Tropicaliente foi a 46ª novela das 18h da Globo. Escrita por Walther Negrão, com colaboração de Elizabeth Jhin, Ângela Carneiro e Vinícius Vianna, direção de Gonzaga Blota, Marcelo Travesso e Rogério Gomes e direção geral e núcleo de Gonzaga Blota. Exibida entre 16 de maio e 30 de dezembro de 1994, em 194 capítulos. Sucedendo Sonho Meu e antecedendo Irmãos Coragem.
Com Sílvia Pfeifer, Herson Capri, Regina Dourado, Francisco Cuoco, Victor Fasano, Cássio Gabus Mendes, Selton Mello e Carolina Dieckmann nos papéis principais.
Enredo[]
Ramiro (Herson Capri) é o líder de uma aldeia de pescadores em Fortaleza, no Ceará, casado com Serena (Regina Dourado) e pai de dois filhos. Ele reencontra Letícia (Silvia Pfeifer), um antigo amor do passado, fazendo ambos ficarem balançados.
Letícia uma viúva e filha do milionário Gaspar Velásquez (Francisco Cuoco), que deixou as empresas nas mãos da filha para curtir a vida. Enfrentando problemas de relacionamento com os filhos, ela tem como pretendete François, que está de olho em sua fortuna. E para conquistá-la, ele tem a ajuda do picareta Franchico (Cássio Gabus Mendes).
O reencontro de Letícia e Ramiro reascende a paixão de outrora e desencadeia uma série de conflitos. Dentre eles, o namoro de Vitor (Selton Mello), filho de Letícia, com Açucena, filha de Ramiro (Carolina Dieckmann).
Elenco[]
| Intérprete | Personagem |
|---|---|
| Sílvia Pfeifer | Letícia Velasquez |
| Herson Capri | Ramiro Soares |
| Regina Dourado | Serena Soares |
| Victor Fasano | François Vieira da Silva |
| Selton Mello | Vitor Velasquez |
| Carolina Dieckmann | Açucena Soares |
| Cássio Gabus Mendes | Franchico |
| Carla Marins | Dalila |
| Márcio Garcia | Cassiano Soares |
| Paloma Duarte | Amanda Velasquez |
| Natália Lage | Ana Carolina Botelho (Adrenalina) |
| Stênio Garcia | Samuel |
| Ana Rosa | Ester |
| Francisco Cuoco | Gaspar Velasquez |
| Nívea Maria | Soledad |
| Edney Giovenazzi | Bonfim |
| Lúcia Alves | Isabel |
| Leila Lopes | Olívia |
| Delano Avelar | Davi |
| Guga Coelho | Luiz Roberto / Pessoa |
| Branca de Camargo | Estela |
| Nelson Dantas | Velho Bujarrona |
| Cleyde Blota | Ivanilda / Hilda |
| João Carlos Barroso | Plínio |
| Cinira Camargo | Manoela |
| Karina Perez | Lilian |
| Lu Martan | Fred Assunção |
| Gabriela Alves | Pitanga |
| Antonio Grassi | Conrado |
| Ilva Niño | Neide |
| Ricardo Pavão | Delegado Damasceno |
| Daniela Escobar | Berenice |
| Giovanna Antonelli | Benvinda |
| Mônica Fraga | Janaína |
| Paco Sanches | Manjubinha |
| Adriana Broux | Suzana |
Participações Especiais[]
| Intérprete | Personagem |
|---|---|
| Carolina Ferraz | Luíza Herzog |
| Jonas Bloch | Jordi |
| Dudu Almeida | Paco |
| Emílio Vaz | Fabiano |
| Henrique Costa | Onofre |
| Maria Vasco | Judite |
| Tadeu Di Pietro | Nogueira |
| Tião Neto | Vitor (criança) |
| Viviane Pinheiro | Amanda (criança) |
| Bruno Giordano | Pescador |
| Adelaide Palette | Cozinheira de Bonfim |
| Adriana Ferrer | Secretária do estaleiro |
| Bethania Buckton | Copeira de Gaspar |
| Carlos Gimenes | Surfista |
| Cláudio Martinez | Homem em uma foto |
| Dalmo Corrêa | Vagabundo |
| Fábio Villa Verde | Homem que dá em cima de Pitanga |
| Ilda Reis | Cozinheira de Gaspar |
| Joel Reinoso | Diretor da faculdade |
| Manoel Eliziário | Copeiro no escritório |
| Marcelo Lazzaratto | Motorista |
| Mariana Crochemore | Namorada de Vitor |
| Normando Stone | Engenheiro de Pesca |
| Adriana Salituro | ? |
| Ana Calabuono | ? |
| Edelweiss Lemos | ? |
| Eleonora Prado | ? |
| Gisele Ferreira | ? |
| Gustavo Otoni | ? |
| João Feferici Neto | ? |
| José Rodrigues | ? |
| Nélia Valério | ? |
| Nilberto Neves | ? |
| Sandra Corveloni | ? |
Produção[]
A concepção da novela surgiu do diretor Paulo Ubiratan, que queria uma novela gravada no Ceará, estado em que gostava muito. Já Walther Negrão se inspirou nas paisagens do Caribe. Gravada em Fortaleza, contou com o apoio do governo cearensem que ajudou em algumas despesas, mobilizou o setor hoteleiro e alugou um helicóptero, ônibus, automóveis, jangadas e bugues. O investimento público na produção, calculado em US$ 500 mil, foi de US$ 700 mil.
As primeiras cenas gravadas em Fortaleza foram gravadas por Paulo Ubiratan, mas sofreram atrasos devido a chuvas na região. Por conta disso, a produção desenvolveu roteiros diferentes para as canas, para que estas se adaptassem ao tempo de cada dia de gravação. Também foram gravadas cenas na Praia de Morro Branco, em Beberibe, que em 22 de setembro de 1994 receberam a visita da antropóloga Ruth Cardoso.
A cidade cenográfica foi construída no Ceará e 3 000 m² na Praia de Porto das Dunas, no município de Aquiraz. A ambientação da vila dos pescadores teve o Caribe como inspiração, para cumprir o desejo do autor que queria uma novela com atmosfera caribenha. Já os cenários interiores, em estúdios, foram feitos no Projac. A equipe de figurino, comandada por Helena Brício, foi à feiras populares e comprou itens como renda, tela, algodão rústico e sandálias de couro. Roupas foram tingidas com casca de angico.
A rotina de gravações consistia em viagens mensais à Fortaleza, para gravar cenas por alguns dias. A equipe escolheu uma laje de pedra da região para criar uma praia fictícia, com areia trazida por caminhões e coqueiros plantados.
O nome do personagem Cassiano (Márcio Garcia), foi uma homenagem de Walther Negrão à Cassiano Gabus Mendes. Já o personagem Manjubinha (Paco Sanches) reapareceu em 2004 na novela Como uma Onda, também de Negrão.
Enquanto a novela esteve no ar, durante o período de baixa temporada, os hotéis de Fortaleza ficaram lotados. Registrando um aumento de 30% no setor turístico. No exterior, a trama fez sucesso na Europa, principalmente na Rússia, onde a produção foi exibida com o nome Tropikanka. Fazendo com que o Ceará se tornasse um destino muito procurado por russos. O sucesso da novela na Rússia foi tanta, que Mulheres de Areia ganhou o título no país de Sekret Tropikanki ("Segredos de uma Mulher Tropical") ou Tropikanka 2 ("Tropicaliente 2"). Como se fosse uma continuação, sendo que, na verdade, a trama de Ivani Ribeiro foi produzida antes e nada tinha a ver com a trama de Walther Negrão.
Durante o período de Copa do Mundo, teve três dias em que a novela não foi ao ar para adequar a programação da emissora às transmissões dos jogos. Em uma parceria com a Azaléia, foi lançada uma sandália com o nome da trama.
Reprises[]
Foi reprisada no Vale a Pena Ver de Novo entre 20 de março e 7 de julho de 2000, em 79 capítulos, sucedendo A Indomada e anteedendo A Próxima Vítima. Marcou 14,72 Pontos de média geral de audiência.
No Viva, foi reprisada na íntegra 10 de novembro de 2014 e 23 de junho de 2015 na faixa das 15h30, sucedendo História de Amor e antecedendo Despedida de Solteiro. A reprise foi escolhida pelo público através de uma enquete promovida pelo site do canal para decidir a novela que substituiria História de Amor. Foi a mais votada com 37%.
Em 14 de fevereiro de 2022, foi disponibilizada na íntegra pelo Globoplay.