A Rede Manchete (também conhecida como TV Manchete ou Manchete) foi fundada por Adolpho Bloch no dia 5 de Junho de 1983. Contando com um investimento inicial de de aproximadamente US$50 Milhões de Dólares, um preço altíssimo para a época.
A emissora chegou a figurar o segundo e o terceiro lugar de audiência. É conhecida até hoje por seu programas de alta qualidade, e pelo destaque dado aos desenhos e seriados japoneses na sua programação. Encerrou suas atividades no dia 10 de Maio de 1999, dando lugar à RedeTV!.
História
Década de 80
A concorrência para as duas novas redes de televisão foi realizada pelo Governo Federal do Brasil em 1980, depois que a Rede Tupi foi extinta. Silvio Santos e Bloch ganharam as concessões.
Nesse dia, passaram às mãos de Bloch, quatro canais que pertenciam à Tupi e Excelsior. Outras quatro concessões da Rede Tupi foram cedidas ao Sílvio Santos que formou o Sistema Brasileiro de Televisão. O Grupo Bloch decidiu adiar o lançamento da emissora, para poder preparar o projeto da nova rede.
Dois anos depois, no dia 5 de Junho de 1983, exatamente às 19hs, a rede entrava ao ar, com investimento altíssimo para a época. Na inauguração, foi exibida uma contagem regressiva futuristica de 8 segundos, para um comercial do lubrificante Lubrax, que dava boas vindas a emissora. Em seguida, foi exibido um discurso de Adolpho Bloch no cenário do Jornal da Manchete.
Em seguida, foi exibida uma vinheta: um clipe onde uma nave, representada logotipo da emissora, sobrevoava as principais cidades brasileiras e aterrissava no alto do prédio da Rua do Russel, no Rio de Janeiro, local da emissora. Essa vinheta permaneceu 16 anos no ar. O primeiro programa exibido, foi o show Mundo Mágico, que contava com a participação de vários artistas. Depois, a Manchete exibiu o seu primeiro filme, o inédito "Contatos Imediatos do Terceiro Grau", que colocou a emissora na liderança e assustou a concorrência.
No mesmo ano, entrava no ar o Clube da Criança, revelando a apresentadora infantil, modelo e manequim Xuxa Meneghel. Ela ficou até 1986, quando foi contratada pela Globo. Foi adotado o primeiro slogan "Televisão de Primeira Classe", onde a Manchete coloca uma programação mais sofisticada, voltada para as classes mais altas. Exibindo documentários, jornalísticos e programas de entrevistas.
Em fevereiro de 1984, a emissora estreava na transmissão dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro. A emissora transmitiu com exclusividade o evento, já que a Rede Globo se recusou a exibir, devido à atritos com Leonel Brizola. Conseguiu audiência de 80 pontos, a maior já registrada pelo canal. No mesmo ano, foi inaugurado o núcleo de dramaturgia. Em agosto, exibiu sua primeira produção do gênero, a minissérie Marquesa de Santos. Em julho de 1985, a emissora exibiu sua primeira novela: Antônio Maria. Ainda em 1985, foi ao ar o FM TV, programa de videoclipes voltado para o público jovem.
Em fevereiro de 1986, começam os primeiros sinais de prejuízo. A emissora amarga um prejuízo de 80 Milhões de Dólares, e uma divida de 23 Milhões de Dólares. Mesmo assim, a Manchete exibe outras novelas de sucesso, como Dona Beija. Mas com o agravamento da crise, em setembro acontece a primeira greve de funcionários. Em abril de 1987, estreou o Nave da Fanstasia revelando a apresentadora Angélica, então com 13 anos, que passou a apresentar o Clube da Criança no ano seguinte. Em julho, com a nova crise, são demitidos cerca de 100 funcionários. A linha de shows é desativada. Adolpho Bloch confirma a intenção de vender a rede, mas desiste depois de melhorar a situação financeira da rede.
Ainda em 1988, depois de anos apostando em programação de alto nível, a dívida da emissora aumentou para 34 Milhões de Dólares, provocando o fim de vários programas. A programação de primeira classe não trouxe retorno financeiro, muito menos audiência. Os anunciantes preferiram as concorrentes que apostavam em uma programação popular. Em 1989, começa o auge da emissora, que consegue a vice-liderança de audiência.
Década de 1990
Em março de 1990, estreia a novela Pantanal, o maior sucesso da história da emissora. Os índices de audiência chegaram à 40 pontos, incomodando a Rede Globo. Sendo considerada a novela de maior sucesso da TV Brasileira fora da Globo até hoje. Em dezembro, vai ao ar A História de Ana Raio e Zé Trovão, que apesar de não repetir o sucesso de sua antecessora, conseguiu índices satisfatórios de audiência. Em agosto do mesmo ano, foi anunciada a venda da emissora para o empresário Paulo Octávio, que não se concretizou.
A emissora investiu bilhões de cruzeiros na novela Amazõnia, que foi ao ar em 1991. Tinha a proposta de repetir o sucesso de Pantanal, porém se tornou um grande fracasso. Foi feito uma continuação, intitulado Amazônia - Parte II. Mas mesmo assim, os índices continuaram baixos. Os altíssimos investimentos fizeram com que a emissora entrasse em uma grave crise econômica. No mesmo ano, a Manchete perde a vice-liderança para o SBT.
Em abril, com o agravamento da crise, Adolpho Bloch começou a procurar um novo comprador. O Grupo IBF se oferece. Em maio, a venda é concretizada e 670 funcionários são demitidos. Na nova administração estreiam os programas: Clodovil Abre o Jogo com Clodovil Hernandes, e Manchete Especial: Documento Verdade, com Henrique Martins.
Em 1993, o atraso no pagamento de salários, alguns desde 1992, leva os funcionários retirarem a TV Manchete São Paulo do ar, ao interromperem a programação da emissora no fim da tarde do dia 15 de março. O atraso dos salários e o sucateamento da emissora levaram a Bloch a entrar com um processo na Justiça a fim de retomar a emissora. A emissora voltou para os Bloch em 23 de Abril. A alegação era de que a IBF de Hamilton de Oliveira descumpriu clausulas contratuais. A Igreja Renascer em Cristo teve um importante papel na recuperação na emissora, comprando horários na programação das rádios AM e FM e da TV.
Após a perda da emissora, Hamilton entrou com um processo, que foi conseguido, na Justiça do Estado do Rio de Janeiro, para que a Manchete não pudesse ser vendida sem autorização de Hamilton de Oliveira, que se considerava o legitimo dono da emissora. A rede tentou produzir a mini-novela O Marajá, mas foi censurado pelo ex-Presidente Fernando Collor no dia da estréia. Para aproveitar, a emissora exibe a novela Guerra Sem Fim, a série Família Brasil, e a minissérie Os Caminhos do Rondom.
Em 11 de maio de 1994, Hamilton Lucas de Oliveira e a direção da TV Manchete são condenados pela CPI da TV Jovem Pan por crimes de corrupção ativa, formação de quadrilha, sonegação fiscal e enriquecimento ilícito. No dia 8 de junho, o relatório final da CPI recomendou o afastamento dos diretores da TV Manchete e de Hamilton Lucas de Oliveira. Eles foram excluídos de qualquer sociedade que tenha por finalidade administrar ou explorar concessões públicas.
Ensaiou um reerguimento em 1997. Esta época ficou marcada pelo sucesso de várias atrações, o aluguel de horários para televendas (como o Teleshop do Grupo Imagem) e para religiosos evangélicos. Nesta época também, acontece o embargo dos bens pelo Banco do Brasil por causa das dívidas. Devido ao processo em que Hamilton Lucas ter entrado contra Bloch em 1993, a direção do Grupo Bloch decide criar o Bloch Som & Imagens, que ficou responsável por produzir as novelas, sem o risco de voltar para o controle do Grupo IBF.
Ainda em 1995, vai ao ar a novela Tocaia Grande. A emissora passava a apelar para a nudez, para conseguir audiência na noite e na madrugada. Em setembro, estreia o polêmico 24 Horas, apresentado por Solange Bastos e de alto teor sensacionalista, conseguiu índices satisfatórios e ajudou a Manchete a formar uma grade mais popular. Em 20 de Novembro de 1995, falece Adolpho Bloch, aos 87 anos.
A partir de 1996, a rede começa a largar de vez o perfil de "TV de Primeira Classe", investindo em uma programação popular. A começar com a estreia do Programa Raul Gil. Também aparecem as séries National Kid e Ultraman, além dos desenhos Sailor Moon, Shurato e Samurais Warriors. Em setembro, sob o comando de Walter Avancinni, entrou no ar Xica da Silva, escrita por Walcyr Carrasco. Protagonizada por Taís Araújo, a trama fez com que a Manchete ficasse na vice-liderança em audiência no horário.
Em 1997, embalada pelo sucesso de Xica da Silva, a Rede Manchete investe em novos programas, como o Na Rota do Crime, Câmera Manchete, Mexe Brasil, o interativo Domingo Milionário, Sérgio Reis do Tamanho do Brasil, Sula Miranda Show, Sandy e Júnior Show, Manchete Clip Show, Bate Bola com Zagallo, Mulher de Hoje entre outros. E também estreia a novela Mandacaru.
Em 1998, a emissora começa a entrar em crise. Mandacaru dava baixos índices e os jornalísticos estavam desgastados. As dividas aumentavam cada vez mais. Em 23 de março do mesmo ano, estreava o programa Magdalena Manchete Verdade, com Magdalena Bonfiglioli, apostando em cenas de barraco. Ainda em 1998, em parceria com a TV Ômega, estreava o Domingo Total com Otávio Mesquita, Virgínia Novick e Sérgio Malandro. E teve bons índices de audiência. Mas mesmo com boas estreias, as dívidas da emissora aumentavam e aconteciam os primeiros casos de atraso de salários.
A Manchete já deveria ter encerrado as atividades, diante de dividas que ultrapassam o próprio patrimônio e a ausência do pagamento de diversos tributos. Mas o ótimo relacionamento entre governo federal e a rede, impediu o fechamento. Mesmo assim, a emissora luta pra sobreviver e começa a produzir a novela Brida, baseada na obra de Paulo Coelho. Para produzi-lá, todos os investimentos foram focados para a novela, fazendo com que os outros programas ficassem sem qualquer tipo de recurso financeiro.
Em agosto, estreia Brida, que teve péssimos índices de audiência, culminando na saída de todos os anunciantes, transformando-a num verdadeiro fiasco. O último capítulo foi gravado em 19 de Outubro, quando sua equipe se reuniu em frente ao prédio da emissora para garantir direitos trabalhistas que não lhe foram concedidos. A Bloch Som e Imagem deve aos artistas da novela cerca de R$ 150 mil. No Lugar da novela, entra a reprise de Pantanal.
Em setembro, perde audiência, caindo para o quinto lugar em audiencia. A emissora também enfrenta a perda de vários apresentadores e diretores. A direção do Grupo Bloch demite quase 700 funcionários e corta a produção de quase todos os jornalísticos. No dia 5 de outubro, Pedro Jacques Kapeller, presidente do Grupo Bloch e dono da Rede Manchete de Televisão, anuncia durante uma reunião com diretores e editores do grupo, que todas as empresas estão à venda. A direção da emissora já anunciou que não possui dinheiro em caixa para realizar o pagamento dos funcionários e tenta negociar um acordo, que evite uma nova greve.
Vários compradores surgem, como Edir Macedo que pretendia integrar a Manchete à Rede Família, e a Televisa. E houve boatos de que a Rede Mulher, associada a um banco japonês, estaria interessada em comprar a rede.
Em 14 de outubro, cerca de 1100 funcionários entram na maior greve da história da emissora, para protestar contra a demissão e os atrasos dos salários. Em 26 de novembro, a Eletropaulo suspende o fornecimento de energia elétrica à TV Manchete São Paulo, durante a tarde. A emissora não paga as contas pelo serviço desde março de 1996. Durante o período foi utilizado os próprios geradores. A Eletropaulo restabeleceu o fornecimento após a emissora ter comprovado o pagamento da conta do mês de novembro de 1998.
Ainda em São Paulo, um grupo de 25 funcionários invadem e ocupam a torre de transmissão da emissora exigindo o pagamento de um percentual do salário de um mês (70%). Com uma câmera, os funcionários transmitiram imagens de bilhetes pedindo ajuda. Os transmissores chegaram a ser desligados, tirando à emissora do ar. Caso uma emissora fique 48 horas seguidas hora do ar, o governo é obrigado a cassar sua concessão. Em 23 de Setembro, ocorre novamente o corte de sinal e anunciaram que pretendem continuar com os cortes do sinal da emissora até que tudo se resolva.
Em 16 de Dezembro, a Embratel dá um prazo de dois dias para que a rede pague suas dividas com a empresa. Caso contrário, ameaça ampliar o tempo de suspensão do sinal, prejudicando afiliadas. Em 4 de janeiro de 1999, Pedro Jack Kapeller, surpreende a todos, assinando o contrato com a produtora Renascer Gospel Comunicação Produções Ltda., pertencente à Fundação Renascer, administrada pela igreja evangélica Renascer em Cristo, tornando-se parceira da emissora. A produtora era responsável pelos programas da igreja exibidas na programação. Mas os sindicalistas não apoiaram a decisão.
A dívida chegava a R$500 Milhões de Reais. Um grupo de advogados de diversos estados anuncia que vão impedir que a igreja assuma as operações da rede, sob a alegação que o negócio é ilegal, já que qualquer concessão de TV depende de aprovação do Congresso Nacional. Em 18 de janeiro, cerca de cem jornalistas e técnicos da rede voltam ao trabalho depois de receber um dos 5 salários atrasados. O Governo Federal considera ilegal o acordo entre a Rede Manchete e a Fundação Renascer. A fundação não paga os R$4 Milhões previstos no contrato.
Em 4 de fevereiro, na cidade de São Paulo, um grupo de dez pessoas ligadas à Igreja Renascer passam por salas e estúdios batendo nas paredes e dizendo frases como "Sai, demônio!". Com isso, funcionários e a imprensa acusaram a fundação de transformar a Manchete em um "templo da igreja". No mesmo mês, depois de muita pressão do governo e dos funcionários, a emissora anuncia oficialmente o rompimento do acordo com a Igreja Renascer, devido ao rompimento de clausulas contratuais. Os programas da Igreja pararam de ser transmitidos, e os funcionários fecharam os portões para impedir os bispos da igreja de entrar na sede da emissora. Na tarde do dia 17 de fevereiro, Estevam Hernandes consegue uma liminar de reintegração de posse da rede pela Igreja Renascer. Os programas evangélicos voltam à emissora. Dias depois, o Grupo Bloch finalmente assume o controle do canal.
Em 5 de Abril de 1999, o Banco do Brasil anunciou que entraria na Justiça para receber a dívida de US$102 milhões do Grupo Bloch. No mesmo mês os representantes dos funcionários aceitaram os principais pontos de uma proposta de apresentada por Amilcare Dallevo Jr. para o pagamento dos salários atrasados, caso a emissora seja comprada pelo grupo TeleTV. O acordo estipula um prazo para o pagamento parcelado dos salários atrasados. Porém, o ex-proprietário da Manchete e empresário Hamilton Lucas de Oliveira, dono do Grupo IBF, obtém a decisão favorável da justiça, impedindo a venda da Rede Manchete. Amilcare Dallevo tenta um acordo com Hamilton Lucas no processo que impediu a compra, para evitar que os planos de compra do canal sejam impedidos.
Em 2 de maio, Amilcare Dallevo, assina o contrato para administrar 30% das dividas da emissora e a concessão. No dia 6 começa o Julgamento do recurso do empresário Hamilton Lucas de Oliveira. A 5ª Câmara Cível do Rio julgou improcedente, por unanimidade, o recurso de Oliveira contra a decisão judicial que havia dado, em primeira instância, a posse da emissora aos Bloch. O desembargador Wider, relator do processo, também cassou a liminar que concedera em favor de Oliveira, impedindo a venda da TV até que fosse decidida a questão judicial. Assim, a negociação com o grupo TeleTV poderia ser concluída.
Depois de muitos acordos e promessas, em 10 de Maio de 1999, a Rede Manchete vai ao ar pela última vez. No dia seguinte, a emissora passa a se chamar TV!, e futuramente, RedeTV!.
Em 14 de Maio, o ministro Pimenta da Veiga assinou o decreto transferindo o controle acionário da Rede Manchete para o grupo TeleTV. No dia 17, o Diário Oficial publica o decreto assinado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso que transfere a concessão da Manchete para a TV Ômega. Em 30 de maio, a Rede Manchete passa a se chamar oficialmente Rede TV!.
Os funcionários da Manchete se diziam aliviados diante das negociações com o grupo TeleTV. Em 1º de junho, os sindicatos dos jornalistas e dos radialistas do Rio de Janeiro assinaram o acordo com o TeleTV. O acordo determina a forma de pagamento das dívidas trabalhistas.
No dia 8 de junho, por decisão da Justiça do Rio de Janeiro, dois prédios do Grupo Bloch, localizados na Rua do Russel, seriam leiloados. Porém o leilão foi adiado por determinação dos advogados da massa falida do Banco Econômico (que receberia o dinheiro do leilão). A redação da Editora Bloch foi transferida para outro prédio. A dívida do grupo com o Banco Econômico é avaliada em R$ 100 milhões.
Em 23 de julho, Bloch Editores apresenta ao juiz da 5ª Vara de Falências e Concordatas do Rio, José Carlos Maldonado, pedido de concordata preventiva, pelo prazo de dois anos. Segundo Pedro Jacques Kappeler, o grupo TeleTV é o responsável pela crise do Grupo Bloch. Ele alegou que a Rede TV! assumiu o compromisso de honrar a dívida com a massa falida do Banco Econômico.
Em 31 de agosto, uma assembléia de funcionários da RedeTV! e da antiga Rede Manchete, decreta o "estado de greve" por causa do atraso no pagamento dos salários. No final do dia, a direção da RedeTV! garantiu que os salários dos funcionários já estavam depositados e que o atraso verificado ocorreu por conta de problemas burocráticos com o banco.
Em 28 de novembro de 2007, a TV Pampa (de Porto Alegre, Rio Grande do Sul) ganhou um processo encaminhado na Justiça em 1997, que dava os direitos sobre o nome da "Rede Manchete". A justificativa da empresa era de que a TV Pampa foi a afiliada mais fiel da emissora dos Bloch e que por isso, merece os direitos da marca. A Rede Pampa detêm atualmente os direitos da marca.
Até hoje, Amilcare Dallevo não honrou o compromisso assinado com os Sindicatos dos Jornalistas e dos Radialistas do Estado do Rio de Janeiro. Assinou o compromisso apenas por exigência do Ministério das Comunicações. A concessão só seria transferida para Dallevo se ele assinasse o tal compromisso. Caso as dívidas trabalhistas não fossem pagas a concessão poderia ser cancelada. Dallevo não pagou e continua dono da concessão.
Em 2008, o jornalista Elmo Francfort lança o livro "Aconteceu Virou Manchete" (Editora Imprensa Oficial), em que conta a história da emissora. Em 2013, em comemoração aos 30 anos de existência, é produzido o Documentário "Aconteceu Virou Manchete", baseado no livro homônimo. O Documentário conta com entrevistas de funcionários, jornalistas e atores que trabalharam na emissora. A Estreia do documentário aconteceu no dia 5 de Junho (data dos 30 anos da Manchete) no auditório da UERJ no Rio de Janeiro. O Documentário pode ser visto na internet.
Popularidade
A Rede Manchete é uma das emissoras mais carismáticas que já passou pela TV Brasileira. A emissora tem muitos fãs, chamados de "Manchetistas", lembram com carinho das produções do canal.
A Manchete também é muito lembrada pelos fãs da cultura japonesa, já que a Manchete exibiu muitos tokusatsus e animes. Contribuindo para a divulgação da cultura do Japão no Brasil.
A programação de alto nível dos primeiros anos, o jornalismo, as muitas novelas memoráveis, entre outras coisas, ajudam a Manchete a ser lembrada até agora.
Boatos e Rumores de Volta
A Manchete, por ser uma emissora muito querida, boa parte do público deseja a volta da emissora. Muitos querem que o canal volta com suas novelas, seu jornalismo e suas séries e desenhos japoneses. Por conta disso, é bastante comum os rumores sobre uma possível volta. Em meados de 2005, o criador da comunidade "Manchetistas" do Orkut José Nival Jr. afirmou que a Rede Manchete voltaria em 2009, no lugar da RedeTV!.
Em 2008, rolaram boatos de que uma mulher chamada Adriana Passos, compraria a Rede Manchete e a colocaria no ar de volta. Na verdade tudo não passou de um mero trote. O que aconteceu é que um perfil fake com o nome Adriana Passos entrou em uma comunidade do Orkut em novembro de 2008, anunciando que pagaria a suposta dívida de 1 Bilhão para reativar a emissora, ela se anunciou como diretora de uma multinacional, e que se encontrou com a Embratel, comprando concessão de Rede21 na parabólica analógica.
Em 2010, um perfil fake denominado "NOVATV" apareceu em comunidades do Orkut informando que há um grupo de empresários tentando reativar a massa falida da Rede e que tudo ocorre em "segredo de justiça". Passado os anos, o perfil fake nunca mais apareceu.
E partir de 2012, começaram a intensificar os boatos de que a Octávio Gardget da TV Pampa uma nova emissora chamada Manchete (pois a "Pampa" tem direitos da marca), algo que não se concretizou até agora. Um perfil fake chamado "Manchete Bloch" anunciou em seu blog, intitulado "Rede Manchete Notícias" de que Octávio, juntamente com Boni e Eike Batista, comprariam a RedeTV! por R$6 Bilhões (preço muito mais alto que o valor real da emissora) e usariam o nome Rede Manchete. Algo que também nunca se concretizou oficialmente.
Slogans
- 1983-1988: "Televisão de primeira classe."
- 1988-1991: "O Brasil passa na Manchete."
- 1991-1993: "A força de quem acredita no trabalho."
- 1993-1997: "Rede Manchete. Qualidade em primeiro lugar."
- 1998-1999: "Rede Manchete. Você em primeiro lugar."
Musicas de fundo
Essas são as musicas que foram usadas nas vinhetas e comerciais.
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