.
Reprise[]
Foi reprisada no Vale a Pena Ver de Novo entre 7 de abril e 10 de outubro de 1986, em 132 capítulos, sucedendo Feijão Maravilha e antecedendo Livre para Voar. Marcou 22,00 Pontos de média geral de audiência.
Remake[]
- Ver artigo principal: Paraíso (2009)
Entre 16 de março e 2 de outubro de 2009, foi ao ar um remake da novela. Adaptada por Edmara Barbosa e Edilene Barbosas, filhas de Benedito Ruy Barbosa, com direção geral de Rogério Gomes, teve 173 capítulos.
Com Nathalia Dill como Maria Rita, Eriberto Leão como José Eleutério e Cássia Kis como Mariana.