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Quatro por Quatro foi a 51ª novela das 19h da Globo. Escrita por Carlos Lombardi, com colaboração de Maurício Arruda e Ronaldo Santos, direção de Alexandre Avancini e Luiz Henrique Rios, e direção geral de Ricardo Waddington. Exibida entre 24 de outubro de 1994 e 22 de julho de 1995, em 233 capítulos, sucedendo A Viagem e antecedendo Cara & Coroa.

Com Betty Lago, Elizabeth Savalla, Cristiana Oliveira, Letícia Spiller, Humberto Martins, Marcos Paulo, Tato Gabus Mendes, Marcello Novaes e Diogo Vilela nos papéis principais.

Enredo[]

Quatro mulheres se conhecem em um acidente de trânsito e são presas. Na cadeia, Abigail (Betty Lago), Maria Auxiliadora (Elizabeth Savalla), Tati (Cristiana Oliveira) e Babalu (Letícia Spiller) unem forças e firmam um pacto de vingança contra os homens que as traíram e as fizeram sofrer.

Abigail é uma psicóloga que luta para manter seu casamento falido com Gustavo (Marcos Paulo), um famoso médico que a humilha. Ele tem uma filha de criação, que foi entregue no passado pelo pai Bruno (Humberto Martins) que se refugiou no Amazonas após perder a mulher que amava no parto da menina. Com a volta de Bruno para reconquistar a filha, Gustavo trava uma batalha com ele, por ter a guarda da garota. Auxiliadora batalhava para ajudar o marido a ser bem sucedido em sua rede de padarias, mas ele a trocou por uma mulher mais nova. Tati, uma moça tímida, foi abandonada no altar pelo noivo, Fortunato (Diogo Vilela). E Babalu flagrou seu namorado mulherengo, o mecânico Raí (Marcello Novaes), na cama com outra mulher.

O plano de vingança consiste em que cada uma das quatro mulheres seja responsável por punir o "ex" da outra. Abigail fingirá ser a irmã mais velha de Alce, perturbando-o com doenças imaginárias, seu maior temor, e assim retomar seus bens. Auxiliadora se passa por uma espanhola para descobrir as falcatruas de Gustavo, mas acaba se apaixonando por ele, colocando a vingança em risco. Tati decide fingir ser uma mineira recatada para humilhar Raí, mas antes de coloar o plano em prática, apaixona-se por Bruno e fica grávida dele. Já Babalu passa a trabalhar de jardineira na casa de Fortunato, para infernizar a vida dele.

Elenco[]

Intérprete Personagem
Betty Lago Abigail Rossini (Bibi) / Calpúrnia Fontes / Sharon Smith
Elizabeth Savalla Maria Auxiliadora Fontes / Carmen Almodóvar / Maria do Socorro
Cristiana Oliveira Tatiana Tarantino (Tati) / Raio de Sol / Maria das Dores
Letícia Spiller Barbarela Lourdes de Almeida (Babalu)
Humberto Martins Dr. Bruno Herrera Franco
Marcos Paulo Dr. Gustavo Rossini
Marcello Novaes Raimundo Schillatti (Raí)
Tato Gabus Mendes Alcebíades Augusto Fontes (Alce)
Helena Ranaldi Suzana Salles
Mércia Salles Franco
Marcelo Faria Dr. Gustavo Rossini Júnior (Ralado)
Luana Piovani Drª. Maria Eduarda Maciel (Duda)
Françoise Forton Clarisse Pereira
Leonardo Vieira Vinícius Loducca
Bianca Byington Elizabeth Herrera Franco (Beth)
Kadu Moliterno Samuel Spadafora (Samuca)
Rômulo Arantes Pedro Pereira (Pedrão)
Diogo Vilela Fortunato
Marcelo Serrado Dr. Danilo de Almeida
Drica Moraes Denise Frateschi de Almeida
Jorge Dória Seu Santinho
Bete Mendes Fátima de Almeida Pasquim
Oswaldo Loureiro Olegário Pasquim
Tássia Camargo Maria Bataglia
Lisandra Souto Elisa Maria Botelho Prado
Neuza Borges Teresa
Márcia Real Isadora Herrera Franco (Vó Dora)
Daniel Dantas Celso Herrera Franco
Nina de Pádua Drª. Fabíola Herrera Franco
Inês Galvão Marta Rocha
Paulo Guarnieri Átila Fontes
Paulo César Grande Thiago
Jorge Pontual Guilherme
Alexandre Salcedo Alexandre
Alberto Baruque Tufik
Íris Bustamante Drª. Silvia Magalhães (Silvinha)
Hugo Gross Dr. Leandro
Fabiana Ramos Paula
Karla Muga Drª. Daniela Pereira
Luciana Coutinho Norma Shirley
Andréa Dantas Elzinha
Nestor de Montemar Carlos Magno
Tatyane Goulart Ângela Salles Franco
Eduardo Caldas Dinho
Diego Larrea Eugênio Pereira
Ingrid Fridmann Ju
Fernanda Nobre Lolô
Luíza Curvo Renata

Participações especiais[]

Intérprete Personagem
Mário Gomes Dr. Plínio Patarra (Patá)
Oscar Magrini Gutierrez
Adriano Reys Dr. Meirelles
Mônica Torres Dra. Lélia
Marilu Bueno Calpúrnia Fontes (verdadeira)
Nildo Parente Albuquerque
Henri Pagnoncelli Delegado Soares
Christine Fernandes Lucy
Maria Ribeiro Vilminha
Carla Regina Joana
Beto Simas Leonardo
Geórgia Gomide Laura
Mário Lago Henrique Pessoa
Cláudio Corrêa e Castro Seu Vitorino
Oswaldo Louzada Valdemar
Monique Lafond Maria Eugênia
Fábio Junqueira Dr. Ferreira
Carlos Gregório Wálter
Samantha Monteiro Elisângela Loducca
Mércia Paula Fontes
Marly Bueno Mônica Salles
Estelita Bell Eugênia
Tony Tornado Adilson
Ingra Liberato Rosa
Roberta Índio do Brasil Isaurinha
Renata Fronzi Vânia
Leina Krespi Presidiária
Vanessa Lóes Rita
Cléa Simões Paciente de Bruno
André Mattos Segurança de Gustavo
Luisa Thiré Amiga de Tatiana
Romeu Evaristo Comparsa de Tiago
Flávia Bonato Patroa de Raí
Clemente Viscaíno Patrão de Tatiana
Miwa Yanagizawa Secretária de Gustavo
Célia Biar Amiga de Isadora
Cosme dos Santos Comparsa de Tiago
Izabella Bicalho Mulher em que Bruno faz parto
Jana Palma Raíssa
Ana Borges Namorada de Ralado
Renato Gaúcho Ele mesmo

Produção[]

À princípio, Carlos Lombardi voltaria à faixa das sete no final de 1995. Porém, a novela que sucederia A Viagem foi cancelada pela emissora. Fazendo Lombardi desenvolver sua trama às pressas, sem tempo de desenvolver a sinopse. Ele escreveu o argumento da história e o primeiro capítulo à 56 dias de sua estreia. De modo que a produção estreou com apenas dezessete capítulos escritos e quatro capítulos gravados. As inspirações do roteirista para criar o enredo foram a novela Guerra dos Sexos (1983) e o filme "Ela é o Diabo" (1989), ambas que abordavam a vingança feminina.

A correria fez com que, no dia da estreia, Carlos Lombardi tivesse um mal estar e fosse parar no hospital. Porém, a novela seguiu no ar com pouca frente de gravações. Por pouco, esta quase foi cancelada também. Pois quando Boni retornou de férias e viu as chamadas a uma semana do lançamento, mandou não colocar ao ar por discordar de uma história com quatro mulheres protagonistas em vez de um casal tradicional. O que era o padrão estabelecido até então. Mas Mário Lúcio Vaz o convenceu que a trama teria boa aceitação do público.

E de fato, a novela teve boa aceitação. Tanto que teve sua quantidade de capítulos quase dobrada devido a grande audiência. Dos 120 prometidos à Carlos Lombardi e dos 160 anunciados na época de lançamento, terminou com 233.

A cidade cenográfica, feita de compensado, contava com três ruas, oito casas, uma oficina mecânica, um prédio residencial e uma fábrica. O autor concebeu a novela tendo São Paulo como cenário, mas o curto prazo para colocá-la no ar fez com que a história se passasse no Rio de Janeiro. Cenas para os seis primeiros capítulos foram gravadas no estado do Amazonas.

Originalmente, Lombardi pensou em quatro atrizes para as protagonistas: Eliane Giardini (como Auxiliadora), Bruna Lombardi (como Abigail), Malu Mader (como Tati) e Adriana Esteves (como Babalu). Bruna recusou por não querer abrir mão da apresentação do programa Gente de Expressão da Manchete. Adriana recusou por enfrentar um período de depressão após as críticas pelo seu trabalho em Renascer (1993), o que a fez se afastar da televisão por um tempo. Eliane foi barrado pela direção, que não a considerada preparada, levando em conta seus trabalhos anteriores. E Malu foi reservada para o elenco de Irmãos Coragem, mas nunca chegou a atuar nesta novela.

Letícia Spiller estava confirmada inicialmente para viver a médica Duda e ficou com Babalu. Com isso, o papel de Duda foi para Luana Piovani. Alexandre Frota foi escalado para o papel de Raí, mas quando Ricardo Waddington assumiu a direção, o papel ficou com Marcello Novaes. Enquanto a novela esteva no ar, alguns atores deixaram o elenco por descontentamento com seus respectivos personages. Foi o caso de Diogo Vilela, Marcelo Serrado e Bianca Byington. Drica Moraes pediu para sair por já ter se comprometido a gravar um filme na época.

O romance de Gustavo (Marcos Paulo e Auxiliadora (Elizabeth Savalla) foi rejeitado pelo público. E por isso, a personagem de Savalla mudou de núcleo, deixando a trama principal, e se tornando mais cômica. O contrário aconteceu com o casal Babalu e Raí, que fez sucesso. Letícia Spiller e Marcello Novaes engataram um romance na vida real durante as gravações. Cuja relação durou até 2000.

O figurino de Babalu, criado pela figurinista Lessa de Lacerda, responsável pela caracterização das personagens da trama, fez sucesso entre o público feminino. Itens como blusas ciganas, sandálias plataformas e meias coloridas se tornaram moda na época. Letíia Spiller declarou que se inspirou na personagem Mônica de Maurício de Sousa para compor a personalidade de Babalu, que usava sua bolsa para bater em Raí. Em referência a Mônica, que usa seu coelho de pelúcia Sansão para bater nos personagens que a irritam. Também fez sucesso as gírias usadas pela personagem, que na vida real eram usualmente ditas pela comunidade LGBT como "babado", "mona", "bofe" e "uó".

Uma cena em que Abigail (Betty Lago) se apavora em um restaurante com uma barata em sua roupa foi real. A atriz realmente entrou em pânico com o inseto e gritou em cena. Cenas reais do desfile da escola de samba União da Ilha no Carnaval de 1995 com Letícia Spiller e Marcello Novaes. Ela desfilou para a agremiação e ele apareceu integrando a ala da bateria.

Carlos Lombardi chegou a ser processado pelo Sindicato das Enfermeiras por escrever uma cena em que uma personagem enfermeira tinha relações sexuais. Em entrevista a um livro, o autor desabafou: "enfermeira não faz sexo?". A abertura da novela contou com a presença de Beto Simas, fugindo das quatro lutadoras de esgrima. Ele já havia estrelado para emissora a vinheta da cobertura dos Jogos Olímpicos de 1992, que foi reaproveitada na cobertura de 1996. Já as quatro lutadoras foram interpretadas pela esgrimista profissional Zani Padila, que foi quadruplicada com efeitos especiais. Enquanto que, quem mostrava o rosto no início e final desta abertura era da modelo Giovanna Labaki.

Nas cenas finais de cada capítulo, durante o famoso "congelamento", a tela era dividida em quatro, mostrando quatro cenas diferentes. Em alusão às quatro protagonistas. Antes da estreia, algumas cenas com Betty Lago foram regravados por ordem de Boni, por achar que o penteado da atriz não ficou bom.

Reprises[]

No Vale a Pena Ver de Novo foi reprisada entre 31 de agosto de 1998 e 12 de março de 1999, em 140 capítulos, sucedendo O Salvador da Pátria e antecedendo O Rei do Gado. Marcou 20,59 Pontos de média geral de audiência.

Foi a primeira novela da faixa das 15h30, exibida na íntegra entre 19 de maio de 2010 e 8 de abril de 2011, sucedendo Vamp. Esta trama e Por Amor foram as primeiras reprisadas pelo canal. Em 7 de novembro de 2022, foi disponibilizada na íntegra pelo Globoplay.

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