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TV Paulista foi a segunda emissora de TV fundada no Brasil, em 1952. Criada por Oswaldo Ortiz Monteiro, em 1965, o controle da estação ficou com as Organizações Victor Costa. Em 1966, deu lugar à TV Globo São Paulo.

História

Considerada a menor emissora de São Paulo, sua sede era apenas um pequeno apartamento do Edifício Liège, na Rua da Consolação nº 2570, e os estúdios eram montados na garagem e num espaço para uma loja no térreo do mesmo prédio. A cozinha era o laboratório de revelação e a redação dos textos e do telejornal eram feitos na sala. Tudo na base do improviso. Tempo depois, mudou-se para o bairro de Santa Cecília. Mesmo com a pouca estrutura, conseguiu trazer uma programação de qualidade. Chegando a bater em audiência as TVs Tupi e Record.

De 1959 à 1961, a emissora teve como diretor artístico, Mario Brasini, que diriguiu várias novelas e programas. Importantes nomes passaram na emissora, como Manuel de Nóbrega, Hebe Camargo, Nicette Bruno e Cacilda Becker. Foi onde Silvio Santos começou como apresentador, com o programa Vamos Brincar de Forca e posteriormente com o Programa Silvio Santos.

Em meados da Década de 60, Roberto Marinho adquire a empresa, que estava decadente após a morte de seu proprietário, Victor Costa. A emissora passava por falta de investimentos, perda de profissionais, e programas saindo do ar. O canal passou por um período de transição onde retransmitiu programas da Globo do Rio de Janeiro, passando a se chamar TV Paulista Globo (ou TV Globo Paulista), sem sair do ar. Até que, em 1966, o nome TV Paulista deixou de ser usado em definitivo.

Os herdeiros da Família Ortiz Monteiro ainda tentam, até agora, reverter judicialmente essa venda, já que a transferência da emissora para as Organizações Victor Costa nunca foi regularizada. Ou seja, Victor Costa Junior vendeu à Roberto Marinho algo que não era seu legalmente. Com isso, os 623 acionistas minoritários que detinham juntos 48% do capital, foram lesados, pois Marinho se apropriou de suas ações em 1973, declarando-os como "mortos" ou "desaparecidos". Com a autorização do Dentel, órgão do Ministério das Comunicações, houve o confisco das ações sob a forma de subscrição por valor unitário de 1 Cruzeiro por ação, transferidas para o nome de Roberto Marinho, em Assembleia Geral Extraordinária presidida por ele próprio, o que fez dele, o único proprietário do canal. Também houve um incêndio misterioso ocorrido na antiga sede. Suspeita-se de que foi algo criminoso, com a intenção de receber o seguro, que seria usado para a expansão da emissora. O acervo do canal se perdeu com o incêndio.

Na década de 90, após a morte de Oswaldo Ortiz Monteiro, a sua família começou a investigar a fraude na compra da emissora. Uma perícia feita em 2003, descobriu que as assinaturas do contrato foram falsificadas e incluíram desde nomes de pessoas falecidas antes da transferência até o uso de máquinas de escrever que ainda não existiam na época da suposta transferência. No dia 24 de agosto de 2010, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) considera válida a compra da TV Paulista por Roberto Marinho. A família Ortiz entrou com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF), que ainda aguarda julgamento.

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