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Sinhá Moça foi a 32ª novela das 18h da Globo. Escrita por Benedito Ruy Barbosa, baseada no romance homônimo de Maria Dezonne Pacheco Fernandes. Com direção de Reynaldo Boury e Jayme Monjardim. Exibida entre 28 de abril e 14 de novembro de 1986, em 172 capítulos, sucedendo De Quina pra Lua e antecedendo a reprise de Locomotivas, que por sua vez antecedeu Direito de Amar.

Com Lucélia Santos, Marcos Paulo, Elaine Cristina, Patrícia Pillar, Daniel Dantas, Raymundo de Souza e Rubens de Falco nos papéis principais.

Enredo[]

Em 1886, após concluir seus estudos em São Paulo, a jovem Sinhá Moça (Lucélia Santos) volta à sua terra-natal, a fictícia cidade de Araruna, no interior. Lugar marcado pelo confronto entre monarquistas e republicanos. Durante a viagem de trem, conhece o advogado Rodolfo (Marcos Paulo), com quem se identifica, pelos ideais abolicionistas e pela luta em defesa dos negros.

Sinhá Moça é filha do poderoso fazendeiro Barão de Araruna (Rubens de Falco), ferrenho escravocrata, e de Cândida (Elaine Cristina). O Barão era contra a filha estudar pois desejava que ela se casasse e tivesse filho, ao mesmo tempo que ela critica as atitudes. Junto a Rodolfo e outros abolicionistas, ela luta ativamente contra a escravidão, invadindo senzalas à noite e libertando os negros.

Outro abolicionista é Dimas (Raymundo de Souza), um jornalista que foi um ex-escravo alforriado que pretende destruir o Barão, seu verdadeiro pai, fruto de um caso com uma escrava, que o vendeu ainda criança.

Elenco[]

Intérprete Personagem
Lucélia Santos Maria das Graças Ferreira (Sinhá Moça)
Marcos Paulo Rodolfo Garcia Fontes
Rubens de Falco Coronel José Ferreira, Barão de Araruna
Elaine Cristina Cândida Ferreira, Baronesa de Araruna
Mauro Mendonça Dr. Geraldo Fontes
Neuza Amaral Inez Garcia Fontes
Daniel Dantas Ricardo Garcia Fontes
Patrícia Pillar Ana Luísa Teixeira (Ana do Véu)
Norma Blum Nina Teixeira
José Augusto Branco Manoel Teixeira
Raymundo de Souza Dimas / Rafael
Luciana Braga Juliana Castroneves
Chica Xavier Virgínia, a Bá
Luiz Carlos Arutin Augusto Castroneves
Cláudio Corrêa e Castro Dr. João Amorim
Antônio Pompeo Justino
Gésio Amadeu Fulgêncio
Milton Gonçalves Pai José
Cosme dos Santos Bastião
Grande Otelo Justo de Sá
Tony Tornado Justo de Sá Filho (Capitão-do-Mato)
Valter Santos Feitor Bruno
Tarcísio Filho Mário Batista
Tato Gabus Mendes José Coutinho
Sérgio Viotti Frei José
Cláudio Mamberti Delegado Antero
Ruth de Souza Balbina
Solange Couto Adelaide de Jesus
Ivan Mesquita Raul Coutinho
Nizo Neto Nino
Denis Derkian Renato Nogueira
Ênio Santos Inácio
Jacyra Sampaio Ruth
Canarinho Pai André Zamemba
Zeni Pereira Mãe Maria Zamemba
Fernando Almeida Felipe Zamemba
Paulo Barbosa Tonhão Zamemba
Daisy Nascimento Nena Zamemba
Germano Filho Everaldo Batista
Augusto Olímpio Bobó
Renato Prieto Felipe Vila
José Prata Bentinho
Fernando José Martinho

Participações especiais[]

Intérprete Personagem
Aguinaldo Rocha Tibúrcio
Alciro Cunha Nogueira
Aldo Bueno escravo
Alexandre Morenno escravo
Antônio Francisco Honório
Ataíde Arcoverde Robusto
Auricéia Araújo Dona Irma
César Augusto soldado
Christovam Netto Tobias
Enock Batista soldado na delegacia
Dhu Moraes Maria das Dores
Evandro Leandro auxiliar de Bruno
Francisco Nagen escravocrata
Henri Pagnoncelli Eduardo
Ibañez Filho escravocrata
Joel Silva Pedro
Jorge Coutinho pai de Bentinho
Jorge de Jesus escravo
Lizandra Souto Sinhá Moça (criança)
Miguel Rosemberg fiscal do trem
Nelson Soares Gomes escravo
Newton Martins Viriato
Onofre José
Paulo Nunes soldado
Paulo Pinheiro agente
Romeu Evaristo escravos
Selton Mello Rafael (criança)
Thiago Justino escravo
Wilson Rabello escravo

Produção[]

Adaptação homônima do livro de 1950, escrita por Maria Dezonne Pacheco Fernandes, repetiu a dupla de Escrava Isaura (1976), Lucélia Santos e Rubens de Falco, como mocinha e vilão. Desta vez, como filha e pai. Benedito Ruy Barbosa recebeu carta branca para cuidar da adaptação, que era sua ideia, e abordou com maior ênfase a questão da escravidão no Brasil, que no livro era apenas pano de fundo para o romance dos protagonistas, para que a história pudesse render uma novela inteira. Trinta personagens foram criados especialmente para a novela, além de momentos da adaptação em filme do romance lançado em 1953.

O sucesso de Escrava Isaura, e com Lucélia e Rubens nos papéis principais, foi um chamariz para que emissoras de cinquenta países estivessem interessadas em comprá-la antes mesmo dela estrear no Brasil. Porém, originalmente, Benedito Ruy Barbosa queria Giulia Gam para viver a protagonista, em vez de Lucélia Santos. Jacyra Sampaio inicialmente interpretaria Bá, mas foi substituída por Chica Xavier e remanejada para o papel de Rute. Ruth de Souza pediu para fazer uma participação especial e ganhou o papel de Balbina. Ela havia atuado no filme de 1953.

Gravada nos estúdios da Herbert Richers. Com cidade cenográfica erguida em Guaratiba, reaproveitando partes do cenário de Roque Santeiro (1985), reproduzindo uma cidade do interior paulista do século XIX e construindo uma senzala. Foram gravadas cenas em São João Del Rei, Minas Gerais (em um trem, no primeiro e outros capítulos), Nas cidades de Conservatória e Miguel Pereira, no interior do Rio de Janeiro. Em Itatiaia, onde a fazenda Veneza serviu de locação para a fictícia fazenda do Barão de Araruna (Rubens de Falco). No Parque Lage, no Jardim Botânico, foram gravadas as cenas em que Ana do Véu (Patrícia Pillar) revela seu rosto.

Benedito Ruy Barbosa atrasou na entrega de alguns capítulos durante um período em que esteve com gripe. Lucélia Santos e Marcos Paulo foram atacados por um enxame de abelhas durante uma gravação. Rubens de Falco caiu de um cavalo e Raymundo de Souza saiu das gravações e foi levado ao hospital, onde foi internado com pneumonia.

O tema de abertura era originalmente um poema composto por Maysa Matarazzo, e Jayme Monjardim, seu filho, pediu para que Ivan Lins o transformasse em música. A Globo queria Leila Pinheiro cantando, mas Ivan decidiu por Fafá de Belém, que pediu para cantar após se apaixonar pela canção.

A novela foi sucedida por uma reprise de Locomotivas (1977) durante três meses. Isso devido a problemas que a Globo teve com o SATED-RJ, que reivindicava uma jornada de trabalho não superior a 6 horas aos profissionais, o que interrompeu temporariamente as gravações de Direito de Amar.

O capítulo 48 que seria exibido no dia 21/06/86 não foi ao ar devido ao jogo Brasil x França pela Copa do Mundo de 1986, o capítulo foi ao ar no dia 23/06/86 sendo assim a novela teve 172 capítulos em vez dos 173 capítulos previstos.

Reprises[]

Foi reprisada pelo Vale a Pena Ver de Novo entre 15 de março e 2 de julho de 1993, em 79 capítulos, sucedendo Barriga de Aluguel e sucedendo Bebê a Bordo. Marcou 23,68 Pontos de média geral de audiência.

No Viva, foi reprisada na íntegra na faixa das 14h30 entre 29 de janeiro e 16 de agosto de 2018, sucedendo sucedendo Fera Radical e antecedendo Baila Comigo.

Remake[]

O remake da novela foi ao ar na faixa das 18h entre 13 de março e 14 de outubro de 2006, em 185 capítulos. Adaptada por Edmara Barbosa e Edilene Barbosa, filhas de Benedito Ruy Barbosa, com direção geral de Rogério Gomes e direção de núcleo de Ricardo Waddington.

Com Débora Falabella como Sinhá Moça, Danton Mello como Rodolfo, Osmar Prado como Barão de Araruna e Eriberto Leão como Dimas

Trilha Sonora[]

  1. Sinhaninha - Ronnie Von (tema de Sinhá Moça)
  2. Zumbi, A Felicidade Guerreira - Gilberto Gil (tema dos escravizados)
  3. Ai Quem Me Dera - Clara Nunes (tema de Ana)
  4. Minha Aldeia - Sérgio Souto (tema de Rafael)
  5. Papo De Passarim - Cláudio Nucci e Zé Renato (tema de Mário)
  6. Depois Da Primeira Vez - Toninho Negreiro (tema de Juliana)
  7. Pra Não Mais Voltar - Fafá de Belém (tema de abertura)
  8. Ginga Angola - Roberto Ribeiro (tema geral)
  9. Oração Nos Matagais - Altay Veloso (tema de Sinhá Moça e Rodolfo)
  10. Companheiros - Denise Emmer (tema de Rodolfo)
  11. Na Ribeira Deste Rio - Dori Caymmi (tema do Barão de Araruna)
  12. Amor De Papel - Vicente Barreto (tema de Adelaide)
  13. Camará - Walter Queiróz (tema de Justino)
  14. Aventureiro - Antônio Carlos e Jocafi (tema de Ricardo)
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