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Perigosas Peruas foi a 46ª novela das 19h da Globo. Escrita por Carlos Lombardi, com colaboração de Maurício Arruda, supervisão de texto de Lauro César Muniz e direção geral de Roberto Talma. Exibida entre 10 de fevereiro e 29 de agosto de 1992, em 173 capítulos, sucedendo Vamp e antecededo Deus Nos Acuda.

Com Vera Fischer, Sílvia Pfeifer, Mário Gomes, John Herbert, Cláudia Lira, Alexandre Frota, Flávio Migliaccio, Françoise Forton, Tato Gabus Mendes, Guilherme Karan, Beth Goulart, Nicette Bruno, José Lewgoy e Cassiano Gabus Mendes nos papéis principais.

Enredo[]

No passado, Cidinha (Vera Fischer) e Leda (Sílvia Pfeifer), que eram amigas desde a infância, disputaram do amor de Belo (Mário Gomes). Este, engravidou gravidou ambas mas se casou com Cidinha. As duas dão a luz no mesmo dia, no mesmo hospital. Mas o bebê de Cidinha morre e troca-o pelo de Leda.

O tempo passou e as duas tomaram caminhos opostos, desfazendo a amizade. Leda tornou-se uma jornalista bem-sucedida no exterior, com aversão a casamento e filhos. Enquanto Cidinha virou uma dona de casa que não pensa em trabalhar fora. As duas sentem inveja uma da outra, mas quando Leda retorna ao Brasil, a rivalidade entre as ex-amigas é reascendido. E quando a jornalista descobre a troca de bebês, passa a lutar pela guarda da filha com Cidinha.

Enquanto isso, Belo se envolve com a organização de contrabando dos mafiosos Torremolinos, uma família liderada pelos primos Dom Franco (Cassiano Gabus Mendes) e Dom Branco (José Lewgoy). Eles envolvem Belo em uma enrascada onde terá que escolher entre matar Cidinha ou Leda, ou eles o matariam. E para acabar com os negócios dos mafiosos o delegado Venâncio conta com uma equipe que entra em ação.

Elenco[]

Intérprete Personagem
Vera Fischer Maria Aparecida Falcão Belotto (Cidinha)
Sílvia Pfeifer Leda Vallenari
Mário Gomes Antônio Belotto (Belo)
Alexandre Frota Ângelo Garcia (Jaú)
Guilherme Karan Hector Torremolinos
Beth Goulart Diana Torremolinos
Gerson Brener Giovanni Barbieri
Cláudia Lira Manuela Torremolinos
John Herbert Cervantes
Françoise Forton Caroline
Tato Gabus Mendes Paulinho Pamonha (Paulo)
Bianca Byington Stephanie Bergman Della Chiesa (Teia)
Rômulo Arantes Otávio Leitão Della Chiesa (Téio)
Irving São Paulo Johann Boll
Fabiana Scaranzi Joana Carvalho
Nicette Bruno Vivian Bergman
Flávio Migliaccio Venâncio Falcão
Nair Bello Gema Belotto (Dona Gema)
Cassiano Gabus Mendes D. Franco Torremolinos
José Lewgoy D. Branco Torremolinos
Felipe Martins João Falcão (João Maluco)
Sílvia Buarque Maria Cecília Villar (Maria Doida)
Nicole Puzzi Irma
Flávio Colatrello Jr. Baby Face
Carlos Kroeber Michelângelo Belotto
Rosita Thomaz Lopes Walkíria Souto Maior
Alberto Baruque Romano Garcia
Leina Krespi Ambrósia Garcia
Ana Paula Bouzas Pimenta
André Di Mauro Dentinho
Victor Branco Paulo Henrique (P.H.)
Cissa Guimarães Zuleica (Zu)
Fernanda Muniz Irina
Natália Lage Andrea Falcão Belotto (Tuca)
Igor Logullo Antônio Belotto Filho (Toninho)
Adriana Valbon Suzana Falcão Belotto (Zazá)
Alberto Neves Pinduca

Participações especiais[]

Intérprete Personagem
Guilherme Leme Gabriel Fernandes (Anjo)
Isabela Garcia Violeta
João Vitti Jonatas
Ilya São Paulo Robles
Inês Galvão Joana (Joaninha)
Luiz Magnelli Raimundo
Demian Temponi Victor
Viviane Novaes Reis Patrícia
Márcia Dornelles Mayara
Gibran Chalita Flavinho
Vitor Hugo Caco
Lorena da Silva Ana Jocasta
Tatyane Goulart Marília
Tatiana Toffoli Bia
João Phelipe Tatá
Felipe Sabag Dom Federico Visconti
Iara Jamra Tina
Cosme dos Santos Puxete
Cininha de Paula Batista
Raul Cortez Cartomante
Bia Seidl Advogada de Cidinha
Chaguinha Operário
Hilton Cobra Operário
Cleyde Blota Mãe de Maria Doida
Cristina Pereira Funcionária da maternidade
Carlos Gregório Corregedor
Ernani Moraes Presidiário
Armando Madureira Advogado de Cidinha
Mariana Lima Ela mesma
Ivan Cândido ?
Paulo Pompéia ?

Produção[]

A ideia de Carlos Lombardi, com a novela, era abordar a dificuldade que mulheres enfrentam ao se dividir entre a vida profissional e a de dona de casa. Inicialmente cotada para estrear no segundo semestre de 1990, foi adiada em dois anos depois que Lua Cheia de Amor, que iria ao ar às 18h, foi remanejada para às 19h. Com isso, a trama de Lombardi sucedeu Vamp.

Apesar de escalado para supervisionar o texto, Lauro César Muniz participou pouco da produção por enfrentar problemas pessoas na época. Sua esposa tinha dado a luz a duas meninas, mas ambas morreram. E a esposa sofreu hemorragia após o parto. A novela enfrentou a concorrência do Aqui Agora do SBT, que marcava alta audiência.

A família Torremolinos fazia alusão à família Corleone do filme "O Poderoso Chefão". O núcleo destacou-se por fazer parte do elenco o autor Cassiano Gabus Mendes, interpretando Dom Branco. Na trama, o personagem morreu após um ataque de risos. Foi uma homenagem irônica a Cassiano em referência a Elas por Elas (1982), novela na qual Lombardi foi colaborador.

Vera Fischer teve desentendimentos com a produção e causou problemas no início das gravações. Fazendo com que a Globo pensasse em substituí-la na novela. Sendo sondadas Natália do Valle, Bruna Lombardi e Maria Zilda Bethlem para o papel. Mas Vera permaneceu no elenco, pois nenhuma das três atrizes aceitou assumir o trabalho às pressas. Antes de se tornar jornalista, a então modelo Fabiana Scaranzi integrou o elenco interpretando Joana. Seu único trabalho como atriz. Rômulo Arantes, intérprete Téio, cantou a música "Profissional da Noite", que fez parte da trilha sonora nacional.

Em determinado momento, Carlos Lombardi inseriu o chamado "gancho falso". No final de um capítulo, uma personagem apareceu atirando contra seu marido, dando seis tiros. No início do capítulo seguinte, foi revelado que os tiros não atingiram o alvo. Este artifício foi usado para homenagear Glória Perez, que o criou em Carmem (1987) na Manchete. E era algo que Lombardi costumava fazer em suas novelas.

Glória Perez havia concebido o personagem Bira de sua novela De Corpo e Alma para Alexandre Frota atuar, que estava na novela de Carlos Lombardi interpretando Jaú. Mas devido a antecipação da trama de Glória, Frota não foi liberado por Lombardi, pois a trama dele ainda estava no ar. Com isso, Roberto Talma escalou Guilherme de Pádua para o papel de Frota em De Corpo e Alma. Pádua assassinou Daniella Perez, sua colega de cena, em 28 de dezembro de 1992, junto om sua esposa, Paula Thomaz.

A direção da Globo vetou uma cena do roteiro em que Tuca (Natália Lage), cometia suicídio. Originalmente, Belo (Mário Gomes) morreria por volta do capítulo 100. Mas devido a popularidade do público, o personagem foi mantido até o final da trama. A abertura foi assinada pelo cartunista Miguel Paiva, que fez mais de quatrocentas ilustrações para a animação, e marcou o retorno do grupo As Frenéticas com uma música inédita. Composta especialmente para a novela.

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