TV Jornal do Brasil (conhecida como TV JB) foi uma rede de televisão aberta comercial.
Antecedentes[]
Desde os anos 1950, o Jornal do Brasil pretendia ter sua própria emissora de TV. Sua primeira tentativa de concessão se deu no final da década, porém acabou sendo barrada pelo governo. Em 1961 foi feita uma nova solicitação ao então presidente Jânio Quadros, porém como ele renunciou, não foi adiante. Durante anos o grupo tentou concessões, sem êxito algum.
Em 2006 rumores indicavam uma possível venda da CNT à CBM (Companhia Brasileira de Multimídia).
Algumas semanas depois foi anunciado que Flávio Martinez, dono da CNT iria arrendar a grade de sua emissora para o empresário Nelson Tamure, por cerca de R$ 3mi por mês, durante cinco anos.
Em setembro de 2006, a CBM assumiu a gestão do canal, sem nenhuma mudança aparente. Em novembro são anunciadas as contratações de Boris Casoy e Clodovil Hernandes, e no mês seguinte é transmitido o Mundial Interclubes.
Em fevereiro ainda sob a marca de CNT/JB são transmitidos os desfiles das Escolas de Samba do Grupo de Acesso A, do Rio de Janeiro. Em março os programas da CNT são extintos de vez.
Inauguração, crise e fim[]
Inaugurada oficialmente em 17 de abril de 2007 no Rio de Janeiro, era comandada por Nelson Tamure
Sua programação própria tinha seis horas de duração, das 18h às 00h. Além de sua matriz carioca, a emissora também teve escritórios em Brasília e São Paulo. Seu nome foi inspirado no jornal homônimo, pertencente ao grupo, fundado em 1891.
Com um pouco mais de 1 mês no ar, os funcionários já reclamavam das finanças da emissora. Em 25 de maio, uma equipe jornalística sofre um assalto no Complexo do Alemão no Rio de Janeiro.
Em junho é revelado que sua audiência é de apenas 0.1 ponto no Ibope, com a emissora justificando seu sinal fraco como motivo.
No mesmo mês a novela portuguesa Coração Navegador é tirada do ar sem motivo aparente, deixando a trama sem um final exibido. No dia 27 é inaugurado um novo transmissor no Rio de Janeiro.
Em julho Clodovil também é demitido após desavenças com a produção do seu programa. Nesta época o arrendamento do canal e dos estúdios de gravação deixam de ser pagos.
Em agosto já passando por uma forte crise, a programação muda constantemente, e mesmo assim não reage em audiência, e seu proprietário decide encerrar o contrato judicialmente.
Em 3 de setembro é anunciada a contratação de Sérgio Mallandro, porém seu programa foi cancelado antes mesmo da estreia.
Em 5 de setembro de 2007, seu sinal é cortado após uma liminar da justiça solicitada pela CNT. No mesmo dia a TV JB entra no ar novamente pela recém criada Rede Brasil, tendo sua inauguração oficial no dia 10, durando apenas uma semana no ar, pois em 17 de setembro, a operação foi suspensa em definitivo, causando a demissão de cerca de 200 funcionários.
Segundo a CBM, o fim se deu "a qualidade técnica da rede de transmissão [CNT] que não atendia aos clientes comerciais e nem à audiência da TVJB"
Programas[]
- Telejornal do Brasil - principal noticiário do canal, apresentado por Boris Casoy
- Ney e Nani - programa de variedades, apresentado por Ney Gonçalves Dias e Nani Venâncio
- Manhã Mulher - programa feminino, apresentado pela mesma dupla de Ney e Nani
- Bagatela - programa de leilões, no qual o vencedor era quem dava o menor lance
- Verso & Reverso - talk show
- Caderno de Empregos - falava sobre o mercado de trabalho em geral
- Por Excelência - talk show apresentado por Clodovil Hernandes
- Magnavita - variedades e entrevistas
- Planeta Turismo - mostrava regiões paradisíacas pelo Brasil
- + Pop - exibia clipes musicais
- Sintonia Fina - dedicado à MPB e música clássica
- Café & MPB - entrevistas com músicos
- Palco JB - exibia shows variados
- Loucos por Bola - mesa redonda de futebol