Sassaricando foi a 39ª novela das 19h da Globo. Escrita por Silvio de Abreu, com direção de Cecil Thiré, Lucas Bueno e Miguel Falabella, direção geral de Cecil Thiré e Atílio Riccó, e direção de supervisão e núcleo de Daniel Filho. Exibida entre 9 de novembro de 1987 e 11 de junho de 1988, em 184 capítulos, sucedendo Brega & Chique e antecedendo Bebê a Bordo.
Com Paulo Autran, Tônia Carrero, Eva Wilma, Irene Ravache, Edson Celulari, Maitê Proença, Jandira Martini, Carlos Zara e Lolita Rodrigues.
Enredo[]
Aparício Varella (Paulo Autran) é casado com a rica Teodora Abdalla (Jandira Martini), com quem casou trinta e quatro anos antes para dar um golpe do baú e subir de vida. Ele divide a presidência da Tecelagem Abdalla junto com Teodora. Mas é ela quem dá as ordens, tanto nos negócios quanto no casamento. E criou a filha do casal a sua imagem e semelhança
Em determinado momento, Aparício reencontra Rebeca (Tônia Carrero), seu grande amor do passado que largou para se casar com Teodora. E finge ser um humilde faxineiro para ela após descobrir o plano dela. Rebeca é uma estilista falida que se uniu a duas amigas, igualmente falidas: a divorciada Penélope (Eva Wilma) e a atriz Leonora (Irene Ravache). A ideia das três e encontrarem um marido milionário. Aquela que conseguisse primeiro, ajudava as outras.
Além de Rebeca, Aparício tenta conquistar Penélope e Leonora para fracassarem no plano. Seu objetivo é que elas não cometam o erro que ele cometeu de se casar por dinheiro e viver infeliz. Mas após a morte de Teodora, Aparício passa a ser atormentado pelo espírito dela. Paralelamente, a feirante Aldonza (Lolita Rodrigues), que criou sozinha seus filhos após o desaparecimento do marido. O homem apenas deixou pistas ligadas à família Abdalla, levado levando a crer que Aparício foi o responsável pela morte do homem.
Elenco[]
Intérprete | Personagem |
---|---|
Paulo Autran | Aparício Varela (Cicinho)/Sir Edward Whitehurst |
Tônia Carrero | Rebeca Rocha (Bebé)/falsa Rebeca Rocha (Rebeca Zaidan) |
Eva Wilma | Penélope Bacellar (Pê) |
Irene Ravache | Maria Leonora Piedade da Silva (Leonora Lammar) |
Cláudia Raia | Constância Gutierrez de Pádua (Tancinha) |
Alexandre Frota | Apolo dos Santos Arruda |
Marcos Frota | Carlos Alberto Bacellar (Beto) |
Edson Celulari | Jorge Miguel Gutierrez de Pádua (Guel) |
Maitê Proença | Camila Abdala Varela |
Cristina Pereira | Fedora Abdala Varela (Fefê)/Fedora Abdala Raposo |
Diogo Vilela | Leonardo Raposo (Leozinho / Raposão) |
Jandira Martini | Teodora Abdala Varela |
Angelina Muniz | Isabel Gutierrez de Pádua (Bel) |
Lourival Pariz | Bóris Aidan / Achid Calux (Ela) |
Lolita Rodrigues | Aldonza Gutierrez de Pádua |
Rômulo Arantes | Adônis dos Santos Arruda |
Denise Milfont | Juana Gutierrez de Pádua |
Maria Alice Vergueiro | Lucrécia Abdala Varela |
Laerte Morrone | Aprígio Varela/Horaccio Bentura |
Ileana Kwasinski | Fabíola Abdala Macedo |
Alexandre Lippiani | Otávio Abdalla Macedo (Tavinho) |
Roberto Bataglin | Tadeu da Silva Pereira |
Marcela Muniz | Diana dos Santos Arruda |
Stella Freitas | Dinalda Barbosa |
Aldine Müller | Brigitte de Carvalho Queirós |
Marco Miranda | Ariovaldo Almeida Prado |
Ney Santanna | Nicodemus Pantaleão (Nico) |
Jorge Lafond | Bruno Ramos Cursino (Bob Bacall) |
Carlos Zara | Ricardo de Pádua |
Cecil Thiré | São Sinfrônio |
Etty Fraser | Felícia Foster Santana |
Heloisa Raso | Kitty Borges (The Cat) |
Mauricio Alves | Maurício |
Marcelo Daltio | Dinílson Machado (Dininho) |
Bárbara Thiré | Beatriz Mendes (Bia) |
Roberto Lopes | Dr. (Delegado) Farnésio |
Participações Especiais[]
Intérprete | Personagem |
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Adelaide Palete | Dona Ilse |
Aldo Delano | Seu Josué |
Ana Ariel | Dona Josefá |
Ana Maria Sagres | Dona Marcia |
Andréa Martins | Modelo |
Rogério Fróes | Marcos Bacelar |
Marilena Cury | Lalume Abdala Adib |
Antônio Abujamra | António Marcos (Totó) |
Antônio Pedro | Detetive Carlos Sampaio |
Benjamin Cattan | Inspetor Mário Della Costa |
Bia Montez | Flávia |
Carlos Capeletti | Ferdinando |
Célia Biar | Kitéria Moreira (Dona Kiki) |
César Filho | Ciro Antônio |
Paulo César Grande | Luís Alberto |
Daisy Tenório | Jurema Passos |
Charles Myara | Joalheiro |
Eliete Cigarini | Roberta Barreto |
Ênio Santos | Delegado Josias Camargo |
Lucas Bueno | Delegado |
Fernanda Montenegro | Ela Mesma |
Fernando José | Delegado Ricardo Máximo |
Francisco Nagem | Locador |
Augusto Olímpio | Fumacinha |
Guilherme Corrêa | Dr. Jamal |
Raul Gazola | Rubens Arantes / Rubinho |
Sérgio Britto | Luís Guilherme |
Tony Ramos | Ele mesmo |
Produção[]
Silvio de Abreu foi convocado para escrever a novela sucessora de Brega e Chique na faixa das 19h, após Bebê a Bordo ter sido reprovada. Como não pôde contar com a direção de Jorge Fernando, que estava em Brega & Chique e dirigiu outras novelas de Silvio, foram escalados o diretor Atílio Riccó e o ator Cecil Thiré. Miguel Falabella também faz parte da equipe de direção, mas deixou o trabalho pouco antes do fim insatisfeito com o trabalho. Foi a única vez em que ele dirigiu uma novela.
O autor usou vários filmes como inspiração para tramas, cenas e personagens. A trama de Rebeca (Tônia Carrero), Penélope (Eva Wilma) e Leonora (Irene Ravache) foi inspirada no filme "Como Agarrar um Milionário". O sobrenome de Leonora foi uma referência à atriz austríaca Hedy Lamarr, e o de Bob (Jorge Lafond), à atriz americana Lauren Bacall. O nome de Fedora (Cristina Pereira) foi inspirado em um filme de mesmo nome e o de Lucrécia (Maria Alice Vergueiro) em Lucrécia Bórgia. Guel (Edson Celulari) foi uma homenagem do autor a Guel Arraes.
A grafia correta do título é "saçaricando", mas foi usada a liberdade criativa para que o nome da novela tivesse "ss" em vez de "ç". Uma vez que o título da trama foi inspirado na marchinha homônima, que era escrita com "ss". Essa marcinha, originalmente foi composta em 1952, por Luís Antônio, Zé Mário e Oldemar Magalhães, para a peça de teatro de revista “Eu Quero Sassaricá”, de Walter Pinto. Rita Lee e Roberto de Carvalho regravaram a canção para a abertura.
Um dos principais destaques da novela foi a personagem Tancinha (Cláudia Raia), feirante filha de Aldonza (Lolita Rodrigues), que falava sempre errado e ficava dividida entre o amor de Beto (Marcos Frota) e Apolo (Alexandre Frota). Silvio de Abreu se inspirou em uma pessoa real que conheceu e falava errado e criou pensando em Raia como intérprete. A atriz teve aulas de prosódia para fazer o sotaque italiano e inventou palavras erradas para a personagem falar em cena.
Cláudia Raia, Cristina Pereira e Diogo Vilela gravavam a novela ao mesmo tempo em que gravavam para o humorístico TV Pirata, no qual eles faziam parte do elenco. Raia interpretou ela mesma no último capítulo contracenando com Alexandre Frota, com quem se casou na vida real. Os diretores Cecil Thiré e Lucas Bueno fizeram participações na trama. Cecil, como São Sinfrônio, o santo de Aparício (Paulo Autran); e Lucas, como um delegado.
A trama fez citações e referências a outras novelas escritas por Silvio de Abreu, Guerra dos Sexos (1983) e Cambalacho (1986). Também de outros autores, como Roque Santeiro (1985) e Elas por Elas (1982). E até de outras emissoras, como Mulheres de Areia (1973) e As Divinas… e Maravilhosas (1973) da Tupi e Dona Beija (1986) da Manchete. A personagem Tancinha era abertamente noveleira.
No primeiro capítulo, de 9 de novembro de 1987, Juana (Denise Milfont) disse a sua irmã Tancinha que ela falava pior que o rapaz da novela que acabou no sábado. O rapaz era Bruno (Cássio Gabus Mendes) de Brega & Chique. No capítulo 55, de 9 de janeiro de 1987, Ricardo (Carlos Zara) pergunta se Camila (Maitê Proença) é "Ruth ou Raquel". Uma referência à Carlos Zara ter feito o mocinho de Mulheres de Areia. Fabíola (Ileana Kwasinsky) contratou um detetive para procurar Tavinho (Alexandre Lipiani) e que era apenas citado. Seu nome era Mário Cury, o Mário Fofoca de Elas por Elas, e que havia sido indicado por alguém chamado Cassiano G.M. (uma referência ao autor de Elas por Elas, Cassiano Gabus Mendes). No capítulo 162, de 16 de maio 1988, Lucrécia disse que não queria perder o primeiro capítulo de Vale Tudo, que estreava naquela noite.
A mansão da família Abdalla ficava em um imóvel na Estrada da Gávea Pequena, 1077, no Alto da Boa Vista, Rio de Janeiro. Lugar que serviu de locação para diversas novelas.
Foi a última novela de Paulo Autran. Descontente com os personagens que lhe ofereciam na televisão, o ator preferiu se dedicar apenas ao teatro e cinema, fazendo apenas pequenas participações na TV. Na trama, foi a primeira vez que Lolita Rodrigues pôde fazer uma cena de beijo, após se separar de Ayrton Rodrigues. No último capítulo, Aldonza e Ricardo se beijaram.
Reprises[]
Foi reprisada no Vale a Pena Ver de Novo entre 9 de julho de 1990 e 11 de janeiro de 1991, em 135 capítulos, sucedendo Roda de Fogo e antecedendo Top Model. Marcou 18,59 Pontos de média geral de audiência.
No Viva, foi reprisada na íntegra na faixa das 14h30 entre 8 de setembro de 2020 e 10 de abril de 2021, sucedendo Brega & Chique (sua antecessora original) e antecedendo O Salvador da Pátria. Em 24 de maio de 2021, foi disponibilizada na íntegra pelo Globoplay.
Entre 27 de novembro de 2023 e 9 de agosto de 2024, foi reprisada pelo canal Viva 80 Fast do Globoplay, um canal gratuito disponível no streaming. Com exibição de capítulos inéditos às 20h15, com reapresentações em outros seis horários durante o resto do dia, antecedendo Brega & Chique.
Haja Coração[]
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Um reboot da novela foi ao ar entre 31 de Maio e 8 de Novembro de 2016, em 138 capítulos. Escrita por Daniel Ortiz, com supervisão de Silvio de Abreu e direção de Fred Mayrink. Nesta adaptação, a trama principal foi a de Tancinha, vivida no reboot por Mariana Ximenes, com João Baldasserini interpretando Beto e Malvino Salvador interpretando Apolo. Também contou com Tatá Werneck como Fedora, Alexandre Borges como Aparício, Malu Mader como Rebeca, Carolina Ferraz como Penélope e Ellen Rocche como Leonora.
Em Portugal, a SIC exibiu a novela com o título de "Sassaricando: Haja Coração".