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Porto dos Milagres foi a 60ª novela das 20h da Globo. Escrita por Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares, livremente baseada nos romances de Jorge Amado: "Mar Morto" e "A Descoberta da América pelos Turcos". Com colaboração de Nelson Nadotti, Filipe Miguez, Glória Barreto e Maria Elisa Berredo, direção de Fabrício Mamberti e Luciano Sabino, direção-geral de Roberto Naar e Marcos Paulo, e direção de núcleo de Marcos Paulo. Exibida entre 5 de fevereiro e 29 de setembro de 2001, em 203 capítulos, sucedendo Laços de Família e antecedendo O Clone.

Com Marcos Palmeira, Flávia Alessandra, Antônio Fagundes, Cássia Kis, Luíza Tomé, Leonardo Brício, Camila Pitanga e Arlete Salles nos papéis principais.

Enredo[]

O casal de golpistas Félix (Antônio Fagundes) e Adma Guerrero (Cássia Kis) foge, após uma cigana profetizar que após Felix atravessar o mar, ele se tornaria um rei. Eles chegam na pequena e fictícia cidade de Porto dos Milagres, no litoral da Bahia, onde vive Bartolomeu (Antônio Fagundes), irmão gêmeo de Félix que levou um golpe dele e conseguiu se reerguer. Félix consegue construir um império e assume os negócios de Bartolomeu após Adma matá-lo com um veneno.

O que Félix não sabia era que Bartolomeu engravidou uma prostituta. E Adma, ao descobrir isso, manda o capataz Eriberto (José de Abreu) matar ela e o bebê. Eriberto leva os dois para alto-mar, mas a mulher o engana e consegue colocar a criança em um cesto, antes de se matar pulando no mar. O cesto é levado pelas ondas até perto do barco de um pescador, que estava fazendo o difícil parto de sua esposa, cujo filho nasce morto. Acreditando que o menino é uma bênção de Iemanjá, ele resgata-o e mostra-o para a esposa, que o batiza como se fosse seu e morre em seguida. Pouco tempo depois, o pescador desaparece no mar e a criança passa a ser cuidada pelos tios adotivos.

Enquanto isso, a irmã mais nova da prepotente Augusta Eugênia (Arlete Salles) se casa com um pescador, com quem tem uma filha chamada Lívia. Inconformada com o casamento da irmã, Augusta denuncia o cunhado à polícia, sem saber que a irmã estava no barco com ele. A polícia aborda o casal, que morre após um tiro dado no motor que causa a explosão do barco. Com isso, a família de Augusta assume a criação da neta. Já Rosa Palmeirão (Luiza Tomé) estava prestes a se casar quando é presa no altar por matar o coronel que violentara a sua irmã mais nova. Ao ser condenada a vinte anos de prisão, jura dar uma reviravolta em sua vida após cumprir a pena.

Vinte anos depois, Lívia (Flávia Alessandra) namora Alexandre (Leonardo Brício), filho de Félix e Adma. Eles deixam o Rio de Janeiro e chegam a Porto dos Milagres, onde ela conhece o pescador Guma (Marcos Palmeira), o bebê deixado no mar. Os dois se apaixonam, mas enfrentam a hostilidade de Alexandre, que não se conforma em perder Lívia, a ambição de sua tia Augusta Eugênia, que quer vê-la casada com um herdeiro de Félix, e as armações de Esmeralda (Camila Pitanga), que é apaixonada por Guma.

Paralelamente, Rosa Palmeirão deixa a prisão disposta a descobrir o paradeiro de seu sobrinho, que é justamente Guma. Ela abre um bordel em Porto dos Milagres e planeja seduzir Félix, a quem ela pensa ser o responsável pelo desaparecimento de sua irmã e seu sobrinho. Torna-se amante dele, mas acaba se apaixonando pelo homem no caminho.

Elenco[]

Intérprete Personagem
Marcos Palmeira Gumercindo Vieira (Guma)
Flávia Alessandra Lívia Proença
Antônio Fagundes Félix Guerrero
Bartolomeu Guerrero
Cássia Kis Adma Guerrero
Luíza Tomé Rosa Palmeirão
Leonardo Bricio Alexandre Guerrero (Alex)
Camila Pitanga Esmeralda dos Santos
Arlete Salles Augusta Eugênia Proença de Assunção
José de Abreu Eriberto Pereira
Fulvio Stefanini Oswaldo Assunção
Tonico Pereira Francisco Vieira (Chico)
Joana Fomm Rita Vieira
Eduardo Galvão Otacílio Ferraço
Zezé Polessa Amapola Ferraço
Kadu Moliterno Dr. Rodrigo Feitosa
Bárbara Borges Luiza Vieira
Miguel Thiré Alfredo Henrique Ferraço (Fred)
Louise Cardoso Maria Leontina Proença (Léo)
Nathalia Timberg Ondina
Mônica Carvalho Maria do Socorro Pereira (Socorrinho)
Guilherme Piva Alfeu
Júlia Lemmertz Genésia Pereira
Vladimir Brichta Ezequiel
Taís Araújo Selminha Aluada
Marcelo Serrado Rodolfo Augusto Proença de Assunção
Roberto Bomtempo Jacques dos Reis
Carla Marins Judite dos Reis
Flávio Galvão Deodato Pereira
Cláudia Alencar Epifânia Pereira
Paloma Duarte Dulce Ferraço
Zezé Motta Mãe Ricardina
Cláudio Corrêa e Castro Seu Babau
Sérgio Menezes Rufino Fonseca
Cristina Galvão Belmira
Tadeu Mello Venâncio
Marcélia Cartaxo Quirina
Luiz Magnelli Josiel
Fernanda Lobo Vênus
Solange Badim Serena
Cyria Coentro Flávia
Ricardo Pavão Delegado Ferrabás
Rosaly Papadopol Doralina
Daniela Faria Haidêe Caolha
Leandro Ribeiro Milton
Daniel Erthal Tales
Anna Cotrim Francinete
Renata Castro Barbosa Bela
Nana Gouvêa Lindinha
Osvaldo Mil Nonato
Bruno Giordano Argemiro
Haydil Linhares Plontina
Gustavo Ottoni Docinho
Paulo Vespúcio Severino
Aldri D'anunciação Juca
Thiago Farias Jacques dos Reis Filho (Paçoca)
Camilla Farias Ana Beatriz Ferraço (Bia)

Participações especiais[]

Intérprete Personagem
Glória Menezes Dona Coló
Lima Duarte Senador Victório Vianna
Ary Fontoura Deputado Pitágoras Williams Mackenzie
Cristiana Oliveira Eulália Vieira
Maurício Mattar Frederico Vieira
Letícia Sabatella Arlete
Carolina Kasting Laura Proença
Tuca Andrada Leôncio
Reginaldo Faria Coronel Jurandir de Freitas
Hugo Carvana Delegado Gouvêia
Carlos Eduardo Dolabella Comendador Severo
Débora Duarte Olímpia
Eva Todor Dona Isolina
Luíza Curvo Cecília
Ana Lúcia Torre Salete
Ilva Niño Valdenice
Eunice Muñoz Cigana Pita
Eloísa Mafalda Celeste
Sebastião Vasconcelos Bispo Ferraz
Antônio Fragoso Antenor
Ricardo Petraglia Caminhoneiro Ranulfo
Roberto Frota Dr. Mendanha
Julio Rocha Luciano
Sandra Pêra< Regina Melo
Bete Coelho Eunice
Pietro Mário Padre
Xando Graça Seu Zé da Bomba
Sabrina Sato Tchutchuca

Produção[]

Com o título provisório de "Mar Morto", Aguinaldo Silva se inspirou em dois livros de Jorge Amado: "Mar Morto" — que serviu de inspiração para a trama de Guma (Marcos Palmeira), Lívia (Flávia Alessandra) e Rosa Palmeirão (Luiza Tomé) — e "A Descoberta da América pelos Turcos", que serviu de inspiração para a trama de Félix (Antonio Fagundes) e Adma (Cássia Kis).

O primeiro havia sido cogitado pela Globo para ser adaptada em minissérie em 1995, mas foi cancelada antes de estrear, pois a emissora queria transformar o folhetim em novela no ano seguinte, o que não se concretizou. Jorge Amado faleceu enquanto a novela estava sendo exibida. O novelista também se inspirou em Macbeth, de William Shakespeare, e em uma história que ele ouviu de um amigo pecuarista de Barretos.

Inicialmente, Arlete Salles viveria Rita e Joana Fomm viveria Augusta Eugênia. Mas o diretor Marcos Paulo sugeriu que as atrizes trocassem os papéis. Francisco Cuoco viveria Victório Vianna, mas foi substituído por Lima Duarte, que reviveu o personagem anos depois, em Senhora do Destino. Eva Wilma viveria Olímpia, mas foi substituída por Débora Duarte. Como de costume em novelas do autor, um personagem de uma novela anterior dele reapareceu nesta: Pitágoras (Ary Fontoura) de A Indomada, que deveria ser apenas uma participação especial, acabou se tornando um personagem fixo.

Cada capítulo custou cerca de US$ 80 mil, surgindo especulações de que o custo total da novela podia chegar a US$ 8 milhões e ultrapassar a marca de US$ 11 milhões. Com isso, a imprensa especializada passou a considerar a trama de "maior superprodução da história dramatúrgica brasileira".

As primeiras gravações foram feitas em Sevilla, na Espanha. Depois, a equipe começou a gravar na ilha de Comandatuba, na Bahia. O elenco precisou deslocar-se para a região uma vez por mês. A cena em que Guma (Marcos Palmeira) enfrenta uma tempestade no mar contaram com efeitos especiais da produtora americana Digital Domain, de Los Angeles. Várias cenas de barcos em alto-mar contaram com efeitos visuais.

Foram construídas duas cidades cenográficas que somaram 10.000 m². Uma, na Ilha de Comandatuba, representando a parte baixa da cidade. E outra, no Projac, representado a parte alta da cidade. Também foram gravadas cenas no Hotel Transamérica, que manteve a cidade cenográfica por alguns anos como atração turística. Foi construído um minarete de dezesseis metros de altura para o palacete dos Guerrero.

A novela colecionou críticas pela ausência de atores negros, uma vez que a trama se passava na Bahia. Gerou críticas do ator Tony Tornado e do então secretário de Direitos Humanos do Rio de Janeiro, coronel Jorge da Silva. O espaço dado ao candomblé gerou o repúdio de parte da comunidade cristã.

Uma trama política em que Félix e Guma disputavam a prefeitura da cidade, mostrando um horário eleitoral satírico, gerou críticas por parte dos deputados do PSDB. Segundo eles, a novela estaria prejudicando a imagem do governo do então presidente da república Fernando Henrique Cardoso (que era do partido), e enaltecendo a imagem do PT. Em alusão ao fato de que, na ficção, o partido de Guma tinha a sigla PCT (Partido das Causas Trabalhistas). O senador Antônio Carlos Magalhães demonstrou descontentamento com um enredo em que Victório (Lima Duarte) tem uma conversa gravada secretamente por Félix. Na época, Magalhães estava envolvido em um escândalo político devido a uma gravação de voz. Ricardo Linhares afirmou que não se inspirou em nenhum político real para a criação da trama.

Reprise[]

Foi reprisada na íntegra pelo Viva, na faixa das 15h30, entre 11 de fevereiro e 4 de outubro de 2019. Sucedendo Vale Tudo e antecedendo Cabocla.

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