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Que Rei Sou Eu? foi a 41ª novela das 19h da Globo. Escrita por Cassiano Gabus Mendes, com colaboração de Luís Carlos Fusco e Solange Castro Neves, e direção de Jorge Fernando, Mário Márcio Bandarra, Fábio Sabag e Lucas Bueno. Exibida entre 13 de fevereiro e 16 de setembro de 1989, em 185 capítulos, sucedendo Bebê a Bordo e antecedendo Top Model.

Com Edson Celulari, Giulia Gam, Tato Gabus Mendes, Antônio Abujamra, Tereza Rachel, Daniel Filho, Marieta Severo, Cláudia Abreu, Natália do Vale e Jorge Dória nos papéis principais.

Enredo[]

Em 1786, três anos antes da Revolução Francesa, o trono de fictício Reino de Ávilan é assumido pela Rainha Valentine (Tereza Rachel). Um lugar repleto de miséria, injustiça social, crise econômica e altos impostos. A rainha descobre, por testamento do rei, que ele havia deixado um filho bastardo, fruto de um relacionamento com uma camponesa. E ele seria o legítimo herdeiro ao trono.

Esse filho é Jean Pierre (Edson Celulari), um rapaz que vive longe do castelo e com o povoado de Ávilan. Enquanto isso, a rainha é controlada e manipulada pelos seus conselheiros-reais, principailmente o cruel conselheiro-chefe, Vanolli Berval (Jorge Dória). Estes, são influenciados pelo perigoso bruxo Ravengar (Antônio Abujamra), que arma uma farsa para o povo, coroando o mendigo Pichot (Tato Gabus Mendes) como um falso príncipe.

Entretanto, o povo de Ávilan conspira contra o reino, querendo derrubá-lo para instituir um lugar melhor. O líder da revolução é Jean Pierre que se vê dividido entre o amor de duas mulheres: a idealista Aline (Giulia Gam), que se infiltra no reino como criada, e a nobre Suzanne (Natália do Vale), esposa de Vanolli Berval. Ao saber que é filho bastardo do rei, passa a lutar pela coroa que lhe pertence por direito.

Elenco[]

Intérprete Personagem
Edson Celulari Jean-Pierre
Giulia Gam Aline
Tereza Rachel Rainha Valentine de Avillan
Antônio Abujamra Mestre Ravengar
Daniel Filho Renê Bergeron Bouchet
Marieta Severo Madeleine Bouchet
Natália do Valle Suzanne Vebert
Tato Gabus Mendes Pichot / Lucien Élan / Rei Petrus III
Cláudia Abreu Princesa Juliette de Avillan
Jorge Dória Vanolli Berval
Stênio Garcia Corcoran
Ítala Nandi Loulou Lion
Carlos Augusto Strazzer Crespy Aubriet
Oswaldo Loureiro Gaston Marny
John Herbert Bidet Lambert
Laerte Morrone Gérard Laugier
Aracy Balabanian Maria Fromet / Lenore Gaillard
Edney Giovenazzi François Gaillard
Ísis de Oliveira Lucy Laugier
Vera Holtz Fanny
Mila Moreira Zmirá
Guilherme Leme Roland Barral
Fábio Sabag Roger Vebert
Marcelo Picchi Michel
Cristina Prochaska Charlotte
Paulo César Grande Bertrand
Marcos Breda Pimpim
Cinira Camargo Lily
Carla Daniel Cozette
Desireé Vignolli Denise
Zilka Salaberry Gaby Deleon
José Carlos Sanches Balesteros
Totia Meirelles Monah
Ivan Setta Godard
Heloísa Helena Cocote
Luiz Magnelli Arauto Arnúbio
Soraya Ravenle Anete
Leonardo Franco Fernão
Cacá Barrete Vadi
Melise Maia Janine

Participações[]

Intérprete Personagem
Dercy Gonçalves Baronesa Lenilda Eknésia
Gianfrancesco Guarnieri Rei Petrus II
Eva Wilma Marquesa D'Anjou
Ítalo Rossi Marquês de Castilha
Betty Gofman Princesa Ingrid
Carlos Kroeber Dom Curro de La Grana
Yolanda Cardoso Velha Miruska
André Mattos Soldado Lafon
Antônio Pedro Barão Von Lonchas
Luís Gustavo Charles Miller
Emiliano Queiroz Barão La Roche
Ilka Soares Marquesa de Loredan
Nildo Parente Richet
Paulo César Pereio soldado
Jorge Fernando soldado
Chico Anysio Taji Namas
Catalina Bonaky Baronesa de La Rochelle
José Steinberg Frade Angélico
Francisco Dantas Barão de La Rochelle
Milton Gonçalves Barão Herr Whisky
Monique Lafond Condessa La Provence
Tonico Pereira soldado
Cazarré Marquês
Henriqueta Brieba nobre assaltada
Lícia Magna nobre assaltada
João Signorelli bandido Campot
Tuca Andrada ferreiro
Hilda Rebello aia da Rainha Valentine
Maria Cardoso aia da Rainha Valentine
Marcus Alvisi verdureiro Bergin
Roberto Dinamite Bobby Dynamite
Nádia Nardini Maria Fromet (jovem)
Carlos Kurt ferreiro Dupont
Lia Farrel cortesã
Toni Nardini soldado
José Carlos de Souza soldado
Anco Valle soldado
Ana Baird Nicole
Deborah Catallani Camile
Márcia Rêgo Monteiro moça da taberna
Alberto Baruque soldado
Sandro Rilho soldado

Produção[]

Tendo como pano de fundo a era pré-Revolução Francesa e a Europa como cenário, a novela serviu para parodiar a situação política e economica do Brasil na época. O Reino de Ávilan era uma espécie de microcosmo do Brasil. Referências e acontecimentos reais da história e fatos recentes do país foram satirizados na trama. Os planos econômicos, a moeda, os impostos, a corrupção e a ineficácia dos serviços públicos eram representados em tramas cômicas.

A ideia foi apresentada originalmente em 1977 para o horário das 20h, mas foi recusada por abordar política. Uma vez que Roque Santeiro havia sido vetada pela Censura Federal em 1975. Em 1983, Cassiano Gabus Mendes apresentou a história mais uma vez quando foi convocado para o horário das oito, mas foi recusada novamente. No lugar dela, o autor escreveu Champagne. A ideia só foi liberada para ser produzida quando a Censura Federal chegou ao fim.

Alguns personagens representavam personalidades políticas reais: o falecido Rei Petrus II (Gianfrancesco Guarnieri) seria Tancredo Neves e a Rainha Valentine (Tereza Rachel) seria o então presidente José Sarney. Vanoli (Jorge Dória) representava Antônio Carlos Magalhães e o Bergeron (Daniel Filho) ao ex-Ministro Dilson Funaro. Já Ravengar (Antônio Abujamra), representava o General Golbery do Couto e Silva. Na reta final da trama, o personagem desapareceu e reapareceu usando o nome Silvan Rasputin Richelieu de Golbery. Referênciando, além de Golbery, Grigori Rasputin e Cardeal Richelieu.

Jean Pierre (Edson Celulari) não foi inspirado em ninguém real. Mas, pela novela ter sido exibida em ano de eleições, houve acusações de que o personagem seria uma referência ao então presidenciável Fernando Collor de Melo, e de que, com o protagonista, estariam retratando Collor como um "herói". Fato semelhante aconteceu com O Salvador da Pátria, em que houve acusações de que Sassá Mutema (Lima Duarte) era uma referência a Luís Inácio Lula da Silva.

O fictício Reino de Ávilan foi erguido no Jacarepaguá, onde anos depois foi inaugurado o Projac. A cidade cenográfica, com 2.200m², foi construída através de uma pesquisa sobre arquitetura medieval e tecnicas de construção da época. sO castelo contava com 30 metros de frete e uma torre com 26 metros de altura. A equipe de figurino foi liderada por Marco Aurélio que confeccionou roupas inspiradas no vestuário do século XVIII. Apenas para os figurantes, foram feitos mais de 400 figurinos. O tom teatral da produção visto em cena foi condizente ao estilo farsesco da história.

As gravações na cidade cenográfica tiveram problemas e constantemente passaram por interrupções. Além as altas temperaturas do lugar, que ficavam piores para os atores que usavam as roupas pesadas da época, corriqueiramente sapos invadiam o set de gravações.

Luis Gustavo fez uma participação no capítulo 55 (exibido em 17 de abril de 1989) como Charles Miller (esportista responsável por trazer o futebol ao Brasil), ao lado do jogador Roberto Dinamite, que interpretou Bobby. Na trama, Charles apresentou o foot-ball ao reino. No capítulo 143 (em 28 de julho de 1989), e Eva Wilma (Marquesa D'Anjou) fez uma participação especial contracenado com John Herbert (Lambert Bidet). Foi uma referência de Cassiano Gabus Mendes {a série Alô Doçura, que foi protagonizada pelo casal. Dercy Gonçalves fez uma participação de quatro capítulos, uma das cenas mais marcates da personagem, foi quando ela disse que Bidet tinha "cara de pinico".

O advogado investidor paulista Naji Nahas, que na época protagonizou um escândalo financeiro e respondia a um inquérito por estelionato e formação artificial de preços na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, entrou com protesto judicial contra a Globo ao saber que a novela faria uma sátira de seu cliente, ameaçando de processo. A alegação era de que a trama fazia um pré-julgamento de um cidadão que ainda não havia sido sentenciado pela Justiça. Nahas seria satirizado por Chico Anysio, interpretando Taj Nahal, que aplicaria um golpe na bolsa do reino. Mas as cenas do personagem não foram exibidas.

Carlos Augusto Strazzer precisou se afastar das gravações por problemas de saúde e retornou nos capítulos finais. Seu personagem, o conselheiro Crespy Aubriet, foi substituído na história por outro conselheiro, Roland Barral (Guilherme Leme).

No capítulo 72, exibido em 6 de maio de 1989, a trama exibiu uma festa no castelo onde os presentes estavam fantasiados de mendigos, ao som samba-enredo “Ratos e Urubus Larguem Minha Fantasia” da escola Beija-Flor de Nilópolis, tocada em minueto. Foi uma homenagem a Joãozinho Trinta carnavalesco da agremiação que se apresentou com o samba-enredo no Carnaval daquele ano.

No último capítulo, Jean Pierre grita "Viva o Brasil!" em vez de citar Ávilan. Foi proposital, para mostrar que o reino era uma paródia do Brasil. Para aproveitar o sucesso da trama com o público infantojuvenil, foi lançada o álbum de figurinhas que cotava com 108 cromos de fotos dos personagens.

Reprises[]

Foi reprisada pela Sessão Aventura entre 23 de outubro a 29 de dezembro de 1989, em 44 capítulos. Marcou 19,72 Pontos de média geral de audiência. No Viva, foi reprisada na íntegra entre 7 de maio de 2012 e 18 de janeiro de 2013, sucedendo Roque Santeiro e antecedendo Rainha da Sucata. Em 14 de março de 2022, foi disponibilizada na íntegra pelo Globoplay.

DVD[]

Em dezembro de 2013, a Globo Marcas lançou o box de DVDs da novela. Contendo 13 discos com uma edição compacta de cerca de 39 horas.

Livro[]

A novela foi adaptada no livro "O Reino de Ávilan", adaptada em texto literário por Malu Rocha, e lançado em 1992 pela editora Ars Poetica.

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