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Selva de Pedra foi a 35ª novela das 20h da Globo. Remake da novela homônima de 1972, de Janete Clair, adaptada por Regina Braga e Eloy Araújo. Com direção de Walter Avancini, Dennis Carvalho, Ricardo Waddington e José Carlos Pieri, direção geral de Walter Avancini e Dennis Carvalho e direção artística de Paulo Ubiratan. Exibida entre 24 de fevereiro e 22 de agosto de 1986, em 155 capítulos, sucedendo Roque Santeiro e antecedendo Roda de Fogo.

Com Tony Ramos, Fernanda Torres, Christiane Torloni, Miguel Falabella, José Mayer, Walmor Chagas, Sebastião Vasconcelos e Yara Lins nos papéis principais.

Enredo[]

Na fictícia cidade de Duas Barras, no interior do Rio de Janeiro, o humilde Cristiano Vilhena (Tony Ramos) é acusado injustamente de matar um playboy, após após uma briga dos dois. Ela é ajudada pela artista plástica Simone Marques (Fernanda Torres), que sabe da inocência do moço e testemunha a favor dele. Com o tempo, Cristiano e ela se envolvem amorosamente.

O casal, decidido a mudar de vida, vão para a capital do estado, casam-se e vão morar na Pensão Palácio. Cristiano passa a trabalhar para seu tio Aristides Vilhena (Walmor Chagas), dono do estaleiro Celmu S.A., e Simone pensa em um futuro melhor como artista plástica. Na pensão, Cristiano se torna amigo do malandro mau-caráter Miro (Miguel Falabella), que o influencia a se aproveitar da bondade do tio para subir de de vida e de cargo no estaleiro.

Cristiano conhece Fernanda (Christiane Torloni), noiva de seu primo Caio (José Mayer) e acionista do estaleiro, e aos poucos se envolve com ela. Dividido entre duas mulheres, ele é pressionado a deixar Simone e se casar com Fernanda. Enquanto Fernanda deixa Caio para se casar com Cristiano, Miro arma a morte de Simone. Perseguindo-a em uma rodovia e fazendo-a sofrer um grave acidente de carro e ser dada como morta.

A notícia da morte de Simone abala Cristiano, que desiste do casamento com Fernanda e a abandona no altar. Fernanda, então, decide se vingar do ex-noivo passa a atrapalhá-lo em todos os seus negócios, enlouquecendo com sua obsessão por ele. Tempos depois, Simone reaparece, após sobreviver ao acidente. Com um visual diferente e se passando por Rosana Reis, uma irmã falecida. Ela despreza Cristiano por achar que ele provocou o seu acidente, mas Cristiano continua sendo acusado de um assassinato e apenas o testemunho de Simone pode livrá-lo da prisão. Enquanto isso, Miro e Fernanda fazem de tudo para atrapalhar a reaproximação do casal.

Elenco[]

Intérprete Personagem
Tony Ramos Cristiano Vilhena
Fernanda Torres Simone Marques / Rosana Reis
Christiane Torloni Fernanda Arruda Campos
Miguel Falabella Argemiro Tavares (Miro)
José Mayer Caio Vilhena
Walmor Chagas Aristides Vilhena (Tide)
Sebastião Vasconcelos Sebastião Vilhena (Sessé)
Yara Lins Berenice Vilhena
Iara Jamra Diva Vilhena
Otávio Augusto Jorge Moreno
Maria Zilda Bethlem Laura Vilhena
Nicette Bruno Fanny Samar
Stênio Garcia Mestre Pedro
Beth Goulart Cíntia Vilhena
Deborah Evelyn Flávia Moreno
Rogério Márcico Francisco Marques (Chico)
Reinaldo Gonzaga Marcelo
Juliana Carneiro da Cunha Walkíria Medeiros de Albuquerque
André Di Mauro Guido Salermo Amadeu
Marilena Ansaldi Vivian Arruda (Viví)
Sura Berditchevsky Kátia
Márcia Rodrigues Madame Katsuki
Odilon Wagner Joseph Blain
Ângela Figueiredo Beatriz
Neuza Caribé Zélia Vilhena (Zelinha)
André Valli Pipoca
Tássia Camargo Joana / Jane
Stepan Nercessian José Ambrósio ()
Tânia Loureiro Olga
Regina Macedo Dona Maria Amélia
Paulo Hesse Isaac
Sérgio Ropperto Abude
Aracy Cardoso Irene
Lisa Vieira Clarice
Ênio Santos José Neves
Joyce de Oliveira Sofia Neves
Henri Pagnoncelli Horácio Delgado
Jacyra Silva Marlene
Sebastião Lemos Pepe Maravilha
Neuza Borges Creusa
Paulo Pinheiro Vitório
Glória Cristal Terezinha
Lutero Luiz Padre Jaime
Roney Villela Júnior
Betty Goffman Monique
David Massena Tonico
Kakao Balbino Hélio Almeida
Ana Sophia Sarah Fátima
Igor Roberto Lage Luís Carlos Vilhena (Tico)

Participações especiais[]

Intérprete Personagem
Roberto Bataglin César
Othon Bastos Delegado Orestes
Vicente Barcellos Dr. Felipe
Ana Maria Sagres Jandira
Narjara Turetta Madalena Ribeiro (Lena)
Raul Gazolla Oswaldo
Maria Zenaide Aracy
Isabela Reinert Lucia Rangel
Luca de Castro Antunes
Adriano Reys Promotor
Anilza Leoni Ex-vedete
Almir Cabral Homossexual
Auricéia Araujo Eulália
Jonas Bloch Werner
Carlos Seidl Médico
Diana Morel Ex-vedete
Fábio Pillar Mauro
Hélio Guerra Jardineiro
Kazé Aguiar Namorado de Walkíria
Suzana Faini Dra. Ana Fróes
Íris Bruzzi Ex-vedete
Mário Polimeno Amadeu
Luiz Magnelli Delegado Vieira
Nélia Paula Ex-vedete
Kleber Drable Bartolomeu Fagundes Madureira
Mauro Russo Porteiro
Virgínia Lane Ex-vedete
Irma Alvarez Ex-vedete
Marcos Possidente Nando
Miguel Rosemberg Polidoro Montecarlo (Poli)
Marcelo Ibrahim Gastão Neves
Nicolino Cupello Gino Ponte
Francisco Dantas Perez Maldonado
Francisco Nagen Maneco
Ivo Fernandes Comissário Ribeiro
Maria Alves Maria
Marcelo Galdino Carlos
Paulo Villaça Juiz
Paulo Leite Gerente do hotel
Maria Zenaide Araci
Ricardo Batista Comissário Torres
Silveirinha Juiz de paz
Suzana Saldanha Assunta
Yaçanã Martins Enfermeira
Zeni Pereira Feirante

Produção[]

Pela primeira vez, o horário das 20h contou com um remake. Algo comum nos horários das 18h e 19h, na época, mas não no horário nobre. A Globo pretendia exibir uma novela que pudesse manter a alta audiência deixada pelo fenômeno de Roque Santeiro. Foram cogitadas: Barriga de Aluguel de Glória Perez, que foi engavetada por ser considerada ousada demais para a época; e Cambalacho de Silvio de Abreu, que foi remanejada para às 19h por ter uma trama cômica.

Por fim, decidiu-se produzir um remake de Selva de Pedra, um dos maiores clássicos da televisão brasileira. Escrita por Janete Clair e exibida em 1972, que por sua vez foi inspirada no romance "Uma Tragédia Americana" e no filme "Um Lugar ao Sol".

Originalmente, Lucélia Santos era a preferida para viver Simone, mas a atriz foi remanejada para protagonizar Sinhá Moça. A escolhida foi Fernanda Torres, filha de Fernanda Montenegro que havia feito trabalhos de menor expressão na televisão até então, mas que estava em evidência no cinema nacional e havia ganho um prêmio em Cannes. Sônia Braga foi cotada para viver Fernanda, mas a escolhida foi Christiane Torloni por se destacar protagonizando A Gata Comeu.

A escalação de Miguel Falabella foi um convite de Walter Avancini que queria para o personagem Miro um perfil diferente do original. Anteriormente, o diretor convidou Ney Latorraca, que recusou o papel. Silvia Buarque também foi convidada por Avancini, para viver Lara, e gravou algumas cenas durante quase um mês. Mas Daniel Filho impôs que Maria Zilda Bethlem ficasse com o papel e Silvia teve que deixar o elenco. Stênio Garcia aproveitou a experiência que teve ao trabalhar em Final Feliz (1983) para compor o personagem Mestre Pedro.

Por ironia do destino, o ator Marcelo Ibrahim, que viveu Gastão, o playboy morto durante a brica com Cristiano (Tony Ramos) no primeiro capítulo, faleceu na vida real. Em 3 de julho de 1987, enquanto a novela ainda estava no ar, vítima de infecção generalizada. Ele tinha 23 anos de idade.

Havia diferenças entre as duas versões da trama. Personagens foram substituídos por outros, alguns mudaram de nome, e outros foram criados apenas no remake. O advogado de Cristiano na primeira versão, foi uma advogada na segunda. Suzana Faini, Francisco Dantas, José Steimberg, Francisco Silva, Luís Magnelli e Miguel Rosemberg, atuaram em ambas as versões. Na primeira versão, Simone se disfarçava de Rosana usando uma peruca loira. Na segunda, a protagonista usava penteado e roupas sofisticadas, além de lentes de contato azuis.

Walter Avancini (o diretor da primeira versão) dirigiu os primeiros vinte capítulos, apresentando uma estética sombria, inspirada em filmes italianos Neorrealistas. Depois, foi substituído por Dennis Carvalho na direção geral, que trouxe uma estética mais solar e com momentos de humor, por intervenção do diretor artístico Paulo Ubiratan. Dennis deixou a direção antes do fim para cuidar da sucessora Roda de Fogo, deixando a função para Ricardo Waddington e José Carlos Pieri.

A troca de diretores ficou refletida nos cortes de exibição de capítulos. Para acelerar a exibição dos capítulos com a direção de Dennis Carvalho, seis capítulos escritos foram compactados em um só. Os capítulos de 16 a 21, foram exibidos em 14 de março de 1986. Os capítulos 58 e 59 foram exibidos em um só, em 26 de abril do mesmo ano, adiantando a cena do acidente de Simone (Fernanda Torres) que aconteceu no original capítulo 60 (exibido em 28 de abril). De forma que a novela foi exibida durante 155 dias, com 160 capítulos escritos.

Além das costumeiras intervenções da Censura Federal em cenas e diálogos, que pediu moderação nas cenas amorosas, o público reagiu negativamente à relação entre Fernanda (Christiane Torloni) e Cíntia (Beth Goulart). As cenas iniciais sugeriam que elas tinham um relacionamento homoafetivo, e com isso, os autores tiveram que reformular as cenas.

A abertura, onde edifícios brotavam de um chão árido e refletiam imagens dos personagens e de um relógio da marca Champion (ação publicitária), foi feita pela equipe de Hans Donner através de maquetes. Para a parte final, foram feitas a mão 2.800 miniaturas de prédios que formavam o rosto de Tony Ramos. No primeiro capítulo, o tema de abertura foi "Demais" de Verônica Sabino. A partir do segundo, foi substituída por uma versão instrumental de “Rock And Roll Lullaby” (tema do casal principal na versão original) produzida por Mariozinho Rocha com arranjos de Geraldo Vespar. A mudança foi uma determinação de Boni, que a princípio não queria a música fazendo parte da trilha do remake, mas que mudou de ideia após o primeiro capítulo.

Embora tivesse uma repercussão fraca para os padrões do horário a época, tivesse uma recepção negativa pela crítica especializada e fosse considerada um "fracasso", ficando aquém do fenômeno que foi a versão original, o remake manteve índices próximos aos de Roque Santeiro. Houve críticas à atuação de Fernanda Torres como protagonista, e este foi o último trabalho dela em novelas até então. Nos anos seguintes, a atriz deu declarações bem humoradas sobre seu desconforto com o papel.

Reprise[]

Foi reprisada na faixa das 14h30 do Viva na íntegra entre 22 de agosto de 2019 e 18 de fevereiro de 2020, sucedendo Terra Nostra e antecedendo por Brega & Chique. Em 4 de dezembro de 2020, durante uma live no Instagram com a atriz Maria Padilha, Maria Zilda Bethlem demonstrou sua insatisfação por receber apenas R$237 pelos direitos de imagem da reprise no Viva e confirmou que os atores ganham um valor maior pelas reprises do Vale a Pena Ver de Novo. A declaração repercutiu nas redes sociais. Em 10 de outubro de 2022, foi disponibilizada na íntegra pelo Globoplay, com os capítulos numerados na ordem em que foram escritos.

Entre 15 de julho de 2024 e 10 de janeiro de 2025, foi reapresentada na íntegra na faixa das 18h do canal Viva Fast 80 do Globoplay, sucedendo Baila Comigo.

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