TVPedia Brasil

Caso queira contribuir, leia antes as regras do portal. São terminantemente proibidos: a cópia literal do conteúdo e da formatação da Wikipedia ou qualquer outro site, inserir conteúdo falso, fictício, ofensivo, que fujam do tema do portal e artigos vazios. A administração poderá agir contra qualquer contribuição que viole as regras.

LEIA MAIS

TVPedia Brasil
Advertisement

Sangue do Meu Sangue foi uma novela do SBT. Remake da novela homônima de 1969 da Excelsior, criada por Vicente Sesso, adaptada por Paulo Figueiredo, Rita Buzzar e Vicente Sesso, com colaboração de Ecila Pedroso. Direção de Antonino Seabra, Del Rangel e Henrique Martins e direção geral de Nilton Travesso. Exibida entre 11 de julho de 1995 e 4 de maio de 1996, em 257 capítulos, sucedendo As Pupilas do Senhor Reitor e antecedendo Razão de Viver.

Com Osmar Prado, Lucélia Santos, Jayme Periard, Tarcísio Filho, Bia Seidl, Lucinha Lins, Rubens de Falco e Tônia Carrero nos papéis principais.

Enredo[]

Em 1872, Clóvis (Osmar Prado), é um senhor sem escrúpulos que oprime negros e desvia dinheiro do banco de seu sogro Mário (Rubens de Falco). Ele é casado com Júlia (Lucélia Santos), que está envolvida na causa abolicionista, e faz todos acreditarem que a esposa tem problemas mentais por isso. Porém, quando seus atos são descobertos por Carlos (Jayme Periard), contador do banco, Clóvis encomenda sua morte. Mas Carlos sobrevive e é resgatado sem memória por uma trupe circense, vivendo por dez anos sem se lembrar de seu passado, de seus filhos, da esposa Helena (Lucinha Lins) e da amante Pola (Bia Seidl).

Quando Carlos recupera sua memória, ele retorna ao Rio de Janeiro, no anonimato, para de vingar de Clóvis e revelar todas as falcatruas deles. Mas se depara com Lúcio (Tarcísio Filho), um de seus filhos, tendo um caso com Pola, sem saber que ela foi sua amente no passado. Enquanto isso, Júlia sofre por Clóvis ter feito todos acreditarem que ela estava louca. E não pode se defender pois o marido ameaça revelar que o filho deles não é legítimo.

Elenco[]

Intérprete Personagem
Osmar Prado Clóvis Camargo
Lucélia Santos Júlia Albuquerque Soares Camargo
Jayme Periard Carlos Resende
Lucinha Lins Helena Resende
Tarcísio Filho Lúcio Resende
Bia Seidl Pola Renon
Tônia Carrero Cecile Renon
Rubens de Falco Dr. Mário Albuquerque Soares
Othon Bastos Dr. Machado
Flávia Monteiro Cínthia Resende
Delano Avelar Maurício Albuquerque Soares Camargo
Denise Fraga Natália
Jussara Freire Salomé
Jandira Martini Rebeca Camargo
Marcos Caruso Conde Giorgio de la Fontana
Bete Coelho Fernanda Porto / Fabrício
Rubens Caribé Ricardo Resende
Ewerton de Castro Lourenço
Magali Biff Suzana
Yara Lins Mariana Resende
Jandir Ferrari Arthur
Suzy Rêgo Solange
Gésio Amadeu Pedro Cesteiro
Chica Lopes Bentinha Cesteiro
Angelina Muniz Zulmira
Luiz Guilherme Conde Antônio Cerdeira
Paulo Figueiredo Major Alexandre Paranhos
Dênis Derkian Embaixador Edwaldo Paranhos
Guilherme Leme Juca Albuquerque Soares
Marcela Muniz Carolina Albuquerque Soares
Cláudia Provedel Viviane Renon
Elisa Lucinda Beatriz
Ângela Figueiredo Heloísa
Cacá Rosset Raposo
Luiz Serra Orlando Martins
Tácito Rocha Inspetor Herculano
Marco Antônio Pâmio Quinzinho Cerdeira
Newton Prado Dr. Fontes
Marcos Plonka Dr. Rui
André Garolli Leandro
Geovana Magagnin Vitória
Amorim Junior Gastão
José Netho Pedrinho

Participações especiais[]

Intérprete Personagem
Irene Ravache Isabel Bragança e Bourbon, Princesa do Brasil
Filomena Luíza Teresa Cristina de Bourbon, Imperatriz do Brasil
Silvio Band Dom Pedro II, Imperador do Brasil
Kadu Carneiro José do Patrocínio
Luciano Quirino André Rebouças
Luiz Baccelli Barão de Cerro Verde
Suzy Camacho Baronesa de Cerro Verde
Ruthinéa de Moraes Candoca
Wálter Forster Juíz Quintiliano
Rogério Márcico Tobias Barreto
Nilton Bicudo Formiga
Jiddu Pinheiro Lúcio (criança)
Wagner Santisteban Ricardo (criança)
Douglas Aguillar Maurício (criança)
Carmen Caroline Cínthia (criança)
Alana Rosseto Carolina (criança)
Cacá Pontes Quinzinho (criança)

Produção[]

O remake de Sangue do Meu Sangue, de Vicente Sesso, produzida pela Excelsior entre 1969, foi anunciado pelo SBT em janeiro de 1995. Sesso foi convidado para adaptar sua história, mas não aceitou. Com isso, a adaptação ficou a cargo de uma equipe coordenada pelo ator, diretor e roteirista Paulo Figueiredo. A princípio, não havia pretensão de mexer no texto original, porém, mudanças no enredo foram feitas como o investimento em tramas paralelas e uma maior reconstituição de fatos históricos que ocorreram no período do Segundo Reinado do Brasil. Além do aumento de personagens e diálogos com frases mais formais.

Outra mudança seria a previsão de 180 capítulos, ante aos 240 originais. A primeira fase da trama foi reduzida de 63 para 24 capítulos. Porém, devido às diversas mudanças, a novela terminou com 257, mais longa que a versão original.

Foram investidos cerca de US$42 mil por capítulo. Cenas externas foram gravadas no Rio de Janeiro, na Quinta da Boa Vista e no Jardim Botânico. E em São Paulo, no Palácio dos Campos Elíseos. No CDT da Anhanguera, foi erguida uma cidade cenográfica que reproduziu a cidade do Rio de Janeiro do século XIX. A equipe de cenografia, liderada por João Nascimento Filho, com o auxílio do diretor de arte Beto Leão, construiu vários veículos de tração animal.

A cena do duelo entre Cerdeira (Luiz Guilherme) e Lúcio (Tarcísio Filho) foi gravada na Fazenda Ferreira Guedes, em Caucaia do Alto, próximo a São Paulo. A cena do tiroteio durante uma invasão de abolicionistas na fazenda de Orlando (Luiz Serra) foi gravada, na Fazenda Floresta, em Itu. A novela contou com a ajuda da então historiadora da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, Ana Luiza Martins, na acessoria histórica. Também se destacou por promover, mais uma vez, um encontro cênico entre os atores Lucélia Santos e Rubens de Falco.

Mudanças na Equipe e Enredo[]

A novela não conseguiu repetir o êxito das tramas antecessoras da emissora em seu início. Para piorar, Vicente Sesso demonstrou publicamente seu descontentamento às mudanças feitas no enredo original. Tecendo diversas críticas para a imprensa sobre a escalação de atores e o enfoque de tramas. O que deu início a uma crise e à insatisfação da emissora pelos baixos índices de audiência.

Vicente Sesso, então, assumiu a autoria do remake após os primeiros setenta capítulos. Fazendo a emissora afastar Paulo Figueiredo e Rita Buzzar da autoria quando Sesso ameaçou entrar na Justiça para tirar a trama do ar caso a produção não fosse fiel ao seu texto. Sesso, com a colaboração de Ecila Pedroso, fez diversas modificações na história para que ela ficasse o mais fiel possível à versão original.

Dentre as mudanças, a trupe de atores saltimbancos foi eliminada da trama. Assim como Cecília (Bete Coelho), que se disfarçava de Fabrício. Com isso, Bete Coelho retornou à trama com outra personagem, Fernanda. Outros personagens tiveram seus perfis modificados e Tônia Carrero (que viveu Pola na primeira versão) foi integrada ao elenco, vivendo Cécile Renon.

A abertura também foi mudada, a primeira fazia referência à Lei do Ventre Livre, enquanto a segunda apenas mostrava cenas com os personagens da trama.

Essas mudanças, porém, espantaram ainda mais o público, fazendo a audiência despencar. Atores como Lucélia Santos, Marcela Muniz e Delano Avelar ficaram insatisfeitos com os rumos de seus respectivos personagens. Osmar Prado, em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, durante a exibição da reta final da trama, fez críticas a Vicente Sesso e saiu em defesa de Rita Buzzar e Paulo Figueiredo. O ator declarou que o autor tentou agir como um "salvador da pátria", que foi "irresponsável", "inescrupuloso" e "muito deselegante com atores e adaptadores".

Outro fator que contribuiu para a derrocada na audiência foi a tentativa do SBT, mudando o horário de exibição constantemente.

Advertisement